Fio
Que maldição é esse que insiste em me perseguir por anos à fio? Por mais que eu me esforce, a dor da traição vai e vem, arrancando de mim as melhores esperanças.
VIDA EM NOVELO
Tento achar a ponta do fio,
da minha vida em novêlo.
Esmiuçada, quase embaraçada,
mas ainda calmo tento.
Aos contorces e contemplações,
sigo ao contrário da ponta.
Nesse tear vivo, roco, fio,
descaroço e entrelaço e teço
o melhor desenho,
para nele encontrar
seu sorriso e alento.
"A vida me perpetrou assim,
tão dono de mim e tão além de mim.
Vivendo por um fio em um artifício shakespeariano,
esquadrinho minha verdade e esquivo do meu sono,
Enfim, anseio não adormecer nesta vida,..
Assim terei mais tempo para viver este sonho
que é você.
Vivemos nas nossas pré-liminares há meses a fio, eu e você.
Não, eu não reclamo, porque o nosso ato final ainda não pode ser consumado, somos duas amantes que saem na calada da noite escondidas sobre o véu da escuridão para nos amarmos assim, aos poucos, para mantermos o corpo aquecido, a chama acesa. No nosso vai e vem, o sangue fervendo, os corpos quentes clamando pela presença um do outro... o nosso sentimento vai se mantendo intacto, irrefreável, intocado pelo tempo, ele não perde a cor, o cheiro ou a textura. Ao nos mantermos nessas pré-liminares enquanto nossos corpos se deleitam com outros amores, conseguimos nos manter juntas mesmo que separadas, e como nossa história nunca foi feita com simplicidade, continuamos cumprindo nosso roteiro de "casal perfeito porém confuso", nossa estrada desde o começo sempre teve muitas curvas, desvios e trechos esburacados.. tropeçamos muitas vezes, paramos.. e agora podemos dizer que na bifurcação que havia a nossa frente, cada uma resolveu seguir uma direção, mas é claro pra mim.. e espero que pra você também, que nossos 'atalhos' se unem mais a frente, uma vez que nossa estrada é uma só. E eu te prometo que, quando a hora chegar, te carregarei nos braços, te encherei de beijos e seguiremos juntas pro nosso destino: a felicidade.
Se eu fosse começar a falar as loucuras que já fiz por você, passaria noites a fio fazendo isso.
Mas por hora, eu preciso só de um beijo seu.
Não deixa de ser mais uma loucura, uma vez que seus beijos me levam ao delírio.
Bla Bla Bla
Passo horas a fio tentando descobrir
algo de uma enorme quantidade, sabe,
poderia ser qualquer coisa com o teu nome.
E na rua da minha casa passa gente
o tempo todo, e eu fico olhando pela
janela do meu quarto eles passarem
e em cada gesto despercebido, eu
percebo e desejo o seu
Não sei se ato ou desato
se vou ou se fico.
Insisto em ficar, por MEDO talvez.
Sou aquela antiga estória mau contada
escrita errada ou sem graça,
talvez por ser o "nada" de toda estória
Sou o cansaço
E quando eu penso em você, me acho estranha
como se isso fosse errado.
Não sei se eu
te beijo
Ou se eu
apenas me calo.
Eu passo horas tentando,
juro que tento, encontrar um defeito
em você.
Mas por eu não te conhecer,
não sei nem das qualidades,
e quer saber, menina
é por isso que eu amo
Por sermos um mistério.
Ligo a TV pra distrair,
não sei,
mas quero sair desse mundo
que só da as ordens
e que não sabe ouvir
uma qualquer protestação.
Mas logo me desligo e deslizo nesse chão
Imagino você,
tenho duas opções
mas não sei se escrevo ou se canto
qualquer canção que te cause a nostalgia
ou se te falo em vão:
Eu-te-amo-mas-não-importa-desculpa-qualquer-coisa-tchau!
...ou se me calo como de costume.
Por sobre o fio
O fio entre duas pontas. O nó no meio. O coração.
A ponta. Oito vezes distante. O canto.
De lá pra lá elas dizem sobre o amor constrangido.
Se ocultado na sombra dos sorrisos; Se escondido atrás do olhar brilhante.
Dor e dor
Sentir frio. Não tocar segundo a mão.
Taça cheia. Rolha retirada com parafuso.
Rudeza penetrante na doçura.
Quarto dilatado em desconforto.
Descortina-se a quinta. Sem lua; um céu em prantos.
A sesta, após o prato raso que oferecia amor. Alimento sem cheiro.
Dias e dias a pão.
Sem temas; sentidas palavras ainda desejo ter na vida impensada para dois.
Ou tentar sem calor; Sentir paz.
Pela Vida Pela Poesia
Porque me persegue solidão, todas as noites a fio sem me deixar opção?
Porque não me deixas Donzela, porque nos sonhos me acorda ó Donzela?
Porque maltratas o TEU coração por me procurares as noites, oculta em meus pensamentos, presente em meus sentimentos...
Gostas de me ver sofrer?
Não!
Gostas de me ver viver!
Pois se nos sonhos aparece e me desperta, então estou vivo para sonhar contigo novamente, e se desperto estou, então escrevo pra ti Donzela poesias de amor.
Obrigado Donzela, por manter minha vida contigo, meu coração... por que assim sempre estarei com você, e de alguma forma ou mesmo nos sonhos sempre te terei comigo...
PAUTA
Eu queria fazer um poema
Assim, métrico
Tenso como um fio elétrico
Para que todos os dias
Os pássaros venham
Pousar, cantar.
Eu queria fazer uma música
Na pauta tensa da rua
Para que todos as noites
A lua venha
Tocar, rebrilhar.
Uma poesa:
Sempre irei lembrar dos olhos teus,
e dos teus lindos cabelos ondolados;
de cada fio, que reluz e tão dourado,
harmonia de beleza encantadora...
Versos de purissimo querubim,
que o poeta por descuido não os compôs;
e se deixou-os pennsando no depois,
não sabia que os deixava para mim...
Arrisco extrair o encravado desejo, usando de uma faca sem fio, chamada tempo, como sem vontade, como sem desejar, ainda assim tentando..
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