Flores
o mundo ficou sem cores desde que foste embora....vejo as flores de uma forma diferente, elas murcham a toda hora....
Sobre as flores de plástico. Eu não sabia se eram de rosa pálido ou um vermelho demasiado desmaiado. Só sabia que eram esvaziadas de ideologias.
O frio se dissipa aos poucos, e eis que o vento trás no cheiro das flores a despedida do inverno e a chegada de uma nova estação.
Seja como as flores:
perfume o mundo com sua presença ,
embeleze com seu sorriso ,
doe-se ,
permita-se ser regada ...
ser apreciada...
editelima 60
Novembro/2022
"Em todas as esquinas, poesias,
Setembro de flores, são cores,
serenos espaços, leveza dos laços,
encontros possíveis são doces amores."
A infância
Sempre recordamos nossas infâncias
Lembramos das flores
E encaixotamos as dores
Negligenciadas
As flores
Murcham
Apodrecem
E morrem
Quase sempre solitárias!
Já aquelas dores...
Inquietas
Naquela caixinha
Tão apertada
Crescem
Consomem
Matam
Mas nunca morrem!
E no encontro do romântico com o seresteiro acabaram-se as flores e as janelas estão fechadas para as serenatas.
Vida Feliz
Roda a engrenagem da memória
De quando as flores eram feias
Mas te encantavam pelo prazer de viver
Roda a engrenagem da memória
Onde as crianças flutuavam
E olhavam para a vida
Roda a engrenagem da memória
Dormindo ao anoitecer
Acordando ao entardecer
Mas são apenas engrenagens
Que rodam, mas não voltam
O tempo passa, e o ouro derrete
O tempo passa, e eu continuo aqui
Flores Murchas
Desmaiadas na vida
Pálidas desabrochadas
As cores de partida
As pétalas cansadas
Ainda com viço
Afadigadas...
Murchas flores
Flores murchas
Tristes louvores
Versadas...
De perfume postiço
E as forças exiladas
Feitiço
Da existência traçadas
Do fado mortiço
De inevitáveis jornadas
Murchas flores
Flores murchas
Tristes louvores
Desenganadas...
Perfazendo o curso
Revoadas
Incurso...
Flores murchas
Murchas flores
Tristes louvores
Encantadas!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 dezembro, 2022, 18’52” – Araguari, MG
Versão musical para o poema “Flores Murchas”
Nem sempre você vai receber 'flores' das pessoas ao seu redor, então, quando receber, cuide dela como se fosse a última que você fosse receber, porque pode acabar sendo.
Rumores
Realmente nem tudo são flores
Cuidar os problemas recorrentes
Toda doença tem suas dores
Não se basta o jogo do contente
Em labirintos e corredores
Um bom propósito ter em mente
Com a firmeza dos estentores
Como música e marcha em frente
Sem dar ouvidos a outros rumores.
Se olharmos o mundo
como um planeta jardim
com flores de todas as cores
com aroma de todas as partes
Se olharmos o próximo
como espécie diferente
ainda assim flores do mesmo jardim
Se olharmos para Deus
como o jardineiro
que cuida das flores do jardim
Viveremos felizes e satisfeitos
com pouco
Apenas a nossa dose diária
de água, luz e calor
'ESPERANÇOSA'
Ao seu lado meu beija-flor,
As flores que um dia plantei hão de recuperar as cores que se perderam com tempo,
Levadas pelo vento;
brotarão novamente como vinca por todos os lados do jardim,
fazendo me pensador de mim !
Mesmo que eu nunca volte
Jamais irei te esquecer
Me faço esperançosa ,
Como uma gata manhosa
Querendo te meu bem querer !
Espero não ser ilusão.
Pois quero muito sentir o seu olor,
Pois dele vem essa inspiração
Revestida de desejo e paixão,
ao ver- te meu beija-flor
Sinto algo inexplicável,
Que te implora somente uma noite de amor !
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a lei - 9.610/98
No tempo certo, o pássaro aprende a voar e as flores lindamente florescem,
dois exemplos divinos de que vale à pena esperar quando a fé e o amor prevalecem, pois muitas peças irão se encaixar e trarão sentido mostrando que foi muito necessário esperar.
Uma compreensão bastante salutar, arduamente, alcançada que graças
ao Senhor, traz paz ao coração após tantas situações amargas, uma justa compensação diante de muitas lutas travadas.
É muito gratificante saber que apesar das frequentes instabilidades, chegaste finalmente nesta fase,
quando a gratidão se faz mais presente e as coisas boas ganham mais destaque.
Trago no rosto
O bisturi
Do medo e da esperança
E no bailado
Das flores silvestres
Me entrego
Plena
Do cio das primaveras,
Amado
Para celebrar cânticos novos
À mater lusa essência
Fecundação dos dias
Nesta catarse
De nós.
© Célia Moura