Frases sobre folhas
Assim como as folhas secas de um outono ultrapassado
O vento foi me tirando em cada folha
A saudade desse passado
Que representas para mim
E em cada folha que o vento levava
Até parecia que eu me libertava
De um pedacinho
Do que algo foi na minha história
E no final desse outono
Após o vento passar por mim
Me limpando das folhas secas que foram vivas
Veio meu inverno onde procurei hibernando minha alma
Pude me limpar de muitas coisas
E hoje, ah! nessa primavera que desfruto
Novas flores, novos frutos novos desejos outros sonhos...
Brotam aqui de dentro de meu peito
E com esse novo cheiro de vida
Caminho enfeitando meu mundo
Com o amor de Deus em minha alma Minha primavera sempre brotando novas flores.
Entâo é aqui onde busco a cada dia
Ser mais uma vez...
Ser um homem cheio de amor...
José Ricardo
#ASAS
Reparto-me entre as flores...
Entre as folhas caídas ao chão...
Sopradas pelo vento...
Sem destino certo, ao léu...
Reparto-me entre as estrelas...
No brilho do luar...
Que clareia minha estrada...
Para eu poder passar...
Reparto-me entre as taças de vinho...
Em olhares de encontros inesperados...
Entre sorrisos...
Em tudo que sinto...
Tudo me envolve...
Sonho a sonho...
De minha alma a vida foge...
E o que mais posso esperar?
Quando assim me divido...
Crio asas para voar...
E as asas que Deus me dá...
Feliz, fazem-me mais sonhar...
Sandro Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
UMA ROSA SOLITÁRIA
Uma rosa bela.
Solitária, porém.
Se és vermelha, roxa ou amarela,
Isso não convém a ninguém.
Apenas uma rosa.
Justa posta em seu altar verde
Que a beleza reluzente transporta
Toda a alegria que talvez vai causar.
É tristeza, solidão, amargura?
Se és tão bela, porque em um canto se restringe?
Será a maldade de uma mão que a prende?
Ou a doçura dos olhos que as resguarda?
Não! Mas sim, a ambição tamanha
De no centro do jardim se colocar,
A Transmitir a todos que passam,
Todo o seu orgulho de bela conservar.
Mas quando o tempo passou,
Todos que a viam em seu altar,
Lamentavam sempre que viam
Aquele negrume de folhas secas no ar.
2º FP nº 23.
A nossa infância - Made in Casa
Dizes que sou pobre
Vens com brinquedos importados
Bonecas, Barbies
E carros telecomandados
Nas suas etiquetas dizem:
Made in China
Mas a mim
Fazê-los a todos é o que mais me fascina
Bonecas de folhas
Ou feitas de pano
Criteriosa é a minha escolha
Pois tudo é reciclado
Na minha garagem
Há um trote um trator e uma gualala
Nas suas etiquetas dizem:
Made in casa
E São Tomé e Príncipe está em suas placas
Dizem que somos pobres
Mas não somos os únicos
Os doutores e engenheiros
Professores e ministros
Ainda se lembram
E hão de falar-te sobre isso
Se agora são ricos ou pobres
Cheios de azar ou de sorte
Mesmo um bem-sucedido empresário
Declarar-te-á: como eu era rico
Como era um felizardo
Sem compromissos
E cheio de sorrisos nos lábios
Quão boa era a nossa infância!
Outono, folhas secas ao chão, transforma-se em tapetes para pisarmos barulhamente no silêncio do tempo seco e quase frio, de reclusão.
Folhas são lembranças já vividas, um dia verdes, mas secas pelo tempo e levadas pelo vento.
Lembranças de pessoas que naquele momento jurei enganos e ilusões. São horas de conversas jogadas para o vento, sorrisos bestas e momentos únicos!
Secaram, sumiram... Mas prevalecem aqui e aí. No mais íntimo possível, mostrando que entre espinhos havia um afeto.
“As folhas do outono voando ao leu é semelhante a cada novo caminho que temos que trilhar, simboliza a transformação do velho ao encontro do novo.”
Durante o outono,
temos um tempo oportuno
para aprendermos com as árvores
que soltam suas folhas secas
por não terem mais vitalidade,
por não terem mais nada
que lhes acrescentam,
mesmo que continuem lindas
por estarem marcadas
por ocasiões vividas,
agora, fazem parte do passado
e precisam dar espaço
pra que as novas folhas
nasçam e recebam
das árvores, as boas vindas.
Se dinheiro é feito de papel, então ele dá em árvore sim. Entretanto, mais importante é saber o que essas folhas pintadas em forma de pequenas obras de arte representam.
O outono chega para nos lembrar que o colorido espalhado pelas ruas e calçadas é a primavera das folhas.
Esperamos o outono chegar,
ver as folhas saindo em disparada
voando loucas, pelo vento levadas
e querendo junto aos galhos ficar,
O vento chega ousado dando beijos,
para uma, a uma, logo conquistar...
e a nossa alma tem os lampejos
de outros outonos, lembrar !
Outonos de beijos amorosos,
abraços que pareciam sem fim,
em tempos que eram mais ditosos,
nas manhãs em toques de clarins
Outros outonos de frias brisas,
mas que aqueciam o coração ,
agora, tudo rapidamente desliza,
já sem a mesma emoção
Despedidas do tempo, que, ingrato,
vai passando com muita pressa,
e a tudo leva quase de arrasto,
e deixa a saudade, o ontem, a promessa...
OUTONO
Folhas amareladas caem,
mostrando a cara da
nova estação...
É o renascer que
está sendo anunciado,
esperando o tempo
de bons ventos.
Em breve, as flores surgirão,
e as cores e perfumes
tomarão conta do ambiente.