Fogueira
Qual é sua obra? Fogueira de vaidades.
Um bom tema, uma boa pergunta? Algum autor pode pensar que o que escreve contribui, de alguma forma para a melhoria do mundo. Mas isso todos acham, por isso se escreve tanto, no afã de dizer alguma coisa nova ou relevante para educar ou entreter o mundo.
Contudo, me pergunto, o que estamos fazendo com a nossa escrita? O que postamos nas redes sociais ou publicamos em livros, tem realmente algum valor cultural, é literatura, poesia, ou lixo?
Somos redundantes e prolixos, a poesia que tentamos escrever já foi escrita, e isso acontece nos melhores casos, nos autores mais sinceros, mas quem poderia concordar comigo, sem brigar com o resto do mundo?
Pergunto-me sempre, qual o valor daquilo que escrevo, e que por vaidade assino em baixo? Todavia, precisamos nos enganar, em qualquer ofício que medramos, somos apenas mais um tolo a se repetir, a iludir quem nos escuta, quem nos lê.
O amor sem perdão é como a fogueira que deixa as cinzas na parte superior escondendo a brasa da angústia queimar e destruir todo o interior humano.
Sagrada Medicina do Fogo!
Fogueira acessa, conexão divina, sinto me aquecida na luz deste lugar encantador, a lua se faz presente, assim continuo em silencio... como é bom ouvir o som do fogo.
Que possamos ser o graveto que amplia a luz, numa só conexão divina “ascendendo” a iluminação da vida!
Sou pequenino grão de areia,
Sou uma cinza de fogueira
Transformada em verde ramo
Da Videira Verdadeira;
Sem Tua seiva não vivo,
Ó Videira Verdadeira.
Fogueira
Se pensar é meu pecado,
a caneta - qual cilício -
me flagela e vou, calado,
escrevendo meu suplício
pelo qual eu sou julgado,
torturado e condenado.
Eis aí meu Santo Ofício!
A multidão busca seu reflexo pardo na multidão. Fagulhas que juntas tentam produzir uma fogueira que aqueça de uma só vez inumeráveis corações. Não os culpo por tamanha falta de calor na alma, mas eles me culpam por não querer levar à sua fagulha minha fogueira.
Vi uma fogueira com bancos ao redor.
Poderíamos ser nós dois ali, você e seu cachecol e eu com um violão que nem sei tocar, mas só pra fazer um charme.
-plr
Passagem aberta
Uma passagem foi aberta,
do outro lado da ponte vejo uma fogueira implorando mais uma companhia,
a noite cai, a lua ilumina as estrelas da cidade, ilumina os nossos olhos tão próximos,
a neve é a dona do terreno, o mar é o artista principal apreciado do alto da montanha gélida,
vale a pena deixar os sentimentos flutuarem nas enormes ondas da imaginação,
logo atrás, na casa com o teto coberto de neve a luz está acesa me convidando para entrar,
na montanha russa dos sentimentos encontrei um espaço em aberto, então tirei minha armadura e relaxei no templo do prazer, no tempo dela.
Os alvos são como os ventos, eles podem intensificar as chamas de uma grande fogueira.
Estabelecer alvos no princípio de uma trajetória é ter uma prévia preparação para um destino melhor.
Afastando o perigo
A fogueira está acesa, os lobos estão uivando bem alto a nossa volta e são muitos.
O medo tem cheiro, mas a coragem vêm de um surto!
Os nossos gritos de raiva, o som das batidas nas panelas e as pedras arremessadas conseguiram espantar as feras.
A união que nos alimenta é a mesma que nos mantém preparados para possíveis problemas.
Mais lenha é jogada na fogueira, a confiança recuperada infla os corações, agora é tempo de aproveitar o restante da noite apreciando a bela paisagem.
SÃO JOÃO NA PANDEMIA
Esse ano no sertão
A sanfona não cantou
A fogueira não acendeu
Pra transformar frio em calor
Mais eu digo a você cabra
Meu amor pelo são João aumentou
Meu são João abençoado
Tem seu povo animado
Para um forrozinho dançar
Mas o triste do corona
Mizeráve fii da boba
Hoje quer atrapalhar
Acha ele que nordestino
Hoje vai se abalar
Mas esqueça logo isso
A gente vai é se ajeitar
Nem que seja com as lives
Mas um forró nós vai dançar
A Sanfona não cantou porem
Eu canto e conto, no são João
No ano que vem vou dançar
Meu forrozim com juros
E sem descontos e outra
Eu não danço sozinho
Ao som de Luiz Gonzaga
Fulo de mandacaru ou
Jorge de autinho
Vai ser uma festa só
Pra dançar o meu forró
Junto ao meus vizinhos
Abre, surdo
Suas cordas vocais,
Do tempo fugaz,
Que almejaste a paz
Arda na fogueira,
Sua dívida corriqueira,
De abandonar-se a cegueira,
Certeira em seu olhar
Turvo,
Curto
Surto!
Os únicos que devem entrar na fogueira por você, são teus pais. E os outros? Que outros? Ah! São meros telespectadores.
Dorme se diante chamas de uma fogueira, mas não se dorme diante da chama de uma vela...
Um grande beijo em seu coração.
R&F Perazza.'.
Relacionamentos longos são difíceis. Você não pode esperar ter uma fogueira crepitante imediatamente. Não pode colocar a lenha graúda primeiro. Tem que começar com os gravetos, os que vão acender a fogueira, certo? Depois deles, você coloca a lenha e aí tem as labaredas. Um relacionamento bom é assim. Certo? Mas tome cuidado. Às vezes é difícil achar o graveto certo para acender a fogueira. Um bom graveto.
Vejo você...
Mas uma viagem e nós dois no cenário,
eu vc e a fogueira acesa sobre a mesa com a vista linda do por do sol a beira mar,
teus olhos meu coração, tua boca minha respiração, teus sorrisos a minha admiração,
um momento único, a praia eternizada nas memorias, o teu perfume atravessando os tempos e a tua voz confundindo o hoje do ontem em apenas um fechar de olhos.
O CASTELO
Um castelo sem masmorra
Não tem fosso nem fogueira
Não é da idade média
Nem está numa fronteira
Não é Rússia, não, maluco
Ele fica em Pernambuco
É o castelo de Pesqueira
Numa Roda de Fogueira
Pela estrada vou correndo,
vou vivendo.
As estrelas simplesmente
me disseram que o meu
caminho... é a estrada.
Então sinto o silencio e
pela estrada vou
caminhando o meu
caminho sozinho.
Me aventurando livremente
pelo mundo.
Não prenda um leão pôs
não vai gostar quando
ele mostrar as presas.
Então eu mesmo escolho
o meu caminho, procurando
Deus, sozinho, procurando
a mim mesmo.
Então sigo o caminho que
me pertence.
Conheci algumas pessoas;
numa roda de fogueira
com minha voz rasgada,
desafinada e meu violão.
Cantei minhas histórias e
quando olhava para
as estrelas só conseguiam
lembra dos olhos dela.
Meus junhos, antigamente...
Milho assado
sapecado nas brasas da fogueira
ou no borralho do fogão
besuntados por meu avô
com manteiga caseira
cheiro de quentão e canjica
saudade que emociona e fica!