Fragilidade
Subestimar nosso semelhante é um gesto muito ingênuo de nossa parte, principalmente se considerarmos as infinitas possibilidades e transformações da vida que nos sugerem o quanto somos frágeis.
Nem sempre é necessário mostrar a nós mesmas o tamanho da nossa força, às vezes, é necessário mostrar as nossas fraquezas.
Aparentemente sei que parece uma contradição. Mas afirmo que a dor que nos torna frágeis é a mesma que nos faz fortes! A fragilidade não é uma franqueza. E ter força para superar a dor, não é ser insensível. A dor as vezes é inevitável. Assim como a morte. Mas a dor as vezes não nos mata. Faz nascer outro de nós. Mais experiente, mais cuidadoso, e principalmente, mais poderoso.
Os países que em regra prosperam sabem aproveitar de modo eficaz os ventos tempestuosos de uma economia aparamente frágil e, tornam-na na melhor oportunidade de crescimento.
O homem mais forte do mundo, nunca conheceu a sua própria alma, que só se desperta à partir do amor por uma mulher ou um filho.
Eis aí a justificativa para essa minha flagrante fragilidade.
Por pior que seja, sempre haverá solução.
A vida nos cobra um valor alto por atitudes erradas e sem fundamento quando resolvemos agir sem pensar nas consequências. Somos totalmente incoerentes em muitas ocasiões e situações por que passamos. Nós falta compreensão e entendimento para compreender e emitir nossas opiniões quando somos pressionados.
Problemas todos nós temos, mas como vamos enfrenta-lo é o grande desafio. Somos movidos a sentimentos e emoções por mais que não queiramos. Somos inseguros e as vezes até mesmo medrosos dependendo do que vamos enfrentar.
Uma postura e uma decisão se faz necessária, mas em muitos casos este é o grande desafio a ser superado diante de nossa fragilidade, e muitas vezes nossa imobilidade diante de uma atitude necessária para resolver o problema.
Não cabe somente pensar no problema, ou achar sua solução, é preciso agir, tomar posição, arregaçar as mangas e procurar sair do processo de acovardamento que infringimos a nós mesmos pela ocasião do problema vivido.
Nos sentimos sempre retraídos, cabisbaixos, na verdade de um certo modo abandonados quando passamos por este processo que muitas vezes é dolorido e assustador. Não são somente problemas financeiros que fazem isto. A perda de um familiar, de um amigo querido, um acidente, uma doença, ou seja, temos vários motivos para nos sentir fracos e desemparados.
Nossa fé, nossa convicção, nossa determinação contam muito nestas horas de aflição. Temos uma força divina que nos faz suportar e criar coragem para não sucumbir ao problema e procurar supera-lo.
Por pior que seja, sempre haverá solução, sempre há um caminho para se resolver qualquer questão. Não esmoreça, não fraqueje, não se diminua perante nenhum problema por mais sofrido que seja. Somos templo do Senhor, Ele sempre nos guiará ao melhor caminho e a melhor solução, mesmo que não entendamos e não seja aquilo que esperamos. A nós cabe a confiança em quem nos criou e nos molda conforme a sua vontade.
Nos percalços da vida, fé, paciência, calma e confiança são atributos que precisamos ter e cultuar, na certeza que tudo será resolvido.
Alguns dizem que a morte nivela todos mas, de que adianta nivelar embaixo da terra?
Eu acho que o sofrimento e a constatação da nossa impotência diante da Vida é o que nos nivela.
Quando compreendemos, não no intelecto mas, nas visceras, que não temos nenhum poder sobre nada e o próximo instante pode ser o último, então nos sabemos humanos e iguais.
Na verdade, vivemos numa corda bamba.
As vezes a própria vida nos obriga a tomar decisões que em nada são confortáveis de serem executadas. Decisões estás, que mexem com nossos sentimentos, afetam pessoalmente aquilo que pensamos e desejamos. Sem contar que podem afetar outras pessoas que convivemos.
Na verdade, vivemos numa corda bamba, uma hora bem, outra nem tanto. Tudo é incerto e pouco confiável dependendo do tipo de decisão a ser tomada. Nossa fragilidade fica mais exposta nestas situações, não somos tão fortes assim.
Por mais que pensemos, decidimos e achamos o caminho ou a decisão certa, tudo no fundo é um jogo de acertos e erros, vivemos assim, somos feitos assim. Por isto a maravilha de sermos quem somos, porque por mais improvável que pareça a vida perante nossa pequenez e fragilidade, sempre achamos um jeito de suportar, compreender e vencer os obstáculos colocados à nossa frente.
A criação de Deus é perfeita até mesmo na forma de errarmos para aprender a vencer. Nada foge ao que está programado para acontecer. Não cabe aqui julgamentos por pensamentos diferentes, respeito deve haver sempre na discordâncias de visão sobre a vida. Por que afinal de contas, a vida é de cada um. Por que não haver diversidade de ideias e pensamentos sobre os mistérios de Deus e nossa existência.
A nós foi dado o dom da inteligência, da consciência e do livre arbítrio, cabe a cada um de acordo com sua forma e preferência de vida se adequar a melhor maneira de realizar o equilíbrio entre o que é deste mundo real e sua forma como entende como espírito e alma. Somente com este equilíbrio conseguimos viver e ter o entendimento do que vivemos e o porquê de estarmos aqui.
Escrever é libertar a alma das amarras que prendem a nossa voz.
É sobre dar vazão ao nó que existe em nossa garganta sem medos e sem pudor.
É sobre deixar fluir o que há de mais profundo e obscuro em nossa existência.
É sobre aceitar a nossa fragilidade.
É tocar o outro sem encostar.
Uma poesia para nós, mulheres
Esta poesia escrevi em homenagem à força da mulher e à importância da autoconfiança, em reverência à ancestralidade feminina. As mulheres da árvore genealógica, tanto da nossa mãe como do nosso pai, em reconhecimento que precisamos (e muito) cuidar de nós mesmas e nos nutrir diariamente, o que inclui reconhecer e aceitar que não precisamos ser fortes (e dar conta de tudo) sempre.
No ser humano, seja mulher ou homem, se permitir, acolher e respeitar momentos de fragilidade, de cansaço, é um aspecto importante da força e sobretudo do amor e do cuidado consigo mesma (o). Com isso, podemos nos proporcionar a nutrição necessária para nos reerguer (seja por meio do autocuidado e/ou da permissão para receber cuidados provenientes de outras pessoas) e seguir em frente conforme as nossas (que livres sejam) escolhas.
💞💞💞
Dia desses, sonhei com minha avó
À minha frente, sabedoria e força
Ela, a olhar pr’esta moça
Que naquele instante decidiu ficar só
Mal sabia a então frágil moça
De tudo o que estava por vir
O encontro com a sua força
Ocorreria a poucos dias dali
Vovó, ficá’qui comigo?
Ensina-me a sabedoria
Que vem das nossas ancestrais
Nutre-me com esse amor e força
Quero andar, sem olhar para trás!
Confia na tua força, filha!
As mulheres carregam consigo
Essa força que vem lá de trás
Mas, olha...
A ti, também, dá cuidado, abrigo
Porque há cansaço, há perigo
Em querer sempre ser forte demais.
💞💞💞
O amor doi por quanto tempo? Um dia? Um ano? Para sempre? Porque você acha que vai ficar com uma pessoa para sempre e, acontece que não. O amor às vezes parece ser tão frágil... Todo mundo acredita que é fácil, que isso vai passar, mas no fundo você sente que está perdido.
Desperta tu que dorme!
Orgulho é sua exibição de conduta!
Um caráter da infância!
O que aprendeu dentro de si?
Revela a sua realidade!
Observe sua conduta!
E poderá transformar seu coração!
Lembre-se, é uma ação grudada
na alma! - Na alma!
- Sim, sua química orgânica!
Aprenda a fugir dela!
A menor das ondas é suficiente pra nos cobrir de hematomas. As pessoas são frágeis assim.
À Deriva na Busca por Ajuda: Quando o Extremo se Torna o Único Caminho
Em um mundo onde a interconexão digital oferece uma infinidade de recursos e soluções, é surpreendente observar como algumas pessoas, ao buscar ajuda, acabam se perdendo nos meandros de suas próprias dificuldades. Há uma parcela da sociedade que, por diversas razões, apenas procura auxílio quando atinge o extremo, quando as águas turbulentas da vida já ultrapassaram a altura das cabeças e não há mais solo firme sob os pés.
Essa jornada rumo ao extremo geralmente começa com um hesitar constante. Pessoas relutantes em abrir mão de sua independência emocional, resistindo ao apoio que lhes é oferecido por medo do julgamento ou da vulnerabilidade. À medida que as adversidades se acumulam, essa hesitação se transforma em desespero, e o grito por socorro, anteriormente abafado, torna-se ensurdecedor.
Quando finalmente esses indivíduos decidem dar o passo rumo à busca de ajuda, muitas vezes é tarde demais. A pressão acumulada explode em emoções avassaladoras, e a jornada pela recuperação torna-se uma subida íngreme, cheia de desafios aparentemente intransponíveis. É como se, ao chegar ao extremo, as cordas de esperança se tornassem mais finas, e a possibilidade de uma recuperação completa se transformasse em um caminho tortuoso.
A busca por ajuda deveria ser uma jornada de autocuidado e fortalecimento, mas para aqueles que só a empreendem quando estão à beira do precipício, torna-se uma escalada árdua. A rede de apoio, embora presente, parece distante, pois as amarras do desespero dificultam a percepção das mãos estendidas que poderiam oferecer suporte.
Essas histórias de extremos são um lembrete impactante da importância da empatia, do diálogo aberto sobre saúde mental e do entendimento de que buscar ajuda não é um sinal de fraqueza, mas sim de coragem. Às vezes, a linha tênue entre o desespero e a esperança é ultrapassada antes que a verdadeira magnitude da situação seja compreendida.
Neste mundo que muitas vezes parece girar em uma velocidade avassaladora, é vital reconhecer a fragilidade inerente à condição humana. Encorajar as pessoas a buscar ajuda antes que alcancem o extremo é um gesto de compaixão que pode salvar vidas e transformar o caminho da escuridão para a luz.
Versão da música “Dusts in the Wind”
Composição – Kerry Livgren
Interpretação – Banda Kansas
Poeira ao Vento
Se fecho meus olhos apenas por um instante,
O mundo a minha frente muda nesse mesmo instante.
E é nesse instante que tudo o que sonhei passa diante dos meus olhos,
E tudo se mostra apenas como poeira ao vento.
É sempre o mesmo tom,
Nada mais do que mais uma estrela no céu.
Tudo o que fazemos, absolutamente tudo,
Construímos sobre a areia.
Mas ainda assim nos recusamos a admitir:
‘É isso, tudo que somos é poeira ao vento’.
Então, por quê se apegar?
Nada é pra sempre.
Além da terra, do céu e suas estrelas,
Tudo passa num piscar de olhos,
E nada do que temos nos dará mais um minuto.
A verdade: não passamos de poeira ao vento.
Nada é para sempre.