Finjo

As vezes eu finjo que não ligo, que eu tô bem, mas na verdade, por dentro eu estou desabando.

As vezes finjo alegria pra enganar a tristeza. Mas ela é esperta, não se deixa levar pelas aparências.

Eu vou ficar bem. E se não ficar, não tem problema. Eu finjo.

Eu finjo, não por ser mais fácil, mas é que eu aprendi tão bem que se tornou natural ser artificial.

Finjo ser autossuficiente, mas ainda sorrio quando lembro - silenciosamente - o barulho que já fizemos.

Sou de capricórnio.
Mas finjo ser um escorpião.
E das unhas tinhosas destilar veneno.
Em quem toco.Em quem pego.Em quem trisco.
Esse veneno parece sair.
E quem achou que nada tinha de mim em si.
Agora, carrega em seu sangue.
Suas véias.Suas carnes.
Seu corpo moribundo, meu límpido veneno.
Que a essa hora
Espalhou-se feito droga.
Feito alucinogéno.
Létal. Ilegal. Viciante.
Picante. E perverso.
E ele vai te assombrar.
E te fazer acordar.
Quando estiveres só...
Contando o passar do tempo nos dedos.
Nos piores e melhores dias.
Nas melhores e piores noites.
Em cada mão, vai lembrar das minhas.
Assim como a vida,
Certas coisas são inevitáveis.
Principalmente...
Vindos de uma capricórniana
Que brinca de ser um escorpião.
Só para destilar veneno.
Com as proprias mãos.

Sou sensível, choro por qualquer besteira ou algo que me falam. Eu finjo não me importar, mas lá no fundo eu estou me importando para tudo o que os outros dizem, e de certa forma isso me deixa mal.

Finjo que não estou pensando em você, finjo que não te amo, finjo que não me importo,finjo que te esqueci... Estou por ai, fingindo não ser eu.

O ANÔNIMO
Finjo que não sou eu, porque tenho medo de mim.

Quem me feriu me espera, eu finjo que não vejo. Quero cicatrizar dentro de mim você.

Finjo que minto
quando digo o que quero.

Te machuco com diversos
depois me firo sozinho.

Falo sério sorrindo
tentando evitar conflitos.

Peço desculpas sem perdão
antes que o remorso me apanhe me bata.

Mas tua ausência desespera o desatino
e minh’alma já não consegue se enganar.

Eu sei, mas finjo não saber. Às vezes eu gosto, mas demonstro não gostar. Penso em falar, mas lembro que não vai fazer nenhuma diferença.

Tolerar é adaptar-se.
Eu finjo que estou gostando da situação, você não acredita e faz com que eu goste de verdade.
Assim eu te tolero e você gosta de mim.

Nem feliz, nem triste, nem alegre, nem finjo estado astral, apenas respirando.

Eu finjo que sou o que meu espírito finge ser...

O que não me faz bem, não me faz falta.E o que não me faz falta,eu finjo não existir.

Nada de Lobo Mau, nada de olho grande para ver melhor, finjo que sou cego para ver melhor, nada de ouvidos grandes para escutar melhor, prefiro mesmo é fingir que sou um surdo dos bons para ter certeza daquilo que ouvi e minha boca também não é grande, é bem pequena, e o que menos faço com a mesma é comer, prefiro falar muito, como uma grande boca. Não sou Lobo Mau nem vou atrás de chapeuzinho vermelho, sou lobo de bem, quero o bem, faço o bem e não temo a lágrima mesmo se ela for vermelha como sangue derramado. Prefiro morrer na verdade que ser vivo em mentiras.

Eu não finjo estar bem , eu apenas tento ao máximo convencer a mim mesma e aos outros que estou.

Vista Curta

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Míope
Não enxergo ninguém
Assim acho que também não me vê

Logo
Finjo não existir

Não fumo.

E eu finjo ser quase rico,
Fazendo pose de cigarro,
Pernas cruzadas jurando,
Papel e palha em brasas,
Fumaça fugindo da boca,
Carvão dentro do peito,
Sem saber que se morre,
Que um dia se morre,
Que um dia.