Fogueira
O amor não era uma grande fogueira que penetrava na alma e ardia até impedir qualquer reconhecimento. Eram momentos cotidianos simples que se acumulavam uns sobre os outros feito tijolos, até formarem um fundação tão sólida que nada podia derrubar. Nem o vento, nem a chuva.
-Eu e Ela, a noite e a fogueira, o mar e a Lua, o violão e o Reggae, a brisa e o som, a Paz e o Amor !
Como o fogo domina uma fogueira
Manterei aceso este fogo eternamente
Quando houver somente brasas
Que arranquem todas as arvores
Numa noite escura
a fogueira é testemunha
do lamento da viola.
E o fogo crepita
e a viola chora
o quão quente é a paixão.
Mas o dia chega
e a lembrança
da noite anterior
não passou de ilusão
que a pinga
a voar a mente
sempre deixa...
Me entrego inteira
porque te quero
apagando a fogueira
que acendeu em mim,
quando te conheci.
Loucura é esse intento
e quase tormento quando,
em meus apelos atrevidos,
não te posso amar assim,
tão loucamente!
somos simplesmente pequenas fagulhas de uma fogueira em plena combustão,estas fagulhas que se desgrudam de uma brasa e aos poucos desaparece dando lugar para outras brasas que vão gerar outras fagulhas e que também vão desaparecer.... os anos passam tão rapidamente , as coisas mudam tão rapidamente que até mesmo esta minha linguagem já é nostálgica, mas no final o que fica realmente são os singelos , imperceptíveis e sorrateiros atos que contribui para uma existência curta mas feliz.Se pudéssemos refletirmos e podemos,sobre qual relação e reação que um simples sorriso terá nos entes ao nosso redor ....levaremos isso por toda a posteridade.....A historia não pode terminar em tão pouco tempo, acredito numa existência sem fim.... acredito.
Vamo aumentar a chama da fogueira,
E o sistema ve que nao é brincadeira
Porque eu to com a brasa acesa, o fumo vai queimar
O time ta na casa e o bicho vai pega.
Juntou uns gravetos
e acendeu uma fogueira bem no meio do nada.
Sorriu alegria...
Agora tinha luz
e o frio não demoraria a passar.
“ Céu Estrelado “
Me queimei na fogueira do silencio
Eu...fera indomável
Em busca do teu corpo moreno, perfeito insaciável
Será sagrado o teu olhar?
Será pecado ti amar?
A minha pequenez, me fez selvagem criatura
Mas entregue ao domínio do homem amado
“MANTRA” meu corpo todo canta, sob o céu estrelado
(Cleonice Ap. Iori Rosa)
Eu sou um filme sem roteiro…Um livro faltando página, um circo pegando fogo, sou também uma fogueira apagada. Sou uma noite escura. Daquela festa eu era a mais carente, sou um inverno chuvoso e um dia quente.
Infância longínqua,feita de amarelinha,pique-escode,festinha
junina com fogueira,doces feitos pelas mães da criançada
daquela vila em que corria e gritava na maior algazarra com
meus colegas:Fernando,Nelma,Selma,Solange,Silvinho,Valéria,
Caique...mãe chamando:entra menina,já é tarde,amanhã tem
escola.
Poxa,mãe,só mais um pouquinho...
Cinzas ao mar...
Fogo! Da fogueira que acende por amar-te!
Ardor! Do sentir que por ti exala!
As migalhas lançadas para que lentamente
Sinta o gosto dos teus lábios...
É a sintonia do desejo de ter-te ao meu lado.
Explicar o que não se explica!
Implico! Impossível é não querer-te,
Perto estou de afogar-me nas lágrimas que escorrem
Por esta face triste e abatida!
Não suporto mais viver ao léu de tanta agonia,
Se o meu prantear é nostalgia!
Logo, meu corpo será de outro corpo,
Minha vida será de outra vida,
Meus pensamentos estarão noutro lugar,
Meu desejo apenas de amar-te.
Põe-se comigo a relutar,
Veja! Estou quase morta!
Sucumbida pelos vermes da paixão,
Iludida por palavras vazias que jogastes ao vento
Quando juravas amar-me de todo coração!
É desse amor que falavas?
É com tamanha covardia que de mim zombavas?
Portanto, não serei mais uma alma a vagar,
Não mais serei uma pedinte a clamar!
Volte! Volte a amar-me!
Outrora afugentarei momentos de silêncio,
Roerei minhas unhas e sofrerei a míngua
Por todos os dias que assim o necessitar,
Mas, nalguma hora, vazia, fria, solitária e seca...
Voltarei para mim, olharei para o espelho em pedaços,
O segurarei sem nenhuma força em meus braços,
Secarei da minha face esta última gota a secar,
Juntarei as cinzas de este meu lamentar e definha-me a vida
Em regressar!
Os restos serão levados pelos ventos do espírito,
O mau cheiro da dor seguirá logo atrás,
Os ossos quebrados serão sarados e os frangalhos defasados pelo mar.
Eu, em minha mais nobre lição do amar,
Saberei responder quantas vezes for preciso, quando o amor pelo meu nome chamar!
Juntar a lenha pra fogueira, cortar a seda pra bandeira, preparar a mandioca para o caldo... Ansioso por ver o céu da roça, sola do pé na terra... quiçá borboletas no caminho.
Asa Branca
Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu preguntei a Deus do céu, uai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de prantação
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
"Intonce" eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Para eu voltar pro meu sertão
Quando o verde dos teus oio
Se espalhar na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração
Fogueira
Angela Rô Rô
Por que queimar minha fogueira?
E destruir a companheira
Por que sangrar o meu amor assim?
Não penses ter a vida inteira
Para esconder teu coração
Mas breve que o tempo passa
Vem num galope o meu perdão
Porque temer a minha fêmea?
Se a possuis como ninguém
A cada bem do mal do amor em mim
Não penses ter a vida inteira
Para roubar meu coração
Cada vez é a primeira
Do teu também serás ladrão
Deixa eu cantar
Aquela velha história, o amor
Deixa penar, a liberdade está (também) na dor
Eu vivo a vida a vida inteira
A descobrir o que é o amor
Leve pulsar do sol a me queimar
Não penso ter a vida inteira
Pra guiar meu coração
Eu sei que a vida é passageira
E o amor que eu tenho não!
Quero ofertar
A minha outra face à dor
Deixa eu sonhar com a tua outra face, amor.