Flores Lírios
Solene
Combine os lírios, as rosas, as margaridas
Junte tudo numa só forma de poesia
Faça da rima seu refúgio, e dos versos sua alforria
Resgate a vida nas palavras, fazer-se-às, cura de suas feridas...
Caminhe novamente nesse altar
Mostre o colibri perdido em seu olhar
Do sorriso, até as vestes da alegria
Sucinta porém exuberante! És maré da minha vida.
E leva-me contigo em teu encalço,
Deixe-me fazer parte deste embaraço
Mas se não puderes, tenho um último desejo, somente peço-te mais um enlace...
Pois, Assim de ti, eu aprendi o valor que tem o amor
Por mais químico e cerebral, creio no abstrato real
Então somente quero, antes que se vá, um mero abraço concreto...
Abnegação
Chovam lírios e rosas no teu colo!
Chovam hinos de glória na tua alma!
Hinos de glória e adoração e calma,
Meu amor, minha pomba e meu consolo!
Dê-te estrelas o céu, flores o solo,
Cantos e aroma o ar e sombra a palmar.
E quando surge a lua e o mar se acalma,
Sonhos sem fim seu preguiçoso rolo!
E nem sequer te lembres de que eu choro...
Esquece até, esquece, que te adoro...
E ao passares por mim, sem que me olhes,
Possam das minhas lágrimas cruéis
Nascer sob os teus pés flores fiéis,
Que pises distraída ou rindo esfolhes!
Somos como passarinhos de todas as cores nos campos de lírios da vida. Amanhece e anoitece, entre a brisa suave e o orvalho da saudade mas temos a unica certeza que o que precisamos nesta existência. é somente Deus que sempre nos provem.
Sinfonias primaveris atesta minha amada;
Regozijam lírios, colibris e rouxinóis;
Seguem nos jardins mirando girassóis;
Pois de esmeraldas e rubins és adornada.
Genuinamente do lado do poeta foi tomada;
Qual Eva do primeiro homem formada;
Dando assim origem ao ciclo da existência;
E preenchendo o trovador a sua essência.
Qual a boca do chantre egrégio, canto-te!
Tal pena do versado escriba, escrevo-te;
Pois concerto semelhante, sem igual...
E toda natureza reage de maneira tal;
Quando surges, própria diva e consorte;
Fazendo-se noiva e dona da minha sorte.
Se tomas conta dos pássaros
Se tu vestes os lírios com tanta beleza
Por que eu essa tua criatura
Te causa tanta aversão ?
Porque eu ?
Eu mereço ser tão odiado ?
Eu mereço ser tão humilhado ?
Sabes bem que não minto
Eu choro só
Eu converso só
Estou só
Como um leproso eu vago e sinto todos se afastarem
Eu não tenho uma morada
Deus
Meu criador
Lembra que também fui forjado por tuas mãos
Será que dos teus filhos eu sou um dos bastardos ?
Sempre ví nos lírios uma transparência
algo relacionado a pureza, a fragilidade
tamanha exclusividade...
E os lírios que abundam nesses sítios
são os que vivem dentro de mim
Lírios feito em delírios, revestido em mistérios
Mistérios esses que só se desvendam quando se enxerga na perfeição
não com os olhos mas com a alma e o coração
(Portanto hoje) se puderes, se quiseres, me enxergue… não como todo mundo que caminha pelos meus campos diariamente faz;
pra alguns eu sou simplesmente parte da natureza, mera conhecida, passo despercebida
Outros se atraem de longe pelo perfume que exalo mas continuam sua trajetória e me apagam da memória
Alguns até chegam a me contemplar de perto, admirando o branco leitoso que reveste minhas pétalas como se fosse um desenho perfeito mostram algum interesse a respeito mas não se esforçam pra me manter por perto
Alguns vão um pouco mais além, sentem meu tez suave e ao me tocarem, perfumo-os inevitavelmente, eu sou assim e não sei ser diferente mas infelizmente ainda assim as vezes parece insuficiente ou simplesmente não há real interesse, o que sinto torna-se indiferente e por pura maldade com tamanha voracidade arrancam minhas pétalas embora os tenha feito saber o tão leve que quase dissolvo ao toque da mão, embora os tenha feito conhecer o melhor de mim simplesmente se vão.
Alguns nunca caminharam por aqui, nunca me tocaram, nunca me viram de perto nem tão pouco sentiram meu aroma de longe porém sugam meu pólen, com comentários destrutivos ousam julgar meu ser baseando-se em nada mais do que retratos da maneira mais subtil que me deixei fotografar.
Se puderes, se quiseres, me conheça… Muito além das flores perfumadas, da cor viva e beleza exuberante, da aparência física que sempre é realçada, repare em como desabrocho dentre o verdor da folhagem que me cerca, conheça minha essência, da determinação de germinar do solo por mim mesma, da sensibilidade que não se perdeu apesar das grandes tempestades; da solidão que me envolve fazendo me fechar nas noites frias mas ressurgir sorridente todas as manhãs ao raiar do sol, das conquistas, das esperanças, dos sonhos ainda vivos apesar de todos empecilhos; do muito que me esforço para marcar minha existência...
Se puderes, se quiseres, me escute… escute não o que com os lábios digo, escute as palavras silentes em mim que tanta nitidez transmitem em metáfora viva da sublimação do disforme disfarçado em conversas superficiais; escute o que compõe minha trilha sonora, sintoniza-te na frequência que sincroniza minhas profundas emoções...
Se puderes, se quiseres, me sinta… Sinta o quão suave é o tez da minha pétala, minha pele...quão frágil é meu coração; mas também sinta o quão firme está a minha raiz no solo, no que quero, no que acredito no que anseio, sinta o ritmo que me faz vibrar, dançar, sinta o que acelera meus batimentos cardíacos, que me faz soltar meus melhores risos; sinta a parte amorosa que saiu ilesa a indelicadeza alheia, a parte em mim que continuou a acreditar , a se entregar e a se desprevenir…
Se puderes, se quiseres, me ganhe… sendo cuidadoso com minha fragilidade, perceptível a minha dor, tolerante com meus medos exagerados, predispõe-se a cultivar minha essência, conheça minha nudez, não somente a física mas a nudez de minha alma, do meu ser. E se não conseguires me compreender de uma só vez, seja paciente com o meu tempo de dizer, com o meu tempo de ser, afinal de contas os lírios são plantados no inverno mas so brotam no verão…
Sou um lírio em busca de terreno para florescer, abriga-me em teu coração , permita-me embelezar, perfumar e colorir teus dias, planta-me em ti, use e abuse do meu perfume para banhar-se no prazer, deixa-me despertar em voce doçuras adormecidas, e se permitires, brotarei tanto que farei das minhas raizes á profundeza do teu ser e me imortalizarei em sua alma; mas se não puderes, se não quiseres, se porventura o teu terreno é seco e não te vês capaz de com amor regar-me diariamente, se seu terreno é limitado para que eu possa atingir alturas admiráveis tentando me reduzir a certos padrões ou se o teu terreno não tem a luz suficiente para aumentar vida aos meus dias então simplesmente deixa-me nesse lodaçal que é meu ambiente natural, deixa-me aqui nesse pântano que é a minha vida que apesar dos apesares não me limita, muito pelo contrário, aqui eu posso ser livre, leve e multicolor… EU POSSO SER QUEM EU SOU… afinal de contas OS MAIS BELOS LIRIOS NASCEM DA LAMA.
Olhai os lírios do campo
Quando te vires cercado
por lutas de todos os lados
sozinho e sem acalanto
Olhai para os lírios do campo
Quando for grande a dor
a guerra e a falta de amor
e o riso tornar-se em pranto
olhai para os lírios do campo
Se a vida está difícil
se é grande o sacrifício
e sufocou o teu canto
Olhai para os lírios do campo
É esse o conselho do Mestre
de fé a alma reveste
E cantas um novo canto
Olhai para os lírios do campo!
CAMINHOS ENTRECUSADOS...
Em certa altura da vida,
Em meio à alegria e a dor,
encontrei lírios e rosas.
entre eles o seu amor
Minha amiga e amada
és alma em poesia,
a dor e a alegria,
Euforia e melancolia...
Em expressão de amor.
Juro-te toda a ternura
meu acalanto, meu canto
nos dias, nas noites
e madrugadas escuras!
Refletido em poemas,
louvores e dilemas.
Caminhamos pela
mesma estrada.
Unde nada pode ser tudo
e o tudo, simples nada!
Em certa altura
da estrada sombria,
meio a alegria e a dor,
encontrei lírios e rosas
entre eles o meu amor...!
Não tenho um Leonardo
Os leões não cheiram mais a lírios
Passo meus dias olhando avencas
ouvindo cigarras, grilos...
só não ouço voz de gente
é o homem que roda
os lírios perderam o poder de repente.
só estradas, viadutos, edifícios
um velho caminho
um novo delinquente.
A face suporta a dor ou esconde o prazer?
chuva sua linda
seja bem vinda
molhai os lirios dos campos
para que possamos admirar
a beleza da natureza...
enchei os rios de vida
alegria e contentamento
e tudo que for bom e do bem transborde...
limpai a imundície da alma
livrando-nos das imperfeições
das nossas atitudes descabidas...
matai a sede daqueles
que não tem nada de bom a dizer
molhando os lábios
com palavras de perdão e amor...
fazei brotar a vida em nossos coracoes
renovada e transformada sempre
para o melhor que pudermos...
umidificai nossos olhos
com lágrimas de reconhecimento e felicidade...
refrescai nosso espírito
da chama que arde no fogo
da consciência pesada...
obrigada Pai
por ouvir minha prece!!!
O Jardineiro já vem saltando sobre os montes,
Separando os espinhos dos lírios
Pois em teu jardim meu Senhor
Quero gotejar mirra com suave aroma, em forma de louvor
Meu Jardineiro Tu És
Orquídeas ou Lírios?
Esta semana que passou, eu estava conversando com alguns amigos, e, a esposa de um deles observou algumas flores de orquídeas que brotavam sob o caule que crescia no tronco de uma palmeira.
Então eu os chamei e disse: Vamos plantar do chão que assim ficará maior e melhor!
A esposa dele me disse: Não! Se tirar daí ela morre! Pois estas espécies só vivem sob o tronco de outra arvore.
Eu me assustei e perguntei: Como assim? Ela me disse bem naturalmente: Este tipo de planta só consegue viver sugando os nutrientes por meio da seiva da outra, se colocar direto no chão elas morrem.
Então eu respondi: Esta planta é um parasita! Ela respondeu positivamente.
Quantas vezes nos deparamos com pessoas lindas, mas, que na verdade toda esta beleza é em decorrência do sacrifício e de alguém.
Muitas vezes dentro de nossas igrejas ou em nosso âmbito familiar e/ou de amigos, as pessoas querem viver bem e ter excelente aparência, entretanto, querem viver desta forma, porém, através do sacrifício alheio.
Quantas orquídeas fazem parte de sua vida?
Muitas das vezes nos deparamos com situações em que as pessoas se recusam a criar suas raízes em terra firme e optam em viver a base de sinecura, sem querer enfrentar seus próprios obstáculos, sugando a seiva daqueles que os cercam.
Neste quesito eu prefiro imitar os lírios pois muitas as vezes nascem nos pântanos, em meio a lama, extrai os minerais do lamaçal, mas, permanecem brancos e cheirando bem, retirando seus nutrientes da terra por meio de suas raízes.
Orquídea vem do grego όρχις (órkhis) que significa testículo e ειδος (eidos) que significa: aspecto, forma.
Já Lírio vem do latim( LILIUM), do Grego (LEIRION) e significa apenas Lírio, ou seja, é apenas ela mesmo.
Eu poderia entrar na simbologia, mas, neste momento, este não é o projeto. Então, vença seus limites, mantenha suas raízes em terra firme e vença para a gloria de Deus!
Lírios ou orquídeas? A escolha é sua!
Deus vos abençoe rica e abundantemente.
Luzes
“Luzes luziam iluminando
Ligeiramente os lindos lírios
Nas margens das ruas postes com luzes
Iluminam inquietos às vidas alheias
No mar faróis liberam luz para
Guiar as embarcações límpidas como linho
Ao longe luzes com lampejos atraem
Libélulas e mariposas e convidam-nas
Para dançar em meio à noite iluminada pelo luar.”
Eu quero pensar mais vezes em ti
Amei-te, senti-te
lhe odiei, lhe adorei.
Que tu és lírios que cravaram em meu coração
eu clamo a ti que fique onde estar
promete-me viver em mim
se partir o que ficará?
Minha terra infértil e fútil será.
O sol está para os tétricos e lúcidos
da forma como estou para ti
que em ti penso e por isso lhe sinto.
Sem o amor que deveras sinto por ti
quão grande o abismo iria ficar
sem haver memórias para eu decifrar.
Lírios brancos encostados à nudez do peito. Lírios que eu ofereço e ao que está doendo em você. Pois nós somos seres e carentes. Mesmo porque estas coisas – se não forem dadas – fenecem.
"LÍRIOS E ROSAS"
No peito saltam as pétalas de lírios
Sei que secaram o musgo
As trepadeiras
Onde nutrem as palavras desfolhadas
Das carícias do vento
Dos beijos
Feitas, refeitas dos sentidos esquecidos
Perfume das rosas
Plantadas no deserto
Sede que se mata de palavras
Em cada manhã
Estremeço com o teu cheiro
Respiro a tua alma
Na ponta dos meus dedos
Invento as tuas palavras
Como me fazes falta
Quando a solidão me procura à noite
Simples melodia da tua voz
Que encharcaram os ouvidos
No peito saltam pétalas de lírios
Adormeço meu amor
No aconchego de um colo que conheço, o teu.
2015
A flor e seu extremo pólen
Concebendo a vida tudo és
Que além dos íngremes, logradores, lírios, pomares, campos, árvores, mares e vales
Gera outra forma de amar,
Amor porque há dádiva sua para minha pessoa,
Quem contemplar-te, nota-te a plena formosura de ser mãe.
Humildemente suprema, peleja quando há problema,
Deixa tudo no esquema,
E assim ela coloca um diadema em quem está disposto a entrar no seu teorema.
Sublime escultura és por fora,
Pois por dentro és uma bela flor,
Lírio que nasce para acolher e lapidar outra semente que será ente,
Ente, adolescente, florescente e diferente.
Trovador: Felipe Ricardo Souto
Para: Mamãe (Maria do Carmo)