Flores
E mesmo que o mar se vá, e leve consigo a beleza das flores, você será a minha obra-prima valiosa, para eu admirar!
As tuas flores
Parecem se mover
Pra mim.
Estes teus pendores
Me fazem esquecer
Do fim.
Serão teus rancores
Tão encantadores
Assim?
Sentimentos traidores,
Tão namoradores
Enfim!
(Sentimentos traidores)
JARDINEIRO
Um homem que em tudo vê flores
Vive num alqueire de jardim
Limitado mundo de suas cercas
Sem saídas.
Há uma entrada que dá para casa
Que ele ignora, fácil o cheiro das Paroaras.
Ágeis espinhos que por ele choram.
Já se acostumaram, jardineiros
Já são amigos pela vida inteira.
Amigos não se larga ao léu
Quando a casa que ocupa, sua mágica
Fica logo ali, encostando pela porta
Pra dormir quietinho,
E pensar sozinho,
Rimas comuns de cantigas velhas
Que sempre o acompanham,
Quando se esquece das rosas
Do mutirão de sauadades
Povoado de sonhos, de insinuações
De que tudo corre para os seus braços.
Abarrotando de cores e bálsamos.
O homem rente ao paraíso
Que, numa provação, antes da terminante chegada
Cultiva outras vidas, dentro de si
Amoldado na areia,
É outra roseira que está pra surgir.
FLORES
Uma flor na sua cor possível
Abre a mão e colhe o sol
E aí se vê nascida
E sua cor. É amarela.
E suas pétalas são longas
E seu galho é marrom,
E o seu perfume desejável.
Uma flor de cor impossível
Combina matizes
Lançando umas sobre as outras
E fica o sol a insistir
Amarelo.
E suas pétalas são longas
E seu galho verde jurema
E o seu perfume é perceptível.
Uma flor que se arranca
Para limpar o lugar das outras
Abre-se e o sol a acolhe
E dá-lhe um amor voluntário
E a leva num relicário
Para enfeitar seu plantio
E muitas delas planta.
Fruto do prazer
Árvores de alma e carne
Galhos de braços sensíveis
Flores de olhos me acalme
Bons frutos se fazem impossíveis
Núcleo dos meus desejos
Centro de minha atenções
Entranhas que me perco de beijos
Doces e desejosas tentações
Frutos vestidos em prazer
Colhidos em vários sentidos
Doce fruto que existe em você
Pecados entre pernas, escondidos
Tarde ou cedo, eu irei cometer.
Medo de amar
Flores se abrindo pela manhã,
O vento suave pela face...
Os olhos cheios de lágrimas,
Um só pensamento, um só desejo
A espera de você, e o fim do medo.
Coração apertado, boca seca
Borboletas no estômago,
E meu amado que não chega!
...
O fim da tarde se aproxima,
O meu sonho se inicia.
Ouço passos na escada, é ele quem vem...
Deixo aberta a porta, para o encontro do amor.
Meu maior medo, é de ser feliz,
O hoje eu conheço, mais e o amanhã ?
O amanhã não importa,
Importa o hoje, e o AGORA !
Mude seus conceitos: Deus não está colocando espinhos nas suas flores, Ele está colocando flores nos seus espinhos!
“……MANDE FLORES……"
SE VOCÊ QUER SURPREENDER E ENCANTAR UMA MULHER, MANDE FLORES;
SE VOCÊ QUER DIZER QUE A AMA, MANDE FLORES;
SE VOCÊ QUER PEDIR PERDÃO, MANDE FLORES;
SE VOCÊ QUER CLAMAR QUE SENTE SAUDADES, MANDE FLORES;
SE VOCÊ QUER EXPLICAR QUE A DISTÂNCIA NÃO DIMINUI SEU AMOR, MANDE FLORES;
SE VOCÊ QUER DIZER QUE ELA LHE FAZ FELIZ, MANDE FLORES;
SE VOCÊ QUER PEDIR QUE ELA FIQUE COM VOCÊ PARA SEMPRE, MANDE FLORES;
SE VOCÊ QUER DECLARAR QUE ELA É A MULHER DA SUA VIDA, MANDE FLORES;
Construimos um altar...
Tinha flores,
Perfume,
Esperança.
Fomos para nosso lar...
Tinha sofá,
Comida na panela,
Primavera.
Na caminhada...
Tinha espinhos,
Mesquinhos,
Muita maldade.
Continuamos...
Não foi em vão,
Um amor feito pão,
Não termina sem chão.
Estamos aqui...
Com herdeiros,
Com a vontade,
Sempre em busca da felicidade.
Viver em parceria é uma traquinagem
Numa terra chamada vontade.
As flores sofrem quando separadas de seu caule,tua raiz..assim como um homem sofre ao sofrer a dor de um amor"
Qualquer que seja a crise em tua vida, nunca desrtrua as flores da esperança, e colheras os frutos da fe'.
CORTINAS
A manhã eleva os cantos
No teu ventre, jogo flores.
Ante às cortinas de branco armadas.
Há lugares pelos caminhos
Onde se pode te esperar.
Fala-me o vento das matas
Dizendo-me que vais passar por ali.
Nas alturas se agitam ramagens
Flutua os teus lençóis cuidados,
Descobri-te há pouco, aqui.
Floram rapidamente os arvoredos
Frutifica-se em campanha, caem.
Fruto nas tuas mãos dispersas.
Surgem doces em tua boca
Teu riso da cor das nuvens
Largastes distante o tamanho.
Acatas todo o silêncio áureo
Da hora mais bela do dia.
Confundes-te com as nascentes da estrada
Declinas no empate das águas,
Conversa tempos com as nebulosas
Te entretes com o curió da mata.
Deus fez um conserto
Nas estradas pra tu andares
E ele ainda insiste fazendo.
A manhã derrama flores
No teu ventre cantam pássaros
Ante as cortinas amareladas.