Folhas Secas
Nova etapa...
Árvores podadas,
folhas secas sobre o gramado, varridas,
e páginas amareladas com o tempo,
foram grampeadas
junto com frases repetidas.
Os caminhos difíceis, transpostos
para facilitar a nova etapa
da contínua caminhada
que é viver o dia a dia.
by/erotildes vittoria
Outono
Outono
Planos
Folhas
Secas
Flores
Escassas.
Outono
Água
escorre
Pelos
Rios
Rasos.
Outono
Amores
Separações
Solidão
Aflição
e Sono.
Outono...
Como folhas secas pelo chão
Nas frias tardes de outono
Veio o vento e te levou
E junto o meu coração
Chegada do OUTONO
Lá ia a solitária menina
recolhendo as folhas secas
que no outono aos poucos caíam
Mal sabia a triste pequenina
que na primavera outras voltariam
mel
Outono
Assim como as folhas secas caem.
Eu tambem já cai e me ralei.
Elas caem tristes e o vento leva sua poesia longe.
Eu poço levantar para onde o vento sopra, buscar.
Na minha vida me dedico a elas.
São lindas em vida, continuam lindas mortas.
Já vi em outro lugar e concordei, vivas são poeticas.
Assim como Cazuza depois de morto lembrado foi.
Um trabalho leva uma vida.
E assim como as folhas já cairam.
Terão outras, as mesmas que iram nascer no mesmo lugar.
E é por isso que depois de cair vou levantar.
Não sou folha, depois de morto estarei acabado.
Tenho medo de não renascer ou reencarnar.
Por isso de nada dessa vida eu desisto.
Sei que tudo consigo se meu tudo tem fé.
Errado não é cair.
Certo é levantar.
Triste não é sonhar.
Felicidade é realizar.
O outono veio carregado de maresia
Junto das tardes banhadas das folhas secas que as estradas amarelecia
Ventro rubro de saudade que as campinas percorria
Trazia solidão para um coração que tinha o como uma única companhia
Folhas de outono caem da copa das árvores como lembranças do passado aconchegante
Que em todas as estações no pensamento segue avante
Vivo e imortal na alma do solitário viajante.
Folhas Secas
A vida tem quatro partes:
Pequena: como a dor
Grande: como o amor
Simples: como eu
Importante: como você
Eu sou só um você
Que você não quis
E querer é coisa tão pequena
Que só não sou você por um triz
Ela se vestia de silêncio, não
Porque desconhecia os sons, mas
A voz dos seus sentimentos ficou
Presa no imenso nó que havia em
Sua garganta.
Todas as coisas que dizes
Afinal não são verdade.
Mas, se nos fazem felizes,
Isso é a felicidade.
Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já me não dói
A antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje já outro dia.
Foi nessa idade que a poesia me veio buscar
Não sei de onde veio
Do inverno, de um rio
Não sei como nem quando
Não, não eram vozes
Não eram palavras
Nem silêncio
Mas da rua fui convocado
Dos galhos da noite
Abruptamente entre outros
Entre fogos violentos
Voltando sozinho
Lá estava eu sem rosto
E fui tocado.
Reencontro
Vivia nas folhas secas caídas.
Nas cores vivas do açafrão.
Vivia no sorriso liberto.
Da música harmônica,
Do alegre sorriso espontâneo.
Da leve e doce canção.
Mudou, em uma esquina da vida.
Pousou em uma sala fria.
Deixou de lembrar-se de si.
Daquilo que ficou tão longe.
E o que mais procurava, já não era seu.
Porém uma sombra,a sobressair.
Fitava a figura.
Qual antes? Se ninava segura?
nas noites quentes antes do sono chegar.
Caminhava feliz ao vento.
Que refrescava o humor.
Aquela vida que estava ali?
Já se reconhecia?
Se lembrar. Um pouco perdia?
E novamente o hábito.
De correria sem freio.
De fins justificando os meios.
Para conseguir. O poder de decidir.
Esqueceu do que quisera.
Sonhos agora , só quimeras.
Do melhor que a vida deu.
De simples gosto.
E de objetos se adulava.
Mas com eles não preenchia nada.
Do vazio de seguir.
E de anulação e anulação.
Descobrir , que um dia viria.
Em descobrir. O que não estava lá.
Aquela força estava aqui.
Batendo no coração.
Com delicadeza a passar.
Falava. Abre a janela. Abre a janela.
Sou tua essência, o melhor de ti.
Nunca saí do seu lado.
Você esqueceu de mim?
Seja livre. Te permiti.
Sempre gostei de ti. Assim como tu és.
De alegrias, te preenchi.
E mesmo que agora , não vir.
Não se preocupe.
Vou reencontrar para ti.
Marcos FereS
A chuva vem, a levar as folhas secas, sonhos mortos, vem o sol a abrir passagem para quem aproveita a limpeza da chuva pra cultivar as flores, outras tentativas e os novos frutos que brotarão. Das chuvas que regaram e do sóis que nascerão.
Sejamos uma leve poesia, ou um poema de amor, levados nas asas do tempo, feito as folhas secas ao vento, que partem em seus vôos sem saber se irão voltar, ou serão maravilhosas sementes.
Há arte em tudo que vejo..
No vento que bate e espalha as folhas secas, na mulher de vestido longo no canto, e no seu contemplar ao leve sussurrar do tempo
Como Folhas Secas,Sou,Aonde Eu Cair Fico,Mais Com A Leveza Do Ar,Sigo Em Frente Sem Nem Uma BArreira!
Viva a nova estação.
As vitrines estão alegres, todas enfeitadas de folhas secas e roupas para o Outono. Mas quem disse que as folhas de Outono são folhas mortas? Elas dançam valsa bem lenta, quando o vento as toca para outro lado da floresta! O Outono é a estação mais gostosa do ano. Diz a música que são folhas mortas, que tiveram outrora a cor da esperança. Mas a cor em que elas ficam no Outono é muito mais bonita que a cor da esperança, que, durante todo ano, as mantém vivas. Se observarmos bem as folhas no Outono,elas tocam música num canto da floresta. Formam uma verdadeira orquestra, cujo regente é a estação. O Outono nos faz lembrar a calma, ele tem alma, é o tempo ideal, de doces palavras, que outrora ouvimos em sombras, que as folhas das árvores nos proporcionavam. Hoje, essas folhas tem um colorido lindo de um verdadeiro Outono. Elas dançam ao som da orquestra natural do Outono. Se observarmos bem, o som que as folhas fazem, quando são tocadas pelo vento, é um som de flauta, que se mistura também com um som de violino, dependendo da velocidade do vento. As folhas ficam em festa, dançam,estão alegres, felizes, quando tantos dizem que elas estão mortas. Não!... Elas estão é bem vivas e alegres. Porque a estação mais gostosa acabara de entrar, não tem o fogo que abrasa, nem o frio que nos faz tremer.
Num cantinho da floresta, o Outono toca flauta para que as folhas dancem.
Em breve, quando todo esse colorido for embora e o inverno chegar, vamos sentir saudades do bailado das folhas, que fazem alegrar a nossa vida. E, em um cantinho da floresta dos nossos corações, teremos saudades das folhas, que dançaram para alegrar a nova estação.
É por isso que hoje me vesti de Outono e o Outono se vestiu em mim!
Marilina Baccarat no livro "Pelos Caminhos do Viver" editado pela editora Scortecci.
Alimento do coração...
Das folhas secas,
faço o adubo para o jardim
e das flores coloridas,
um colírio para meus olhos.
Da janela,
onde enxergo os campos,
deixo a imaginação correr livre
porque é dessa forma
que alimento meu coração
com o melhor da vida.
by/erotildes vittoria
Na soleira da porta como quem espera a porta abrir
Algumas folhas secas que o vento trouxe até ali...
No varal, roupas feito bandeiras
Agitam-se desnudas dos corpos...
Ao longe palavras flutuam sobre as árvores
... Sussurros libertos do pensamento.
Feito prisioneiro que escapa da prisão
Em silencio a emoção repousa no chão...