Forma
Hoje estou pensando nas coisas que são fatais
Na forma como estou te bebendo
Como se eu quisesse me afogar
como se quisesse acabar comigo
Te escrevo não com o intuito de ser breve, da mesma forma que escrevo para que compreenda que venho dado a você o meu amor, não sei a que proporção é ele, mas este até o momento é o que posso oferecer.
Te escrevo para dizer que os momentos com você são maravilhoso e que tudo em você é permeado de um encanto e beleza única, desde os beijos as birras.
Te escrevo e reescrevo em tantas folhas e formas que mal compreendo porque tenho tamanha necessidade de compartilhar cada passo desses sentimentos.
Te escrevo também para que possa entender que o fato de transbordar desde que você chegou é porque tudo tem sido intenso.
Mas também, escrevo para que saiba que nem todo silêncio é sinal de partida, as vezes a gente parte fazendo barulho.
Te escrevo para dizer que as vezes a partida se dá aos poucos e é bom ficar atento, pois coisas partidas tendem a desmontar aos poucos deixando rastros.
Te escrevo para dizer que nada nunca é um adeus permanente, pois nunca se parte da vida de alguém sem deixar rastros, seja de lembrança ou de gostos.
Te escrevo um pouco mais na intenção de dizer que a saudade é dor passageira, ela chega e parte, as vezes lentamente e outras de forma tão breve quanto começou.
Te escrevo e não é para dizer adeus, mas para dizer que a vida ainda continua após tudo.
Ao fim te escrevo para dizer que amo você a ponto de dizer que mesmo sabendo que partir é tão breve e fácil, desejo ficar. Ficar não aqui onde estou, mas onde você estiver, para que com você eu possa continuar transbordando.
Estou vestido pelas minhas verdades
Na forma de notícias envelhecidas
Estou distante da realidade
Sonhando meus distúrbios, traço meu próprio destino
Mas você vem e eu amanheço
E eu não sei quem te acompanha
Alguém me salve da armadilha que criei
Ela se afasta de mim
Como seu eu não a quisesse
Mais um golpe, mais uma fraude
Eu me levanto e caminho em direção ao paraíso
Essa dor insuportável me faz mudar de direção
Estou perdido, estou atordoado
Meu caminho está cada vez mais distante
Tenho que dar sentido a isso tudo
Queria ser um astro
Para poder conversar com vocês
Como se vocês me tolerassem
Qualquer barulho perturbador pode ser tão útil quanto o silêncio. De que forma? Abolindo sua resistência interior ao barulho, deixando-o ser como é. Essa aceitação também leva você ao reino da paz interior que é calma.
Sempre que aceitar profundamente o momento como ele é –
qualquer que seja a sua forma – ,você experimenta a calma e fica em paz.
Preste atenção nos intervalos – o intervalo entre dois pensamentos, o curto e silencioso espaço entre as palavras e frases numa conversa, entre as notas de um piano ou de uma flauta ou o intervalo entre a inspiração e a expiração.
Quando você presta atenção nesses intervalos, a percepção de “alguma coisa” se torna apenas percepção. Dentro de você surge a pura consciência desprovida de qualquer forma. Você deixa então de identificarse com a forma.
A Favela Perfeita
Originalmente fiquei conhecido como um menino do rio, pela alegria forma despojada de ver e viver a vida, não precisava de muito dinheiro, uns poucos trocados, bons amigos e uma resenha na praia para alimentar o bom espírito.
Quando menino e ainda muito pequeno trago boas recordações e lembranças da infância vivida entre becos e vielas na maior e melhor favela dentre elas, sempre reconhecida pelas suas belezas naturais, e visuais deslumbrantes. Apaixonam-se aqueles que a olham de fora para dentro, ou aqueles que de dentro, contemplam o visual maravilhoso do Rio de Janeiro.
Nascido na década de 80, minha favela sempre foi a melhor dentre as favelas, referenciada sempre pelo seu tamanho como a maior da América Latina, impunha respeito e admiração, pois além de fazer parte da história de nossa cidade, compunha em versos e prosas as letras das melhores musicas de funk da época. Reconhecidamente um berço de grandes MC´s da minha geração.
Não tinha policia ou doutor, até bandido respeitava morador, não tinha guerra, quase não tinha tiro, não morria policia, não morria bandido, não tinha bala perdida em morador. Roubo não existia e o corajoso do ladrão, coitado, percorria só de calcinha as ruas da favela, sob ovadas, xingamentos e vaias não corria, e se corresse a madeira cantava.
Pela praia de São Conrado era sempre laser, no sol de verão ou de inverno, seja o morro que descia ou o rico que comparecia. Até você podia ir sozinha(o), pois sabia que no que é seu ninguém mexeria. Mesmo se morasse naquele lindo prédio na esquina.
Na minha favela, a melhor dentre elas, esperto também não se criava, enganou o traficante, achando que passaria batido, vendeu passarinho roubado e acabou culminando o seu próprio fim, um quilo de Sal, e se a sede apertasse, um litro de cachaça dava, para quem sabe, amenizar a dor de uma provável cirrose hepática.
Por falar em bebida, festas iguais não haverá. Bebida e comida a vontade, onde traficante em meio à multidão queria ser apenas um morador a curtir, com certeza o inicio do “Open Bar”. Não existia “mimimi”, era tudo “arregado”, e até o amanhecer não podia acabar. Não tinha briga e não tinha confusão, a festa era para curtir e cantar os funks do patrão. Calma, não se assuste, não é apologia e tampouco ostentação, eram as histórias da favela cantadas nos versos de uma canção.
Orgulhosos são os crias por ter vindo de onde vieram, ter visto tudo que viram e principalmente vivido tudo que viveram na melhor favela dentre as favelas, de origem na Fazenda Quebra-Galhas, que divida virou chácaras e a região carinhosamente foi batizada de Rocinha. A favela dentre as favelas ainda a maior e melhor favela.
Obs.: Esse é apenas um relato de uma Rocinha vista através dos meus olhos, se certo ou errado, não cabe a um ou outro julgar. Opiniões divergentes são sempre bem aceitas, mas espero que saiba que todos gostam de respeito para com o nosso lar. E desculpe qualquer equivoco no português, sentimentos geralmente não precisam de um padrão linguístico para fazê-lo, boas descrições fiéis as informações passadas já dão conta de muito bem descrever.
Amo-te não apenas por sua bela forma de saber viver, mas também por sua bela forma de saber me dar vida.
Estou precisando de um tempo só pra mim. Preciso de alguma forma, sozinho, rever meus conceitos, planejar meus objetivos, criar e executar estratégias que me tire desse buraco o qual só eu tenho ciência. O vejo, quando ninguém, em hipótese alguma, consegue ver. É uma espécie de vazio que não há abslutamente nada que o preencha, não sei se é a falta de Deus, de bens materiais, não sei. Apenas sei que não tou legal. Não adiantará eu estar fazendo tudo o que venho fazendo, apenas por fazer, para que simplesmente os demais que me rodeiam tenham consigo, eu como manda o figurino, nos conformes, segundo a tese imposta pelo sistema social.
Eu pretendo ir além, me refazer, para então depois voltar a fazer tudo com muito amor e sinceridade.
Deus coloca as pessoas certas na nossa vida, da mesma forma que deixa algumas que não servem de nada, só pra aumentar nossa sabedoria e tolerância, cabe a nós escolhermos quem devemos dar importância ou sobre quem investiremos nosso tempo, quem nasceu pra ser sombra, nunca terá luz própria!
Ore a Deus pra cuidar e moldar sua tolerância e lhe dar a sabedoria que necessita pra fazer grandes coisa, pois o senhor nos faz fortes pra depois nos fazer grande!
Ela conta o tempo com as marcas que carrega no sorriso. Uma forma que encontrou de, apesar de tudo, expressar alegria cativante sem esquecer do gosto salobro das lágrimas que lavou a sua alma. Seu coração, massacrado, ainda bate. E isso, pra ela, é uma virtude e um sinal. Sinal de que se ele, que tanto doeu, continuou batendo, porque ela haveria de parar? E aquele sorriso atraente seguiu à risca as ordens. Brilhando. Por onde ela anda, explodem rastros de superação que inspiram outras dezenas dela. Meninas, mulheres. Que se espelham tentando sobreviver a essa onda de desilusões sistemáticas. As marcas do seu sorriso é o recado para quem hoje chora o desespero do livramento daquilo que tortura o peito, nos trilhos pavorosos que carregam vagões cheios solidão. Sua resiliência ensina que ser feliz é a única e mais inteligente forma de seguir em frente. Por mais que as dores sejam intensas a ponto de fazer curva o corpo. No jogo da vida, ela diz, não perdemos nada além daquilo que não era pra ser nosso. Entendê-la é compreender que seguir em frente não basta. Que dançar na balada ao som de modões e copos cheios de álcool não é suficiente. Que beijar bocas anônimas e declamar poemas de desapego em legendas de selfis só causam ruídos na comunicação entre o que você é e aquilo que você quer acreditar que seja. Entendê-la, é perceber que o sorriso de felicidade vem após a exata compreensão da vida. E que, assim como ela, as que admiram ela também irão carregar em seus sorrisos abertos um livro de experiências, saudade e amores que não deram certo. Entendê-la é saber que um dia ela, e as que admiram ela passar, irão se olhar no espelho, respirar fundo e pensar: Ainda bem que não deu certo. Mas, um dia, dará.
O ateísmo, de forma alguma, existe com o proposito de ofender a qualquer entidade religiosa. O ateísmo existe, por que este é fruto do racionalismo
Me desculpa, mas de alguma forma eu achei que precisava te dar uma explicação, eu fui embora da sua vida e você já deve ter percebido (espero que sim). Escrevi para te dizer que o amor que um dia eu senti, fez as malas, pegou uma carona até a estação e entrou no primeiro ônibus que viu pela frente, sem sequer ler o destino. O amor foi embora, eu meio que mandei ele ir, a gente brigava sempre e a convivência já não estava fácil, mas não posso mentir que me doeu, eu até sai na porta, o vi pegar uma carona e desaparecer no horizonte. É isso. O amor acabou. No dia em que ele foi embora, eu acordei mais cedo, troquei as cortinas e os tapetes, pra disfarçar todo o estrago que ele tinha feito, coloquei uma musica calma para tocar, comecei a ler um ou dois livros, adotei um cachorrinho abandonado, voltei a ver desenhos e tomar sorvete. No dia em que ele foi embora, nem doeu tanto, a vida não estava fácil junto dele, eu cantava mais sozinho que cantor solo uma musica pra dois, as brigas eram inevitáveis, a gente sempre quebrava muita coisa e num dia desses eu acabei por me quebrar também, mais ele se foi e agora canto sozinho e sem plateia, em cacos espalhados pelo chão do quarto. No dia em que ele foi embora, agradeci a Deus pela paz, alguns minutos depois culpei o senhor por tanta solidão, era ruim com ele e é pior sem ele agora, decidi guardar as fotos numa caixa em cima do guarda-roupa e quis me guardar junto delas naquela caixa para ver se voltava naquele tempo, o amor foi embora e levou tudo o que tinha, levou parte de mim também. Sempre sobra comida, com ele aprendi a cozinhar pra dois e agora sobra arroz, feijão, beijos, abraços e lagrimas. No dia em que ele foi embora, fiquei sem saber o que fazer, o tempo não passava ou quem sabe o dia dobrou de tempo, e mesmo sabendo toda a dor que ele causava eu o quis de volta, os socos na boca do estomago e os nós na garganta e os cortes na alma nem doíam tanto, dói mais essa solidão que ficou depois que ele foi embora, a TV perdeu a imagem e o som, a agenda de contatos estava cheia de nomes e vazia de corações amigos, a internet caiu e ar ficou emperrado no mínimo ou talvez fosse toda a minha frieza se manifestando. No dia em que ele foi embora, eu aprendi a dor de desejar que não fosse mais do que um pesadelo, pobrezinho, amarrou uma trouxinha nas costas e seguiu sem olhar pra trás, talvez quisesse evitar meus olhos cheios de água que pediam perdão, minha boca num sorriso forçado que por dentro era ilusão, minhas pernas bambas que me impediam de dar um passo sequer para mudar alguma coisa, o amor não olhou pra trás, ainda bem, ele tinha o dom de me ver por dentro e naquele momento eu era ruína, poesia sem rima, canção sem som, eu era fim e ele era a continuação, a minha reticencias que foi embora e me deixou em ponto final. No dia em que ele foi embora, todo o tesouro do mundo seria dado em troca para que ele voltasse, mais eu não tenho muito, só umas moedas no bolso e muito vazio no coração, o mais triste de tudo talvez seja isso, o amor foi embora e não deixou lembranças. Alguém, não me lembro quem, disse que o viu embarcar em um ônibus diferente, daqueles que não levam gente e não tem destino final. Se um dia você o ver, perambulando por ai, me faça um favor. Diga que o quero de volta, porque o amor foi embora mais eu ainda o amo muito.
Anjo para uns, demônio para outros...
De qualquer forma, nem Deus conseguiu agradar a todos. Não serei eu, que vou me atrever a tentar essa façanha.
Ao nosso redor, se repararmos bem, todos estão passando por problemas e cada um lida de uma forma diferente. Alguns fogem. Alguns choram. Alguns escondem atrás de sorrisos. Alguns ficam calados. Outros falam demais.
Algumas pessoas procuram desabafar com os amigos. Às vezes elas encontram quem possa aconselhá-las e compartilhar de sua dor. Outras vezes não encontram. De uma forma ou de outra, somos nós mesmos que temos que lutar contra nossos dragões. De uma forma ou de outra, no fim, somos nós por nós mesmos.
A paciência é a maior amiga, pois ajuda a superar a raiva, a forma mais poderosa de desvirtude. Por outro lado, com o passar do tempo, aparentar paciência e ferver por dentro, guardando ressentimento, só trás mais dificuldades. Apesar de haver virtude no fato de refrearmos a expressão evidente da raiva, a verdadeira paciência é a ausência de raiva na mente.
A unica forma de se manter a frente em qualquer área é dedicar-se ao processo de preparação com pelo menos o mesmo entusiasmo do segundo colocado.