Flores
ANTÍTESE
Invejo a beleza das flores
e também a dureza das pedras.
As flores perfumam,
mas frágeis esvaem-se,
as pedras não têm essência
porém, são pedras.
Benditos sejam aqueles que são flores do jardim de Deus aqui na Terra, que tornam a vida um lugar mais agradável, a existência mais doce e leve, a atmosfera mais aromática. Que como girassóis vão abrindo caminho entre a luz, vão desabrochando ternura, despetalando gentileza para oferecer a quem encontram pela estrada e atrás de si deixam esse lume precioso, típico das almas perfumadas.
Não reclame das águas que caem do céu.
Agradeça por cada gota que mantém as flores.
Que completa os rios e mantém o clima fresco.
Sem água não haveria vida.
Comece o domingo regando ...
Regando flores, lançando amores, aliviando dores...
De pingo em pingo, seja abençoado o seu domingo.
Tenha fé e lance as sementes.
Meus braços abrem sutilmente como asas
A brisa brilha meu corpo a seu favor
As flores murmuram uma linda melodia
Acanhadas pela falta de instrução
Coloridas de ousadia
Em tão bela canção
Ah se eu pudesse voar!
Livremente pelos céus me acorrentar
Livre, liberta liberdade que me aprisiona
Por si mesma em plena decolagem
Quanto mais longe, mais perto
Quanto mais livre, mais preso
Pouso na linha do horizonte
Esperando a chuva passar
E me lembro que não posso voar
Mas eu posso sonhar
Poderei então novamente voar
#Em #um #jardim #de #flores #azuis...
Morava um poeta...
Amava o sol...amava a lua...
Sua tristeza era feita de alcasuz...
E na primavera ébria de cor...
Fazia do chão de sua casa...
Miríade de estrelas...
Revelando seu amor...
Tinha na fria madrugada...
Sua voz calada...
Em silêncio...sonhava...
Fazia da saudade a companhia...
Por ruas que caminhava...
Era pouco de falar nessas horas...
Não gostava de conversas de fato...
Sorria pouco...
Não era louco...
Falava o que pensava...
Sua verdade não era tão pura assim...
Mas acreditava que era a melhor forma de se conduzir...
Nos olhos e ternuras da vida...
Assim decorava sua alma...
Seus clamores para a quietude
da noite somente o olhar de Deus via...
Preso entre o espaço e o nada...
Em que cada detalhe fala...
Assim o poeta...
Junto à suas flores azuis...
Vivia...
Sandro Paschoal Nogueira
— em Conservatória Pousada Chic Chic.
Já fui romântico. Já dei flores. Já dei chocolates. Escrevi coisas, falei. Resposta não consegui. Se hoje sou assim, o motivo foi desilusão. E, de todas as companheiras por fim, me apeguei à solidão. Quem sabe lá, um dia aparecerá, sem ao menos esperar, alguém para quebrar o gelo do meu coração.
Plantei flores pelos caminhos...
Escuto o canto dos passarinhos
Me encanto com as borboletas
Nas árvores admiro os ninhos
E como os frutos que ela tem
Nasci no mundo encantado
E por Deus abençoado
Da vida não quero mais nada
Já fui privilegiada com as
Belezas que ela tem.
Ivânia D.Farias
As mulheres são como as flores que de manhã escondem entre os espinhos e ao cair da tarde desabrocham como uma rosa.
Mesclada é a vida de sonhos, desventuras,
entre amarguras sorrisos de alegria.
Flores, ruínas o tempo descortina,
por entre as trevas a luz que ilumina.
Em mil nuances a vida se retrata,
e em mil espelhos o seu perfil reflete.
Montanha russa com altos e baixos.
No vai e vem a vida se repete...
Não basta que Joinville ostente o título de 'Cidade das Flores', é preciso que ela seja a 'Cidade das Flores' de fato.
Oh era uma primavera
de folhas de peles selvagens e flores de cobalto
enquanto cadillacs caíam como chuva entre as árvores
encharcando com demência os relvados
e de cada nuvem de imitação
escorriam multidões múltiplas
de sobreviventes de nagasaki desasados
E ao longe perdidas
flutuavam xícaras
repletas com nossas cinzas
As mãos pressentem a leveza rubra do lume
repetem gestos semelhantes a corolas de flores
voos de pássaro ferido no marulho da alba
ou ficam assim azuis
queimadas pela secular idade desta luz
encalhada como um barco nos confins do olhar
ergues de novo as cansadas e sábias mãos
tocas o vazio de muitos dias sem desejo e
o amargor húmido das noites e tanta ignorância
tanto ouro sonhado sobre a pele tanta treva
quase nada