Fogueira
Paixão febril descontrolada,
Desejo imenso que não apaga,
É faísca, fogo e fogueira,
É uma vontade acessa,
Um desejo de ter você.
Não somos nada.
Para que vaidade?
Vamos arder numa fogueira...
Os donos do mundo, não veêm beleza nêle.
Hoje a noite é de festa: tem fogueira, tem rojão, tem crianças e casais na festança de São João.
(trecho de "Festa de São João")
Meu amor não é fogueira nem sopro.
Não se desfia nem se desdobra à toa.
É cauteloso e principia pouco
Para crescer a cada coisa boa.
Amor bondoso, resistente ao tempo,
Constante mesmo quando se magoa.
Envolvedor e, em seu envolvimento,
É mais amor e, sendo assim, perdoa.
Embora possa parecer maduro,
É meu amor também insaciável,
Sem rumo certo, amargo e inseguro.
É meu destino, mesmo tão amável,
Tornar o amor, além de insuportável,
Ao mesmo tempo, eterno e sem futuro.
(do livro: Fadas Guerreiras, à venda em www.caca.art.br)
Acendi um fogueira, e nela aqueci um beijo, para ti se não chegar ainda quente a culpa é da tmn.bjs amor te amo.manuel
Infância longínqua,feita de amarelinha,pique-escode,festinha
junina com fogueira,doces feitos pelas mães da criançada
daquela vila em que corria e gritava na maior algazarra com
meus colegas:Fernando,Nelma,Selma,Solange,Silvinho,Valéria,
Caique...mãe chamando:entra menina,já é tarde,amanhã tem
escola.
Poxa,mãe,só mais um pouquinho...
Cinzas ao mar...
Fogo! Da fogueira que acende por amar-te!
Ardor! Do sentir que por ti exala!
As migalhas lançadas para que lentamente
Sinta o gosto dos teus lábios...
É a sintonia do desejo de ter-te ao meu lado.
Explicar o que não se explica!
Implico! Impossível é não querer-te,
Perto estou de afogar-me nas lágrimas que escorrem
Por esta face triste e abatida!
Não suporto mais viver ao léu de tanta agonia,
Se o meu prantear é nostalgia!
Logo, meu corpo será de outro corpo,
Minha vida será de outra vida,
Meus pensamentos estarão noutro lugar,
Meu desejo apenas de amar-te.
Põe-se comigo a relutar,
Veja! Estou quase morta!
Sucumbida pelos vermes da paixão,
Iludida por palavras vazias que jogastes ao vento
Quando juravas amar-me de todo coração!
É desse amor que falavas?
É com tamanha covardia que de mim zombavas?
Portanto, não serei mais uma alma a vagar,
Não mais serei uma pedinte a clamar!
Volte! Volte a amar-me!
Outrora afugentarei momentos de silêncio,
Roerei minhas unhas e sofrerei a míngua
Por todos os dias que assim o necessitar,
Mas, nalguma hora, vazia, fria, solitária e seca...
Voltarei para mim, olharei para o espelho em pedaços,
O segurarei sem nenhuma força em meus braços,
Secarei da minha face esta última gota a secar,
Juntarei as cinzas de este meu lamentar e definha-me a vida
Em regressar!
Os restos serão levados pelos ventos do espírito,
O mau cheiro da dor seguirá logo atrás,
Os ossos quebrados serão sarados e os frangalhos defasados pelo mar.
Eu, em minha mais nobre lição do amar,
Saberei responder quantas vezes for preciso, quando o amor pelo meu nome chamar!
Juntar a lenha pra fogueira, cortar a seda pra bandeira, preparar a mandioca para o caldo... Ansioso por ver o céu da roça, sola do pé na terra... quiçá borboletas no caminho.
Sou fogo, fogueira e vela, sempre acesa e iluminada.
Sou atiçada pela brisa, pelo vento, pelo oxigênio...
Me consumo pela inconstância, pela ausência e pela presença.
Hoje queimo, amanhã esquento.
E como disse Machado.. A ausência diminui o medíocre e aumenta o grande, como o vento apaga o fósforo, mas atiça a fogueira.
Hoje me sinto vela de aniversário... Me assopra pra acender de novo.
Mundo Ingrato
(musica de: "Lenha na fogueira")
Já não sei se sei
Já não sei quem sou.
Mas bem que tentei,
Saber onde eu vou.
Já perdi o rumo,
Qualquer lado é lado.
Assim me consumo,
Triste e calado.
Eu estou com medo,
Ver tanta injustiça.
Que ataca cedo,
Por ter quem atiça.
Quem tinha cem casas,
Já não tem nenhuma.
É melhor ter asas,
Pra sumir com a bruma.
Será preferível
Morrer bem ligeiro;
E não ver o incrível
Mundo traiçoeiro.
Abrigar o belo
E o que é querido;
Dar nosso castelo
Prato dividido.
É bem fácil, creio,
Mas não tem virtude.
Quero ver do feio
Quem é que ajude!
Descartar ligeiro é
Mais conveniente,
Que dar travesseiro
A um indigente,
Eta mundo ingrato
Que não toma jeito.
Quem é belo eu trato;
Piso em quem há defeito.
Asa Branca
Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu preguntei a Deus do céu, uai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de prantação
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
"Intonce" eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Para eu voltar pro meu sertão
Quando o verde dos teus oio
Se espalhar na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração
Fogueira
Angela Rô Rô
Por que queimar minha fogueira?
E destruir a companheira
Por que sangrar o meu amor assim?
Não penses ter a vida inteira
Para esconder teu coração
Mas breve que o tempo passa
Vem num galope o meu perdão
Porque temer a minha fêmea?
Se a possuis como ninguém
A cada bem do mal do amor em mim
Não penses ter a vida inteira
Para roubar meu coração
Cada vez é a primeira
Do teu também serás ladrão
Deixa eu cantar
Aquela velha história, o amor
Deixa penar, a liberdade está (também) na dor
Eu vivo a vida a vida inteira
A descobrir o que é o amor
Leve pulsar do sol a me queimar
Não penso ter a vida inteira
Pra guiar meu coração
Eu sei que a vida é passageira
E o amor que eu tenho não!
Quero ofertar
A minha outra face à dor
Deixa eu sonhar com a tua outra face, amor.
Quando eu falo que prefiro Toddy do que Nescau, só faltam me jogar na fogueira, imagine então dar opinião sobre algo mais sério.
Meu bem...
Como uma fogueira que queima a lenha, e quanto mais lenha se coloca mais queima, mais alta fica a chama, mais esquenta... É assim o que sinto por você...
Quanto mais te vejo mais quero te ver, quanto mais te toco mais quero te tocar, quanto mais te beijo, sinto teu cheiro, teu gosto, teu calor, mais eu quero...
É como uma sede que não cessa, uma fome que não passa, um desejo que termina e recomeça todas as vezes que teu corpo aquece o meu...
Quero estar cada vez mais, e mais e mais contigo, me embebedando em teus carinhos e ardendo em brasa no teu amor...
Teu bem.
Fagulhas
Algo mudou.
Uma pequena fogueira achei,
talves finita, não sou preciso e sou sem presságio,
apenas me aqueço do que posso,
fico encantado pelo fogo que me arrefece.
Mas o que me fascina mais são as fagulhas incandescentes,
que bailam no ar em brasas
embaladas pelo vento das dúvidas;
sei que terão uma chama breve,
pois são estilhaços de uma fogueira acesa à pouco.
Talvez esse fogo nem tenha o fulgor e alimento
suficiente,
para ao menos amainar o frio que me cala fundo.
Eu errante, só resta sentir o calor que ainda emana e,
boquiaberto ficar esgueirado nesse refúgio olhando o vazio;
o vóo breve dessas fagulhas.
Vamo aumentar a chama da fogueira,
E o sistema ve que nao é brincadeira
Porque eu to com a brasa acesa, o fumo vai queimar
O time ta na casa e o bicho vai pega.