Folhas Secas
Sobre as flores e o amor
Devemos retirar as folhas secas e amarelas .
Mas as flores quando murcham elas viram sementes ...porém há o momento certo da retirada da semente para que elas sigam o ciclo fértil .tambem algumas plantas podemos podar que elas reflorescem .
Eu amo flores e as minhas flores quando murcham pego as sementes e jogo em outra parte .
Fato é que o mesmo não acontece com um coração contaminado , “o amor não sobrevive a recipientes sujos”,quando há falta de espaço o amor não se muda para o cômodo dos fundos ,simplesmente se muda literalmente,não sobra sementes ,não tem poda que vá reflorescer essa ausência ...
Talvez seja isso a justificativa de seus dias tristes nesse plano !
Quem tem amor tem tudo ,é um ser completo, só esse ser poderá alcançar a plenitude.
“Sinto muito ,me perdoe ,te amo sou grato “.
“Sentada na praça vi o outono chegar, folhas secas voando ao léu. Assim como as folhas voando tranquilas para longe, vi meus sentimentos “secos” voando tranquilamente à espera da nova estação, ao encontro da primavera da Minh'alma."
Amara Antara
perdição
no outono
tal as folhas secas
perdição. Entono!
o sertão perde a cor
o pequizeiro o sono
o cerrado vira pecador...
a poeira perde o rumo
a chuva vira escassez
o vento se torna insumo
e a vida se perde no talvez...
pra noutro ano, perder-se
outra vez!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
26 de setembro de 2019
Araguari, Triângulo Mineiro
O QUE SOMOS?
O que somos nós, afinal?
Flutuamos pela vida à fora
Folhas secas, passarinhos
à vontade do vento...
Somos amores que se perdem,
Sonhos que acordam
Somos tudo. Somos nada!
Sentir e pensamentos...
Em nós tudo é muito fugidio
Tão inconstantes...
No entanto somos magníficos,
em nossas alegrias e tristezas dúbias.
Vivemos ilusões de um " talvez",
tendo diante de nós uma realidade
que a alma recria.
... Motivos para prevalecer.
Somos gritos na escuridão.
Somos vozes que ressoam
Palavras nunca ditas
Somos as águas no moinho do tempo
Dia de lacunas escancaradas;
outros, cubículos de solidão,
cárceres que nós mesmo erguemos
ao nosso retor...
Mas
somos o que somos
e o que, em que, tentamos
nos transformar.
Evolução
ou
Estagnação do ser.
No entanto somos o milagre
A mais bela obra da criação de Deus;
perdidos nos caminhos de si mesmos,
sem saber o que fazer com o livre arbítrio
que nos fora concedido
De que nos serve a liberdade,
se não sabemos por quais céus voar?
Somos belíssimas complexidades...
Assim como as árvores soltam as folhas secas para receber novas folhagens, também nós devemos nos libertar do que não faz mais sentido estar em nossa vida para podermos nos renovar.
Como folhas secas levantadas do chão numa rajada de vento, debatendo-se em tudo, de um lado a outro, seguem as
perguntas sem respostas,
as expectativas e erros reconhecidos, inevitáveis, no entanto.
O Ser pode não parecer humano, ao se deparar com incessantes frustrações.
O Ter pode não ser o suficiente, diante da infinita busca de encobrir nossas vergonhas.
O fim pode chegar e nao ser reconhecido, perante a necessidade desesperada de sonhar.
Assim...sao inconstantes os sentimentos e os atos de quem ama, de quem amou e de quem amargará o calvário de seguir amando solitariamente.
(Folhas - L.B.)
Precisando de um pouco de verão no meu inverno...
e um pouco de primavera nas minhas folhas secas...
Precisando de um pouco de outono pra a minha boca adocicar...
O amor é como a primavera e o outono, as flores só aparecem se as folhas secas tiverem caído primeiro.
"Folhas secas destorcem meu caminho
Antes eu era o sol
Hoje sou apenas a brisa leve
De uma tarde de inverno.
Meus passos ainda cansados
Procuram repouso
Mas só vejo folhas
Encobrindo o rastro que um dia
Criastes para mim...
A natureza desta vez foi mais forte
E me perdi de você..."
Natureza divina!
Outono estação...
Folhas secas ,
leve brisa, livros no chão.
Meu coração anseia
Renovação. Gratidão
à Deus Por essa Linda
estação.
Dia dos pais
O dia ficou sem graça
Eu olho ao redor e só vejo folhas secas caindo na praça
Assim são as lembranças
Que minha memória perpassa
Parece que te vejo
Com o velho violão
Ou sanfona desafinada
Tentando fazer uma graça
Mãos calejadas, rosto queimado,
olhos azuis, trabalhador dedicado
Firme encaminhou seus 8 filhos
Com marcas de generosidade,
coragem, sem medo da realidade!
Pai,
rememora que nunca passa,
traço impresso na alma
Lembranças sagradas
Saudade danada