Finjo que não Vejo
Seus olhos cor de jade, finjo não ver.
Não quero notar, o quilate do jade é pírrico
Paga-se com a alma e a sanidade
Com devaneios pela noite e o foco no nada
Prefiro as coisas abstratas da vida
Sem me importar com a cor ou a forma
Apenas pensar, para esquecer seus olhos
Pagar o preço do jade é ininteligível
Melhor nada obter, sem posse ou propriedade
E quem sabe o nada é composto de jade.
Eu finjo que não preciso do amor e fingi estar bem sem ele, até me ver morrendo lentamente com meus fones de ouvido, esta música que toca repetida me faz perceber que agora nada vai mudar, quando a música acabar tudo vai se repetir, a cada 2min e 56s tudo volta ao 00:00, a única matéria que não segue o ritmo sou eu, nada vai zerar em mim, somente a vontade de te esquecer. Dói tentar guardar os problemas em mim, doeu tanto que agora quero soltá-los do meu corpo, já cheguei ao ponto de tentar tirar a dor com remédios sem ao menos estar doente; A melhor maneira seria eliminar, “seria” se eu fosse capaz de fazê-lo, sei que não vou evadir dessa ilusão, do mesmo jeito sei que também não posso mais dançar a mesma música.
Eu finjo que não percebo, mas está tudo sendo observado. O esperto se faz de bobo para ver até onde o burro se faz de inteligente. Nesse jogo sutil, cada movimento é estratégico e cada palavra tem um significado oculto. Por trás do meu sorriso sereno estou prestando atenção a cada detalhe, absorvendo informações e entendendo movimentações. Aprendi que nem sempre é sábio revelar todas as cartas que tenho na manga, pois o conhecimento é poder e paciência é uma virtude.