Finais
No mundo que eu criei , todos os dias são finais de semana, todas as guerras são abraços e todas as lágrimas são sorrisos.
Existem muitos Finais para os problemas...
Existem Finais para as pessoas...
O Final existe para tudo...
O Bom... é que para todo final existe um recomeço !
Eu adoro finais
Mentira, eu os odeio! Queria que as coisas parassem com essa mania de
ter fim, mas se parassem seria o fim da mania de ter fim. E seria
lamentável outro final.
Sempre, não sei por qual motivos, as coisas tem que acabar. O vidro de
shampoo gostoso, o perfume cheiroso, o beijo bom, a goiabada cremosa,
uma vida, uma paixão, um amor.
É! As coisas sempre tem um fim. Pode ser que você ame alguém durante
sua vida inteira, mas um dia vai acabar, ou porque você amou um
imbecil ou porque a vida tratou de separar vocês. Veja o amor de meus
avós, um dia acabou, ele cansou de viver e ela cansou de esperar que
ele voltasse. É! a vida e sua mania de finais as vezes me parece
cruel.
Mas dai me pergunto, e se a vida fosse sempre uma continuidade, o que
seria de nós pobres seres mortais?
Nunca choraríamos ao final de uma novela, nunca íamos sentir saudades
do tempo do colégio, da roupa da época de colegial, dos primeiros
porres da faculdade, do primeiro emprego, do primeiro beijo, da
primeira decepção, do primeiro furo.
Nunca saberíamos o quanto é gostoso relembrar o que passou e deixou
marcas que nem mesmo tempo e as manias de seus finais pode apagar.
O fim é aquele tipo de mal necessário, tipo homem que a gente precisa
vez ou outra?!
A continuidade acomoda e a acomodação irrita! Seres acomodados me dão
preguiça e enjoam rápido. Pô tá chorando?! Eu também já chorei, e nem
por isso eu morri... As vezes sinto até saudades de quando eu chorava
porque o dedo estava cortado ou porque alguém ganhou o papel principal
no recital de piano (poxa que saudades da época em que eu me
preocupava em aprender a não acelerar do nada durante uma música). Eu
também já achei que amava e só descobri que era brincadeira de beija e
esconde, quando teve um final.
É meu querido, a vida passa depressa e se não fossem os seus finais,
nunca guardaríamos nenhuma lembrança boa do que foi.
Descobri que eu amo meus finais! E você sente saudades dos seus ?!
Falar de amor é muito fácil. Basta eu fechar os olhos, e imaginar milhares de histórias com finais felizes. O difícil é pôr em prática.
Temos tanto medo de algo chegue ao seu fim, mas esquecemos que é preciso dos finais para ter novos começos.
Triste era ter que conviver com a coincidência rotineira dos finais de tarde, quando ia embora para casa depois de dias longos — e todos eram. Era sempre pôr-do-sol.
— É quando a gente se sente mais solitário do que nunca.
Essa era a explicação de Aurora. Mas o que eu acredito é que ela era uma pessoa realmente solitária, independente dos ponteiros do relógio e da posição do sol. Se apegava à qualquer chance de bater um papo com algum dos colegas de trabalho, mas o que me parece é que por lá ela não era das mais interessantes para conversar.
Se segurava firme ao ver o tom alaranjado do céu quando o sol ia se despedindo. Há algumas estações, esse era o seu momento preferido de todo o dia. Os pôres-do-sol eram seus bons acompanhantes. O sol continua indo embora ao final de cada dia, mas ela, essa menina de quem falo, parece ter tomado um rumo inesperado até por ela própria.
Em um de seus piores dias, olhou para o céu ao cantarolar suas velhas canções tolas e apreciou melancolicamente a revoada que, assim como ela, atravessava as ruas da grande cidade ao final de mais um dia de trabalho. Desejou ser um deles. Parou em meio à calçada, e mirou com seus olhos ingênuos seus próprios pés. Por que diabos eles tinham de ser mais como raízes do que como asas?! Era justo, meu Deus? Era justo que essa menina, tão pequena e leve como pássaro e tão sutilmente grande em sua essência, fosse privada de voar? Estava fatigada da calçada dura e fria sob os seus pés. Queria mesmo era o vento forte arrastando seus cabelos vermelhos e machucando com carinho a sua pele cheia de sardas. Onde é que estava as asas dessa menina, quando o que ela mais precisava era voar para longe? Por qual trilha imunda haveria de ter caído suas penas, afinal?
E em invernos mais amenos, Aurora tinha descoberto que, se andasse com certa pressa, olhando as nuvens ao invés do chão, poderia ter a sensação de voar. Sua descoberta, porém, fora útil apenas por alguns segundos, já que a menina tinha pavor de não saber onde pisava. Era por isso que sempre mirava o chão. Era por isso que tinha aquela postura cabisbaixa tão questionável — não era tristeza, como diziam. Era medo. Medo de cair.
Tola! Mas que menina tola! Era por isso que não tinha asas. Era por isso que não podia voar junto dos pássaros que sobrevoavam sua cabeça a cada dia. Não é permitido se deixar levar pelo medo quando a ambição é tão grande como voar. Ah, se tivesse apressado os passos, se tivesse aberto os braços e mirado as nuvens… menina, você teria voado para longe! Você teria virado pássaro.
Não sei lidar com finais. Finais de livros, finais de filmes, finais de namoro, de amizade... Seja o que for, todo fim é triste. e eu não sei lidar com isso
Acreditar em finais felizes é como acreditar no Papai Noel. Você espera uma vida toda pra encontrar e nunca acha.
O pior da vida são os finais. É ter que dar fim a algo e depois seguir em frente , fingindo que nada daquilo aconteceu.
Porque que enchem nossa infancia com contos de fada , finais felizes e etc ...
Crianças deveriam ser preparadas e saber que o mal pode sim ganhar , que nem sempre o bem é absoluto .