Flor Violeta
A noite que desperta gentilmente a paixão na grandeza de um belo Florescer que exala com presteza uma sedução, ornada pela sutileza e pela elegância, que resplandece à semelhança do seu lindo sorriso de exultação, da profundeza reluzente do seu olhar, da luminosidade dos seus cabelos, trazendo mais viveza para esta ocasião, sendo uma presença singular, estrela fervorosa na escuridão, emoção violeta, poderosa, essência misteriosa da realeza, mulher virtuosa, inegável riqueza.
A MORTE DAS VIOLETAS (soneto)
No vaso floreado de variada cor
De suave frescor e delicada trama
Cheias de viço e aveludada rama
Desabrocham as violetas em flor
Pouco estar, e de fugaz esplendor
No seu breve e infortunado drama
Enlanguescida, ela, curva e acama
Tal aos pés da sofrência a fatal dor
E vai perdendo o regalo a violeta
Aos amuos do tempo, ali funesto
Num despojo final, e última reta
E, desbotada e então tombada
Épica, em um derradeiro gesto
Mortal, a violeta se vê imolada
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 de agosto, 2016 – Triângulo Mineiro