Flor
“A fruta nunca perde o sabor, quando a flor começa a perder a beleza, é hora de mudar de jardineiro”.
Toda linda flor se guarda de proclamar beleza ao dia, para que seja dobrada a porção natural de seu perfume, deixa a transformação para a noite.
As flores também murcham,
quando são mal cuidadas e conservadas.
Mais uma flor como tu,requer cuidados especiais.
Eu era uma pequena garota sem sentimentos, uma flor que não desabrochou. Eu era um coração sem sentido, sem batidas constantes. Era um céu que não tinha cor, uma garota que não sabia o que era o amor. Eu era inocente demais para você, difícil demais para as suas escolhas, eu era complicada, e minha timidez me tornava assim. Eu era um poço sem fim, um caminho sem uma luz me guiando. Eu era inconseqüente, e composta por milhares de manias, milhares de sonhos bobos. Eu era toda errada, toda cheia de dúvidas, eu era toda sua. E por todos os meus defeitos, por todos os meus erros, você me aceitava da maneira que eu era, da maneira que eu agia.
Porque este meu ser é de faca, mas também é de flor...
Nasci em Abril. Primavera da vida.
No hemisfério sul de Drummond a primeira flor não é Rosa ou Violeta. Não se abre na frágil delicadeza da Cereja.
Tem cor e cheiro de Laranja. Ácida e desbotada como a estação que é mais da alma que da natureza.
Cores sujas. Folhas secas. Frutas cítricas.
No hemisfério sul de Cecília há flor de laranjeira em decomposição. Branca, imaculada como a parte estragada de alguma coisa que sabe que é preciso se deixar cortar pra nascer de novo. Inteira.
Todas as Camélias de Abril já nascem no divã sazonal. Florescem entre safras.
Neuróticas e complexas como Woody, o Allen, que insiste em picar a alma até abrir um buraco nela. Análise duas vezes por semana. Dois psiquiatras diferentes.
(É preciso uma segunda opinião)
Duas estações.
Todas as camélias de Abril são guirlandas sobre o poço.
Seu ser é de faca, mas também é de flor.
A rosa azul
Ouvi falar de uma rosa
Flor lendária e misteriosa
Que eu julgava inexistente
Flor que eu havia encontrado
Tão bela e atraente
De perfume delicado
O perfume do pecado!!
Nem notei os seus espinhos
Eu já estava enfeitiçado
Com ela tracei o meu caminho
Na sua direção orientei meus sentimentos
Mas que bobo, ela não era a rosa dos ventos
Mais uma vez fiquei atônito
Vi que meu norte apontava para o sul
Ela era a rosa do amor platônico
Ela era a rosa azul!!
Uma flor de plástico milimetricamente perfeita nunca vai ter o cheiro de uma rosa. Diz respeito à vida, a energia solar bebida à sobrevivência. Cientificar o amor hoje parece fazer sentido. O jornaleiro dirá em breve: Compra-se amor. Dirá das razões concebíveis, o prático. O homem se torna só por tão pouco, sabendo exacerbar-se digno, contemplar-se solto. Me vem tão só, doloroso e sábio, querendo mostrar-se amplo como se o que viveu não passasse de um conto. Ter o poder de minimizar é comum mas, as pessoas sempre me pareceram previsíveis.
Teu cabelo perfumando o vento
primavera bem antes do tempo
tua pele de fruta tem cheiro de flor
e eu que ontem vivia os invernos do amor
hoje colho um outono de paz
amanhã um verão de calor
são fenômenos da natureza em nós.
Ingrata
Te amei logo que te ví.
Minha bela menina.
Linda flor de rara beleza.
Hoje não vivo sem ti.
Minha zangada menina.
Teus afetos são incertezas.
Dentro da minha alma há uma ferida.
Magoada pelo desejo.
Que não sara, nem mata.
Mas que deixa minha vida sofrida.
Chora pelos teus beijos.
Menina mimada e ingrata.
Quero te dar uma flor por dia:
Que ela tenha para cada dia a cor certa!!!
Vermelha em todos os dias de paixão...
Laranja para trazer a espontaneidade que tanto gosto em vc..
Amarela para iluminar todas as horas...
Azul para as horas de sonhar...
Verde para trazer a esperança nas horas de angústia...
Roxa para trazer prosperidade...
Lilás para as horas de reflexão...
Quero trazer um arco-íris de cores
e amores à sua vida...
Fico impressionado com a cor,
Que aquela singela flor,
Continua ao vento expor
Mesmo depois de tudo que sofreu..
Só por querer ver que mais uma vez,
A escura e fria noite se desfez,
E seu amor, o sol, finalmente renasceu.
E aqueles sapatos ali à secar...
Que a pouquissimos segundos,
Estavam a levianamente pisar,
Em outra flor desse triste mundo.
Agora estão a relaxar,
Na brisa que aquela doce flor,
Fez o vento fazer com amor...
E é por isso que admiro tanto,
Porque ela nunca fica aos prantos,
Segue em frente, tentando ser indiferente,
Absorvendo qualquer adversidade,
Transformando nessa bela habilidade,
De fazer tudo se apaixonar
Pela sua cor que com dificuldade,
Todo dia ao seu amor utópico vem mostrar
Não quero pra mim o codinome beija-flor,
Não almejo sentimentos de liquidificador,
Não sonho com um mágico som...
Só quero sentir da flor, seu puro sabor,
Apenas almejo sentimentos cheios de cor,
Capazes de tornar meus sonhos com um tom,
Popularmente conhecido como amor.
E aqueles que não acreditam nesse tom,
É porque ainda não provaram o quanto ele é bom,
Por isso venho lhe avisar, que só precisa esperar,
E seu coração voltará, ou ineditamente vai se apaixonar
Assim como o vento sempre volta a soprar
Foi esperando desatento numa esquina,
Da vida, que conheci uma incomum menina,
Normalmente ela teria passado despercebida,
Mas um palpitar estranho do meu coração,
Fez minha alma, há muito adormecida,
Perceber com calma, nela, uma nova paixão.
As coiecidências eram tão alarmantes
Que o fogo dessa paixão se tornou tão brilhante
Quanto a luz de uma estrela resonante.
E embora ainda estejamos distantes,
Percebi que ela deverá ser minha eterna amante,
Minha esposa, minha mulher, meu amor...
A cor, o sabor, da flor, de um beija-flor...
Os espinhos são para quem,
Pensa em enganar a flor.
Para aquele alguém,
Que procura causar dor,
Nas suas pétalas cheias de cor.
Mas os espinhos também,
Às vezes produzem temor,
Naqueles que querem o bem,
E uma prova de amor,
Da rosa cheia de pudor.
Foi assim que o zangão,
Apesar de muito valente,
Sentindo que a rosa era indiferente,
Ao seu coração,
Acabou tendo de recuar,
Para não continuar a se machucar.
Ele não recuou porque era covarde,
Mas porque já tinha se enganado,
Na ultima vez que tinha se apaixonado,
E não queria reabrir naquele belo fim de tarde,
Seu mais profundo machucado.
Foi aí que ele voou para longe,
Experimentou de outros pólens,
Já a rosa se amargurou,
Acabando por baixar seus espinhos,
Para outros que passaram por seu caminho.
Ambos acabaram arrependidos,
Perceberam com um pouco de azedume,
O motivo por continuarem sozinho:
O zangão por não ter insistido,
E a rosa por não ter dado uma chance,
Ao zangão e seu projeto de romance.
Mas agora eles estavam distantes,
O zangão já não podia sentir o perfume,
Que a rosa jogava no ar,
Em tempos constantes,
Para que ele pudesse voltar.
E assim tudo ficou por um triz,
Agora eles dependiam do vento,
Para que realizasse seu relacionamento,
Acabando no final feliz.
Agora só vento poderá dizer,
Se cabe ao zangão a linda flor merecer,
E se a flor terá uma nova chance,
Para que finalmente o amor alcance.