Finais
A cerveja gelada dos finais de semana já não te representa, o café quente bebido todas as manhãs, não te define, muito menos as roupas com aquelas etiquetas caras! E aí, ao lançar o olhar para os amigos, para a família , para os seres humanos que te cercam , constatas que também não se reflete mais nesse espelho!
Tu és a versão de ti mesmo, uma história mal contada, um livro com capítulos desconexos, um filme com gênero indefinido, ora uma 'ficção pessimística', ora uma comédia de humor duvidoso.
A realidade só nos surpreende muitas vezes de tantos estarmos acostumados com finais felizes de filmes e novelas.
Eu coloquei tantos pontos finais, eu fiz tantos parágrafos, eu tentei consertar essa história tantas vezes... Mas chegou a hora de rasgar, chega de fazer continuações achando que no final será feliz. É como dizem por aí: O que começa errado, termina errado.
Ei moço, deixa eu amar você? Como aqueles amores de cinema, aqueles que são para sempre, com finais felizes.
Prometo-lhe nunca mudar.
Prometo-lhe manhãs de cumplicidade, tardes de alegria e noites de muita paixão.
Prometo-lhe ser de verdade, assim como sou. Nunca irei mudar.
Prometo-lhe muito carinho e beijos que acalentam a alma.
Prometo-lhe também o silêncio quando em algum momento, perceber que ele seja necessário, mas prometo-lhe sempre música, para dançarmos a luz da lua.
E então moço, deixa eu amar de você?
A novela te da tudo nas mãos. O próximo capítulo, cenas e prováveis finais. A vida não anuncia a morte do vilão, nem o casamento da mocinha. A vida é vivida dia após dia. É vivida sem regalias, sem os pés das alturas. É esse eterno perde e ganha. Cai e levanta. O viver entre lágrimas e sorrisos. Entre amores e desamores. A morte literal, ou presumida do amor. entre idas e vindas. É ai que reside a graça da vida fora das telinhas. É ser o autor do próprio personagem, sem reprise no capítulo final.
Finais de semana sempre me trazem tristeza. Eles sempre me fazem lembrar de você. De que você se foi. De que eu não tenho mais você.
É o final de mais um domingo em que fiquei assistindo filme com a minha irmã mais nova, todos finais de semanas tem sido assim, aliás quase todos os dias. Não estou murmurando eu até gosto disso. Mas o que me vem pertubando ultimamente durante as madrugadas, é o fato de eu não conseguir deixar as coisas fluírem, vocês me entendem?, se não, tudo bem, nem eu mesmo me entendo. Enfim o que quero desabafar aqui é que eu gostaria de ser mais espontânea, isso espontânea. "Não crie expectativas, crie animais." eu sempre uso essa frase, hipocrisia de minha parte, já que, não consigo não criar expectativas com algo, principalmente com alguém. Embora seja difícil eu me interessar por uma pessoa, quando eu me interesso, é intenso, e oculto ao mesmo tempo, já que não demonstro isso para o mesmo. Mas à questão é que eu estou sempre fantasiando momentos com a tal pessoa, que talvez nunca vá acontecer. Mas no momento em que as fantasio me faz bem tão bem que quando a realidade vem, chega até a doer. A verdade é que gostaria de não me iludir com olhares, com sorrisos - quem diria que até sorrisos, alguns tão belos poderiam chegar à esse ponto de causar sofrimento à alguém.- ou com qualquer outro gesto que o ser humano usa para disfarçar as suas reais intenção para com o próximo. As vezes eu queria ser bem direta em relação à tudo, e gostaria que isso fosse recíproco. Se tratando de relacionamentos eu adorava a fase da conquista, mas à verdade é que hoje em dia eu já não sei mais o que o " carinha" quer. Poxa ele te olha ( encara até você cair), ele diz qualquer besteira só pra falar com você, e ele te olha, te olha, te olha e te olha. Eu particularmente não tenho mais cabeça pra esses joguinhos de troca de olhares(mentira haha eu gosto sim, quem não gosta? É tão bom saber que tem alguém te " comendo com os olhos" alguém que você gosta claro, alguém que quando seus olhos encontram o dele, você já não sabe mais quem é , onde está, é nessa hora que ficamos tonta e não sabemos mais o que estamos fazendo ali. ( meu senhor imagina a cara de boba que a gente fica... Melhor nem imaginar.)
Se a sua cruz lhe parece pesada, é dos piores finais que vêm os melhores recomeços. Mesmo quando nos sentimos um pouco tristes, por qualquer que seja o motivo. Acredite em dias felizes, acredite que hoje pode ser um dia feliz.
PREVISÃO DO FUTURO – O genro
Seu José, ainda jovem, com todo vigor, gostava de sair aos finais de semanas para tomar uma gelada com a família, e nas férias adorava ir à praia, tinha apenas a filha Mariinha, moça bonita e atraente, que começou a namorar cedo.
Um certo dia, seu José parou para pensar e refletir:
- Assim não dá, todo final de semana saio com a esposa para distrair e tomar uma gelada. Quem sempre chega, a sua filha Mariinha com o seu namorado possível futuro genro, que bebi, come e diverte, e como sempre sai de fininho e nem ao menos agradece, e quem paga a conta? Claro, que sou eu afirma, Seu José.
Seu José tomou uma decisão como gosta de sair final de ano, nas férias para passear, não vai mais sair nos finais de semanas, assim não precisa bancar a farra do quase futuro genro, e ainda economiza para o passeio de no mínimo sete dias.
Todavia voltou a refletir:
- Não podemos viajar e deixar a Mariinha, levando ela, quem vai junto, o queridinho genro. E quem vai bancar essa viagem? Acertou de novo, sou eu, exclamou Seu José.
- Vai precisar de dois quartos, que por outro lado é um problema, pois a Mariinha e o seu namorado vão dormir juntos, bancados por quem, Seu José irrita só de imaginar.
- E mais ainda, se o possível futuro genro está acostumado a não ajudar a pagar a conta aos finais de semanas. Quem vai bancar o almoço, o jantar, e os bares nessa viagem?
Seu José, cabisbaixo parou e resmungou:
- Vou mostrar para todos, também não vou passear. Mas, vou deixar de viver por isso!
- Assim é melhor morrer, murmurou seu José baixinho.
E imaginou: Quem vai tá ao lado do seu caixão, rezando para ele, claro seu genro, mais ou menos assim:
- Aleluia, Aleluia, Aleluia (Bis);
- Graças a Deus!!!
Está obra é apenas ficção, qualquer semelhança é mera coincidência.
Esqueça as datas, os meses, as promessas, os prazos, as paixões efêmeras e seus finais.
Permita-se outros caminhos, outros carinhos, afetos, sabores. Recomeços.
Que sejam bem vindo os novos amores!
Sim sei que nem todo mundo vai me magoar, me machucar, pois nem sempre encontrarei finais inacabados e nem sempre estarei triste com meros momentos;
Mas também sei que minha confiança não é para qual quer um que se diga meu amigo, pois para uma imensa frustração basta um precipitado idiota;
Te quero sem pontos finais... Sem mais e mais
Sem vergonha que tanto faz
Amar sem medo;
Sem vírgulas, nem menos do que possa ser...
Quero-te indecente que te faça desejável;
Minhas histórias nunca tem ponto finais, sempre nascem reticências...
Para dar continuidade a relacionamentos informais...
As pessoas gostam muito de finais felizes.
Aí vem a vida e pergunta:
-Prefere a tijolada na cara ou nos bagos?
Ela preencheu até às entrelinhas dos meus versos. Achei que meus trechos só tinham pontos finais, mas também tinham reticências.
Castro