Fogo
Em tempo
de catedral
francesa
demolida
pelo fogo,
de censura
togada,
de mar não
devolvido,
de Assange
preso,
de América Latina
tendo a porta
forçada,
Eis a poética
que pela
liberdade,
ainda vive
e clama,
Porque urge
resgatar
a bondade
original
e anseia abrir
portas para
a tropa, civis
e o General.
Nada neste
mundo deve
ser absoluto,
a não ser
a nossa
humanidade,
Mas a única
certeza que
carrego desses
estranhos tempos
contemporâneos
é que eles só
inspiram resistir
aquilo que não
é normal em
lugar de cultivar
os nossos sonhos,
e que só isso
na vida não é bom.
A cifra choca,
este nó que
não desata
tem me
dado agonia,
e esse é o número
de presos:
91 do Exército,
20 da Aviação,
24 da Armada
e 58 da Guarda
Nacional,
Vítimas de um
dos grandes
absurdos
do mundo ocidental.
Versejar feito
de lama,
água, fogo
e luto,
tentando
entender
porque
nessa vida
ninguém
se previne.
Centenas
de almas
sacrificadas,
para lágrimas
ainda não
inventaram
barragens
de contenção.
Só sei que
dez estrelas
escapuliram
de várias
mãos;
dobraram
os sinos,
caiu a noite
e já não sei
mais o quê
escrever,
só sei que
o meu peito
não para de doer.
Não sei quem
é palha,
Não sei quem
é fogo,
Só sei o quê não
se consome
é o amor da gente
que é chama.
Batucando sobre a mesa,
dos pés a cabeça
com o fogo dos teus
olhos você me acendeu
com toda certeza,
Só foi o pandeiro e o cavaco começarem a tocar,
Você me tirou para sambar
este bonito samba de mesa
que fez na vida a gente
nunca mais se desgrudar.
Olhos e língua com
cor de fogo verde,
mente amaldiçoada
e aura esverdeada,
Tem gente que vive
em estado de Minhocão
sem valer absolutamente nada.
A Arraia-de-Fogo
ensina que é preciso
estar sempre atento
no caminho para não
perder a inspiração
de viver o poema da vida.
Flor de fogo desabrochada
na abençoada terra baiana,
Minha Candombá roxa
inconfundível e incrível,
Na tua notável floração
tenho a celebração de uma
vida inteira e fazes valer
com a sua beleza cada olhar
amoroso porque és poema.
Terrena e etérea amapaense
cúmplice poética igual
ao do Beija-flor-brilho-de fogo
assumo que me comporto,
Cada sinal teu tem servido
de algum afetuoso conforto.
Desabrochando com a sutileza
de uma Lepanthes Suelipinii
mesmo sem ter certeza
se faz um ou nenhum sentido,
ainda obedeço o curso do rio
sem temer qualquer desafio.
Habitando nas entrelinhas
ribeirinhas deste mistério
e busca devota tremenda
como se estivesse o tempo
todo diante sua presença
sendo maís de um poema.
Porque algo secretamente
diz para continuar insistir
em buscar heroicamente
as frutas, o leite fresco
do fascinante amapazeiro
e ser o teu amor derradeiro.
Lírios de fogo envolvem
o desejo embalado no silêncio,
Quero ouvir muito a sua voz
sussurrando o meu nome,
Te quero sempre e hoje
com o selo amoroso
do nosso rito potente,
Não há nada que perturbe
o quê a gente sente
e no absoluto já é vigente.
Se o meu mal é ser contra a guerra,
Temente só a Deus sempre serei,
O cessar-fogo total é urgente
Para salvar Gaza e sua gente.
Guerras não levam a nada
E quem mais sofrem são as crianças,
Não quero perder as esperanças:
Os bombardeios devem parar.
Com calma e diálogo tudo se resolve,
Indiferença ou covardia não ajudam,
Devemos nos irmanar,
E exaltar a necessidade de pacificar.
(O cessar-fogo total devemos pedir
para a população palestina se salvar!)
Costela fogo de chão
Não basta um fogo
qualquer para assar
uma Costela no Chão,
Uma Costela fogo de chão
só é boa quando é assada
com o fogo do coração.
Como o tal pássaro amarelo
com asas cor-de-fogo
entre frutas e flores,
No meu sedutor jogo
você irá se declarar
para mim tudo aquilo
que está a guardar
com a chave do silêncio
de ouro porque com minh'alma
de Rouxinol-da-Amazônia
já me escolheste por dona
do respirar ao palpitar
onde quer que você esteja
pelo mundo afora a caminhar.
Chimarrita Balão
Ah! Esta Chimarrita Balão
vai esquentar o salão,
vai colocar fogo no seu coração,
vai fazer você cair
na palma da minha mão
e daqui para frente nunca
mais para mim irá dizer não.
Bugio
A Costela fogo de chão
esta quase saindo,
Prendas e gaúchos estão
dançando o Bugio
e eu com o pensamento
lá do outro lado do mundo,
sentindo calada este amor profundo.
O silêncio é o fogo brando
que aquece as paixões,
fortalece as emoções
e faz o desejo aumentar
as nossas tentações,
O amor se for de verdade tende
a florescer como um jardim
na sua Primavera particular,
É no silêncio que as almas se beijam
sem precisar uma palavra trocar.
Celebro o seu amor
sem ainda sequer
ter visto e tocado
neste fogo invisível
com a pluma de Camões,
Porque sei que a Via Láctea
nos destina o incrível
nesta Era que dizem que
viver um romance é impossível.
Na próxima Festa Junina
pode se preparar
que eu mesma vou construir
um Barco de Fogo
para voar alto e animar
o Arraial do povão e fisgar
de vez o seu coração
porque está no destino
eu ser mais do que paixão.
Confesso tudo, o que fiz e o que não fiz. Não quero arder no fogo do inferno pois já o verão carioca, a cada ano do Rio de Janeiro, está muito quente. De certo Deus é brasileiro mas mandou o capeta e a serpente fazerem um estagio não remunerado prolongado, por aqui.
Antes da oposição a venda de armas de fogo em futuro projeto a ser votado a sociedade civil esclarecida deve se movimentar contra a farta proliferação e fácil comercialização de pre-armas letais de fabricação oriental adquiridas por qualquer um, encontradas nos comércios informais e em banquinhas de ambulantes nas principais cidades do Brasil.