Flores
É este o grande drama do prazer; todas as coisas agradáveis acabam por amargar; todas as flores murcham quando as colhemos, e o amor morre tanto mais depressa quanto é mais retribuído. Por isso o passado parece-nos sempre melhor que o presente; esquecemos os espinhos das rosas colhidas; saltamos por cima dos insultos e injúrias e demoramo-nos sobre as vitórias. O presente parece muito mesquinho diante de um passado do qual só retemos na memória o bom, e diante de um futuro que ainda é sonho. O que alcançamos nunca nos contenta; ‘olhamos para diante e para trás em procura do que não está ali’; não somos bastante sábios para amar o presente do mesmo modo que o amaremos quando se tornar passado. Quando mergulhamos num prazer, o nosso olhar vai para longe - a felicidade ainda não está alcançada apesar de termos o deleite nos nossos braços. Que mau demônio nos afeiçoou assim?”
Will Durant, in Filosofia da Vida
Não tem mais volta
Aprendiz de Cartola, eu falei com flores mortas
Tô conquistando o mundo
Mas toda conquista tem um sabor de derrota
Meu signo é de ar... de amar!
Da estação da primavera, das cores, da diversidade das flores.
Tem como símbolo a balança, que pondera, que pela justiça preza.
Regido por Vênus, um signo que encanta.
Sou eu, libriana... Se você não me odeia, me ama.
Ela gostava tanto das flores que de tanto olhar, cheirar,
Escolher, colher e acolher acabou ficando com os seus
Odores e cores e assim atraindo amores de beija-flores,
Cheinhos de mil biquinhos de beijos e sabores de desejo!
Guria da Poesia Gaúcha
Quando você estiver triste, lembre-se de mim. Quando eu não mais existir, me procure nas flores e eu serei aquela que tocar, ou me procure no céu e eu serei as estrelas só para dizer-lhe boa noite, ou até me procure no mar e eu serei a onda que vier ao seu encontro. Se após me procurar tanto e não me achar, procure-me em si mesmo, e eu estarei em seus mais longos pensamentos.
Canção de Bilbo
Sentado ao pé do fogo eu penso
Em tudo que já vi,
Flores do prado e borboletas,
Verões que já vivi;
As teias e as folhas amarelas
De outonos de outros dias,
Com névoa e sol pela manhã,
No rosto as auras frias.
Sentado ao pé do fogo eu penso
No mundo como há de ser
Com inverno sem primavera
Que um dia hei de ver.
Porque há tanta coisa ainda
Que nunca vi de frente:
Em cada bosque, em cada fonte
Há um verde diferente.
Sentado ao pé do fogo eu penso
Em gente que se desfez,
E em gente que vai ver o mundo
Que não verei de vez.
Mas enquanto sentado penso
Em tanta coisa morta,
Atento espero pés voltando
E vozes junto à porta.
Meninas bobas... Esperam flores e coisas românticas de garotos que pensam que romântico é algo que veio de Roma.
Me dê as flores em vida; o carinho, a mão amiga, para aliviar meus ais. Depois que eu me chamar saudade, não preciso de vaidade, quero preces e nada mais.
Nas estradas dessa vida
Todas as flores que plantei
Brotaram em dobro alegria
Por todo lugar que passei
»ﻶﻉ
Nunca falhou a amizade
Quando me dei sem cobrança
Os amigos que ganhei
São minha melhor lembrança
ﻶﻉ»
Eu acho que Deus inventou amizade
Para ajudar quem vive na Terra
Porque há tanta dor nesse mundo
Muita maldade e muita guerra
»ﻶﻉ
A amizade suaviza
a solidão e o amargor
Oferece ombro amigo
E diminui a nossa dor....
O gótico
Eu sou o poeta da escuridão
que semeia em frios jardins
flores mortas
com as pálidas mãos
Sou o ser escuro
que vigia a noite
com o olhar de vampiro
buscando encontrar a beleza
que se esconde em cada sombra
Meus olhos pintados de preto
vêem o que não pode
ser visto
pelos olhos mortais
Eu sou a bruma noturna
o ouvido dos
Gárgulas
nas catedrais
Eu vagueio nos céus escuros
onde os olhos dos
corvos
brilham
no mágico crepúsculo
Nas trevas
vejo a luz
que poucos ainda
produz
e na terra onde os seres
do dia
rastejam
plano suavemente com
minhas asas de
anjo negro
Minha solidão
devora as horas
esperando o dia terminar
até cair sobre mim
o manto da noite
onde sonho acordado
sem despertar
Meus versos escritos
com sangue
deslizam como uma chuva tépida
nos prédios abandonados
onde deixo o lamento de um mundo
doente
gravado
Doenças deixadas pelos seres
do dia
que destroem o mundo
com sua ímpia enfurecida
Quem são os estranhos?
Ou seriam os loucos?
Deixe-me só com minha tristeza
pois o que resta é chorar
afinal, alguém precisa chorar
então
que seja eu
o ser da escuridão
o Nosferatu
Deixe-me acender minha fogueira
na terra das almas mortas
quero deitar-me sobre as lapides frias e tortas
deixadas pelos seres
de outrora
Deixe-me cantar
nas entranhas escuras
Close to me
o mundo está doente
talvez não há mais cura
alguém precisa chorar
então que seja eu
o ser da noite escura
Você não precisa de uma espada para cortar duas flores.
É que eu gosto do riso de tudo. De flores. De gente. De bichos. Dos dias de céu azul lisinho. Das noites carregadas de cachos de estrelas. Da canção que as ondas cantam quando tocam a areia. Às vezes, eu vejo até o riso contido do que não tem coragem de rir.