Folhas Secas

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Ar frio, tempo úmido, folhas secas, céu pintado com lápis cinza, o inverno se aproxima. O mundo foi pintado com variações de cores, do tom simples ao mais complexo, mistura de cores que formam novas cores, como o marrom da terra e a pureza translucida do rio que corta essa floresta quase sem vida que se aproxima do inverno. A floresta chora por perder sua cor laranja que mais parece um pôr do sol sem fim para o branco da neve desse turbulento inverno. Estou aqui apenas vendo o laranja desaparecer juntamente com algumas esperanças, e o branco assumir o lugar com um total desespero. Todas as cores são belas, mas umas assustam mais que outras, como às escuras que podem representar tanto a noite como o coração de algumas pessoas, ou o verde, representando a vida e o amor no coração de muitos. O meu sempre foi cinza, como esse céu nublado, talvez seja pela ausência de esperança, ou assim como essa floresta, tive tudo tomado de mim. A vida é construída por uma caixa de lápis de cor, onde algo ou alguém constrói o tempo de cada tom, se isso não for possível, cabe a nós mesmos pintarmos a vida de acordo com nossas necessidades, seja um laranja ardente, ou um cinza mórbido. Não devemos nos desesperar, pois assim como as cores, a vida é um ciclo, se o laranja da árvore ou o meu verde foram tomados, outrora eles voltarão, seja com o outono ou o verão.
O mundo colorido e a cor do meu mundoー

Abrigo

⁠Era uma tarde fria.
Folhas secas tilintavam ao tocarem-se sopradas pelo vento forte.
Uma tempestade se anunciava.
O céu tinha vários tons de cinza, o cinza triste, o cinza feio e o cinza assombroso.
Enquanto os pelos do meu braço ouriçavam de tremor pensei:
Preciso de um abrigo, preciso de um reforço, uma é muito pouco, não dará conta, preciso de mais um.
Mãos dadas, companhia, vai dar tudo certo, vamos passar por isso juntos.
Egoísmo e diversão na tempestade não tem existem
No vendaval frio, o bem acolhe a quem encontrou no caminho, a quem amou em meio aquelas folhas uivantes.
Mas o abrigo estava desabrigado.
As telhas soltaram-se ao longe. Nem mesmo as estruturas haviam, algumas colunas estavam no chão.
Não tinha como entrar, não tinha como pisar.
A rede onde alguém deitou, caiu ao ser puxada.
Segui sozinha, pisando as folhas, tocando seu som, soprando o vento,sentindo o frio, tingindo o cinza e molhando a tempestade.

As folhas secas cobrem em abundância o caminho das recordações.

"Segure o que te faz bem,
mesmo que seja um punhado de folhas secas.
Segure o que te faz crer,
mesmo que esteja no além.
Mantenha perto o que te faz viver,
mesmo que seja um pequeno vaso de violetas.
Segure o que te faz feliz,
mesmo que seja uma simples pintura de borboletas.
Segure o que te faz sentir,
mesmo que seja RPM ou BLITZ.
Segure o que acelera as batidas do seu coração
mesmo que seja uma antiga canção.
Segure o que você precisa,
mesmo que esteja muito longe daqui.
Mantenha perto o que te faz sorrir,
embora seja mais fácil deixar ir.
Mantenha perto o que você ama,
aquilo que te motiva e te inflama,
mesmo que esteja longe de você.
Mantenha perto a sua vida,
mesmo que ela seja corrida."

Deixemos as águas dos rios seguirem seu curso lentamente, pois elas levam embora as folhas secas…

"Quando a primavera chegar, vou me desfazer das folhas secas e deixar o AMOR florescer."

Confesso que as vezes eu só queria voar com o vento como as folhas secas no outono.

Como folhas secas pelo chão
Nas frias tardes de outono
Veio o vento e te levou
E junto o meu coração

A chuva vem, a levar as folhas secas, sonhos mortos, vem o sol a abrir passagem para quem aproveita a limpeza da chuva pra cultivar as flores, outras tentativas e os novos frutos que brotarão. Das chuvas que regaram e do sóis que nascerão.

Nova etapa...
Árvores podadas,
folhas secas sobre o gramado, varridas,
e páginas amareladas com o tempo,
foram grampeadas
junto com frases repetidas.
Os caminhos difíceis, transpostos
para facilitar a nova etapa
da contínua caminhada
que é viver o dia a dia.
by/erotildes vittoria

Folhas secas caídas ao chão;
Em um dia frio e sem inspiração;
E para amenizar essa situação;
Nada melhor que seguir o coração.

Uma poesia para alegrar a alma;
Daqueles que buscam um pouco de calma;
Um lindo dia, não é o mesmo, que um dia lindo;
É o vento que passa..., é a folha caindo.

O Sol pode brilhar;
Os pássaros cantar;
Seu príncipe, pode até passar;
Mas se não se levantar...,

Infelizmente, não irá reparar;
Parece até um lindo dia;
Repleto de melodia;

Mas é apenas um dia lindo;
Que ansiosamente, espera sorrindo;
A folha seca que está caindo.

Entorpece no sono flamejante
folhas secas viram carvão
mato queima, fumaça chiante
errei, mas peço perdão

Queixo trêmulo e soluçante
imploram por mera absolvição
nesta escravidão sou reinante
tenho em mente uma bifurcação

Dum amor fui resignante
como pássaro num alçapão
perdido, animal rastejante
me prendes negando decisão

Águia sábia de ataque farsante
tu és bela mas ages como camaleão
viajando pela flora verdejante
passeia enganando a paixão

Estreante dum caminho estrelante
não preciso de prova e certidão
és uma louca diva alucinante
brincando de colecionar coração

Sigo aqui quieto e zelante
apostando num cavalo azarão
sentimento cruel e tratante
que exala pura descompaixão.

(Resignante - Denis Santana - 2015)

Folhas secas são folhas apaixonadas...
rebeldes em busca de liberdade

A estrada da vida anda alastrada
De folhas secas e mirradas flores...
Eu não vejo que os céus sejam maiores,
Mas a alma... essa é que eu vejo mais minguada!

Antero de Quental
Odes Modernas

Reencontro

Vivia nas folhas secas caídas.
Nas cores vivas do açafrão.
Vivia no sorriso liberto.
Da música harmônica,
Do alegre sorriso espontâneo.
Da leve e doce canção.
Mudou, em uma esquina da vida.
Pousou em uma sala fria.
Deixou de lembrar-se de si.
Daquilo que ficou tão longe.
E o que mais procurava, já não era seu.
Porém uma sombra,a sobressair.
Fitava a figura.
Qual antes? Se ninava segura?
nas noites quentes antes do sono chegar.
Caminhava feliz ao vento.
Que refrescava o humor.
Aquela vida que estava ali?
Já se reconhecia?
Se lembrar. Um pouco perdia?
E novamente o hábito.
De correria sem freio.
De fins justificando os meios.
Para conseguir. O poder de decidir.
Esqueceu do que quisera.
Sonhos agora , só quimeras.
Do melhor que a vida deu.
De simples gosto.
E de objetos se adulava.
Mas com eles não preenchia nada.
Do vazio de seguir.
E de anulação e anulação.
Descobrir , que um dia viria.
Em descobrir. O que não estava lá.
Aquela força estava aqui.
Batendo no coração.
Com delicadeza a passar.
Falava. Abre a janela. Abre a janela.
Sou tua essência, o melhor de ti.
Nunca saí do seu lado.
Você esqueceu de mim?
Seja livre. Te permiti.
Sempre gostei de ti. Assim como tu és.
De alegrias, te preenchi.
E mesmo que agora , não vir.
Não se preocupe.
Vou reencontrar para ti.


Marcos FereS

O outono veio carregado de maresia
Junto das tardes banhadas das folhas secas que as estradas amarelecia
Ventro rubro de saudade que as campinas percorria
Trazia solidão para um coração que tinha o como uma única companhia
Folhas de outono caem da copa das árvores como lembranças do passado aconchegante
Que em todas as estações no pensamento segue avante
Vivo e imortal na alma do solitário viajante.

Outono

Assim como as folhas secas caem.
Eu tambem já cai e me ralei.
Elas caem tristes e o vento leva sua poesia longe.
Eu poço levantar para onde o vento sopra, buscar.

Na minha vida me dedico a elas.
São lindas em vida, continuam lindas mortas.
Já vi em outro lugar e concordei, vivas são poeticas.
Assim como Cazuza depois de morto lembrado foi.

Um trabalho leva uma vida.
E assim como as folhas já cairam.
Terão outras, as mesmas que iram nascer no mesmo lugar.
E é por isso que depois de cair vou levantar.

Não sou folha, depois de morto estarei acabado.
Tenho medo de não renascer ou reencarnar.
Por isso de nada dessa vida eu desisto.
Sei que tudo consigo se meu tudo tem fé.

Errado não é cair.
Certo é levantar.
Triste não é sonhar.
Felicidade é realizar.

Pela
data do meu
nascimento...
Eu sou outono!
Por isso,
não levo comigo.
Folhas secas.
Sonhos demorados.
Amores impossíveis!
Tudo que me
causa volume
sem necessidade,
deixo-os cair.
Jogo-os ao vento.
E deixo em mim,
florescer,
sempre uma
nova primavera!

Outono

Outono
Planos
Folhas
Secas
Flores
Escassas.

Outono
Água
escorre
Pelos
Rios
Rasos.

Outono
Amores
Separações
Solidão
Aflição
e Sono.

Outono...

As palavras são como folhas secas uma vez desprendidas do galho ou ecoada pela boca não há como voltar atrás.