Fogo
Trabalho que não queima
O fogo testará o trabalho de cada um, de que tipo é. - 1 Coríntios 3:13
Meu sogro passou 30 anos ajudando pessoas no campo da saúde pública. Quando ele foi para o céu aos 76 anos, deixou um armário cheio de arquivos e uma parede cheia de prêmios.
Quando chegou a hora de limparmos o armário do “trabalho”, as fotos da família e algumas lembranças foram guardadas, e todo o resto tinha que desaparecer. Eu consegui o trabalho de descartá-lo. Levei-o pelo celeiro para um campo aberto, mergulhei-o em óleo diesel e pusi em chamas - arquivos antigos de projetos, apresentações de slides, placas de agradecimento, correspondência, tudo - e eu o vi queimar.
Foi uma experiência decepcionante, pois pensei que algum dia, quando estou diante de Deus, todo o meu "trabalho" passará pelo mesmo teste. Somente o que sobrevive ao fogo tem valor eterno.
Observar cartas e propostas virar cinzas me deu uma nova compreensão de 1 Coríntios 3:13. Paulo disse: “O trabalho de cada um ficará claro; pois o dia o declarará, porque será revelado pelo fogo; e o fogo testará o trabalho de cada um, de que tipo é. ”
Hoje o trabalho. Amanhã o fogo.
Naquela tarde, no pasto, fiquei mais cuidadoso e atencioso com minhas oportunidades fugazes de fazer um trabalho que não queima.
Saber que todas as nossas obras serão julgadas
Deveria nos dar profunda preocupação:
Mas, se por Cristo são feitas as nossas obras,
elas perduram - não queimam. —Hess
Viva hoje como se você estivesse diante de Deus amanhã. David C. McCasland
SERÁ MESMO, CAMÕES?
Amar nem sempre é fogo
Por vezes, só uma chama
Digo... nem sempre arde
Acaba sendo só morno.
Sinto, nem sempre, tal ferida
Que nem exista no meu mundo
Esvaindo, então, nem dor
Acaba que acaba sendo somente isso.
Talvez seja um ganhar em perder
Confuso demais para contentar
Levando a todos a acreditar
Que essa faísca possa a vir a fogo ser.
Nem preso queira está
Junto a ela poderia até pensar
Se afastando cada vez mais, não dá
Por isso, nem arde, nem há dor.
"A paixão é bela um tanto que apavora,a puberdade vem e aflora causando perturbação. É fogo abrasador, que queima sem ter calor,gasolina do coração. Unida a corpos na beira da cama,faz da vida seu panorama,primazia da emoção".
(Rodrigo Juquinha).
no sopro da solidão,
mero proposito acidental
desejo submisso
em desespero único,
fogo da morte de sentimentos,
num expresso de calmaria a sinto...
" Fogo Nos Racistas E Na Sua Falsa Política Vem Em Quatro E Quatro Anos Prometer O Que Em Dez Não Conseguiu Fazer! "
É tá difícil não consigo nem viver em paz te forneço ar e vida boa e você coloca fogo nas minhas árvores?Você acha isso certo?
Não feche os olhos sei que só você não consegue,chame seus amigos cuide.
Todos por uma causa a vida? Ou a sua floresta?
-Amazonia/Brasil 2019
Fogo
Ele enfiou a mão na minha cara de novo. O punho dele me atingia como um míssel alcançando um passarinho que cruzou seu caminho. Era pesada, seca e gélida, mas cheia de sentimento. Meu rosto jorrava sangue e ele socava a parece tentando amenizar a raiva pra não vir a fazer um estrago pior do que já havia feito em mim. Eu estava caída no chão, mas não chorava. Sentia tanta raiva quanto ele, mas ele chorava, eu não.
Peguei a bolsa em cima da cama, abri a porta e olhei pra trás, ele ainda estava com a mão dentro do buraco que havia feito na parede, olhava pro chão e cerrava os dentes, bem como o punho livre. Suas mãos estavam cheias de sangue, de ambos. Desci as escadas e não olhei mais pra trás. Peguei meu celular e te liguei. Você estava a quilômetros, mas como sempre, chegou em minutos. Eu esperei na calçada de casa e ele não desceu pra me procurar, não me ligou nem fez a mínima questão de saber pra onde eu havia ido. Enquanto te esperava eu cravava as unhas na carne das mãos, acrescentava mais algumas luas às minhas tantas outras e sangrava ininterruptamente.
Você estacionou o carro de qualquer jeito, desceu correndo e me tomou nos braços perguntando o que aconteceu. Eu não falei, não conseguia. Apenas levantei, me evadi do teu abraço e dei a volta no carro. Entrei pelo lado do passageiro e pude ver tua camisa branca, fina de algodão completamente coberta do meu sangue. Dei um sorriso de lado e olhei pra frente. Você levou as mãos à cabeça e olhou pra cima, pro apartamento, ele estava na varanda, nos vendo sair e te olhando com o ar indiferente de quem sabe de todo o desfecho que vai se repetir.
Depois de entrar no carro você deu a partida e arrancou me fazendo incontáveis perguntas das quais eu nem me lembro e eu só te disse pra dirigir. Me perguntou pra onde e minha única exigência era que fosse fora da cidade. Saímos, passamos pela placa de “até logo, volte sempre”. Eu ainda sangrava e você enfiava o pé no acelerador tentando de alguma forma dissipar a revolta e a confusão que sentia. Eu abri o vidro da janela e te disse pra não falar porra nenhuma, sentei na janela com o carro em movimento, as costas pra paisagem e olhando pra estrada infinita que se estendia à minha frente. Você pisou no freio e eu fiz um sinal negativo com a cabeça. Era madrugada, o vento frio assanhava meus cabelos e gradativamente coagulava meu sangue.
Você parou o carro no acostamento, chorando e desceu, deu a volta e me puxou pelas costas, pela cintura. Me pedia uma explicação e eu simplesmente não conseguia falar. Você sabia o que tinha acontecido, no fundo sabia, sabia o que acontecia sempre, mas apenas me abraçou, abriu a porta, me conduziu pra dentro e assumiu de novo o seu posto. Colocou um de seus clássicos italianos no carro e só dirigiu. Paramos em um desses motéis de beira de estrada sem estrutura nenhuma. Você segurou minha mão, tirou minha roupa e limpou cada um dos meus ferimentos. Os do rosto, os das mãos, e me conduziu pro chuveiro, ainda vestido no seu terno preto com a gravata vermelha. Lembro de olhar pro teu relógio dourado quando levantou a mão ao ligar o chuveiro, eram 03:00 da manhã.
A água caía no meu corpo e conforme a adrenalina me deixava, as dores começavam a aparecer e eu gritava. Você percorria cada parte do meu corpo com as mãos, numa delicadeza impecável e me conduzia para manchas roxas milenares que eu nem lembrava que existiam. Os hematomas te faziam lacrimejar e você me abraçou, nua, debaixo do chuveiro e chorou junto comigo. Sem nenhuma segunda intenção, só a compreensão mútua e silenciosa que compartilhávamos a tanto.
Te contei sobre a nova traição, sobre o apartamento destruído e os copos quebrados, sobre as roupas que rasguei e sobre todos os hematomas que também deixei nele. Sobre os buracos dos murros na parede e sobre os em mim, a minha costela quebrada e o nariz dele, quebrado. Mas você já sabia de tudo isso, sabia de toda a história, de todas as brigas. Me disse que era doentio e que eu sabia, estava certo como sempre. Me disse que ficaria tudo bem e que eu não precisava mais ter medo, que o faria pagar e que ele nunca mais encostaria um dedo em mim. Eu te beijei. Fizemos amor pela primeira vez e foi realmente a primeira vez que me senti tão conectada com alguém. Você já tinha dito me amar outras tantas vezes mas essa fora a primeira que eu te disse. Você estava tão lindo, tão radiante e iluminado, meu bem... dormimos abraçados e na manhã seguinte, quando acordou, você não me encontrou, e por mais que se negasse a acreditar, sabia exatamente onde eu estava.
Você é paz demais pro meu caos.
Thaylla Ferreira Cavalcante {Os quatro elementos}
O povo é moldado igual a água, mas ao ser incitado reage tal qual o fogo, que quando se coloca lenha ele se inflama-se mais,
Mesmo quando a noite está fria
Eu tenho aquele fogo na minha alma
E a batida que está no meu coração.
Sim, isso está me mantendo vivo
Eu não preciso de nada para me satisfazer
Porque a música me preenche e isso me surpreende toda vez.
Ele é como fogo e gelo e raiva. Ele é como a noite e a tempestade no coração do sol. Ele é antigo e eterno. Ele queima no centro do tempo e ele consegue ver a curva do universo. E ele é maravilhoso.
Segundo turno é ter que pular da frigideira ao fogo. Ambos vão fritar o eleitor, apenas de maneiras diferentes.
Solidão da dor, em busca de um olhar, um toque, uma voz, no fundo obscuro inflamado pelo fogo da paixão.
O amor é arte que se revela
Assim quando surge uma aquarela
É fogo na brasa que se espalha
Maré que de repente vira cheia
Solte tuas faíscas, elas não podem me machucar.
Eu já estou em chamas, de um fogo que tu mesma acendeu.
Você me fez ser o fogo.
Deu-me o poder de queimar.
Mas não me ensinou a lidar com isso.
Então eu me queimei por dentro.
Doeu.
Me afague em teus abraços
Deixe-me provar o mel dos seus lábios
Com corpos entrelaçados
Fogo que passa pelo nossos braços
Olhos nos olhos, desejos sólidos
Lindo sorriso, confesso
Sorria para eu ver seus gestos
Flor de lis assim que me expresso.
O fascismo é semelhante ao entulho, você coloca fogo para destruí-lo e quando pensa que o aniquilou, o pó das suas cinzas com o tempo vem surgindo aos poucos lhe prejudicando tirando a sua paz.
O recipiente certo e fogo na temperatura adequada derretem qualquer metal, mas o ser humano é derretido pelos elogios