Flecha
↠ Enigma ↞
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Na caixa de sentimentos
guarda-se um enigma,
razão não tem conhecimento
a vivência descobrirá tal estigma.
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Interminável deserto,
rumo solitário, incerto…
oásis ímpar do “eu” existencial,
sacia em frescor transcendental.
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Segredo…
pérola em esquecimento,
Ser desconhecido do medo
contido no pensamento.
↠Catopês ↞
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Dança, ritmo, até mesmo um batuque,
Conto um folclore de Minas Gerais, antes que eu caduque.
Há 170 anos, Marujos, Cabloquinhos e Catopês
Os festeiros cantam em frente a minha casa de sapê.
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Em Montes Claros, no mês de agosto
O povo humilde toma o seu posto,
De reis e rainhas, príncipes e princesas, imperador e imperatrizes
E em uma mesma folia, a origem das suas raízes.
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Homenageiam o Divino, São Benedito e Nossa Senhora
Os Santos atendem as preces, sem demora,
Cada fiel com sua roupa: bonitos, alegres, porém pobres
Com chinelas ou descalços, porque não tem cobre.
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Carregam na voz a suas maiores riquezas: a sua tradição,
A crença na religião, o sacrossanto de devoção,
Ser escola e ter a história como convicção,
E manter esta cerimônia sem fim, no coração.
Que seja ad aeternum a cultura deste sertão!
↠ Corpos leves ↞
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Quem me dera,
ser uma borboleta!
Banhar no pólen da gérbera
ou procurar néctar na violeta.
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Ser uma mariposa,
abandona o casulo na flor-de-lis
ex lagarta pomposa,
em devorar a folha da flor de anis.
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Imaginação povoa,
libélula que sobrevoa
e, aterrissa na papoula.
↠ Mãe Cecília ↞
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À minha mãezinha,
Ama-me de maneira infinita
Tu és minha Santinha,
Do coração puro e bonita.
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Santa compreensiva,
Oriunda de vida corrida
Herdou fé e sabedoria,
Da Nossa Senhora querida!
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Com a força de tua palavra,
Cecília é como a canção que se lavra:
Serenidade, felicidade e salvação,
E o poder da tua benção.
As vezes sou tão direto quanto uma lança, mas se engana que tal lança não me transpassa quando lançada, sinto a mesma dor de quem é o alvo, mesmo que este não seja atingido.
Onde está a sua fé, filho?
As dificuldades estão aí para ensinar e não para te castigar, aprenda com elas.
Antes de ajudar a curar os outros, precisa permitir se curar.
Suas mãos emanam amor e seu coração vibra a cada momento.
Então se permita ser curado, para poder ajudar aqueles que surgem em seu caminho.
Estar longe de ti
É como se uma flecha
Atravessasse-me o coração
Trazendo-me uma dor aguda
Rasgando minha alma.
Os céus percebem a minha tristeza
E choram lagrimas continuas e inconsoláveis.
O dia cinzento externa a infelicidade
De estar longe de ti.
Hoje o sol nem apareceu
Sinal de que ele brilha por ti
Ou então porque ele apenas
Reflete o brilho dos olhos teus.
La fora o dia choroso sente tua falta
E torna-se melancolicamente insuportável.
Dia dolorido!
Minha mente vagueia em lembranças
Felizes de quando estamos juntos
O cheiro do amor que teu corpo exala
Invade meus sentidos e me faz deseja-la.
Nos teus lábios há prazer
Em tuas mãos seda
Em teus cabelos um campo florido de lírios
Em teu corpo um oceano onde meu ser navega
E se perde na imensidão das ondas da paixão.
Sou naufrago no mar dos teus olhos.
No teu beijo encontro agua fresca
Que mata minha sede e me faz
Viver a espera que traga em teus olhos
A alegria de um dia ensolarado
Onde até os pássaros cantem
O amor que em meu coração há por ti.
Minha alegria, minha flor, meu amor!
TEU OLHAR
Teu olhar é uma flecha flamejante,
Brilhante e pura feito a alvorada,
Que me atingiu apenas um instante,
Foi impossível a fuga, a escapada...
É como pirilampos cintilantes
Qu' iluminam à noite enluarada,
Duas lindas pedras de diamantes,
Que por Deus pai foram lapidadas.
Fui gatuno, voraz e intransigente
E furtei-as durante a madrugada,
Ao evadir-me fui pego por um agente
chamado amor e cai na sua cilada.
Pena: cuidar e amar eternamente
Da dona dessas pedras tão sagradas...
As palavras, ditas no calor ira, machucam e ferem mais do que flecha envenenada...E quando ditas de caso pensado, podem ser até fatais.
Já estive dos dois lados, e posso afirmar que tanto ouvi-las quanto dizê-las, trazem dores e promovem danos irreversíveis.
Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida.
Obrigada por ter aceito meu convite, acho que são 4 coisas na vida que não voltam, a quarta é oportunidade de fazer novos amigos.
As vezes sou flecha, as vezes alvo, as vezes sou circo, as vezes palco, as vezes sou abrigo, amigo, as vezes eu sonho alto.
Sei que a flecha lançada de hoje não voltará mais, e se o destino der sorte ela passara sem ser despercebida ao invés de acertar o coração de alguém.
Ao sagitariano, sugiro que eleve seu arco para cima, dispare sua flecha o mais longe possível, e ouse sonhar grande. Com a força do centauro e a sabedoria do arqueiro seu destino é o sucesso. Equilibre-se.
Não adianta chorar o leite derramado, a flecha lançada, o amigo perdido, os erros cometidos. Busque o aperfeiçoamento como ser, busque Deus acima de tudo e todas as portas ficarão abertas à sua espera.