Finais
E a criança cresceu, cansou de acreditar em "Finais felizes" em "A bela e a fera, Branca de neve, A bela adormecida, Rapunzel". Ela acreditava que quando ela crescesse iria ser como antes mesmo doendo a "mamãe" iria por methiolate e a dor iria passar em seguida. Mas não, ela teve que aprender "caindo e levantando" nada cura a dor de um coração, então ela cansou de acreditar que methiolate resolveria tudo. Ela lembra de quando criança caia e ela apenas se arranhava, mas hoje em dia não, parece que ela cai em vidros e sempre tem aquele corte profundo que só o tempo pode curar. Ela lembra de quando pequena, sempre quando tinha aquela vontade de chorar mamãe tava em cima dizendo "não chora minha filha, isso não é nada". Aquilo não era nada mesmo hoje em dia ela sabe que não vai ter mais mamãe para dizer "não chora filhinha", sim ela chora escondido, antes de dormir ou quando está na frente do computador escultando aquela música, sempre tem aquela mentira "não mãe é a música" mas na verdade ela sempre quer dizer "vem mãe me abraça". Methiolate não cura feridas no coração. Deixa o tempo curar, o tempo levará o passado, mas a criança tem que crescer e amadurecer para a dor passar, é difícil, mas criança sempre cresce.
Gosto de pensar que alguns finais acontecem para o nosso próprio bem. Não se extermina um câncer sem matar algumas células inocentes.
Uma hora ou outra todos os finais adiados irão se concretizar, nada pode durar pra sempre. Que façamos então uma boa escolha, que não percamos tempo e que vivamos o luto uma vez só, para que fantasmas do passado nunca ofusquem nosso futuro.
As vezes pensamos que a vida é um lindo conto de fadas,sempre com finais felizes, mas na realidade a vida é uma passe de mágica, pois é num simples passe de mágica que a magia floresce sendo boa ou ruim, com isso normalmente a vida transforma-se numa história que normalmente o final não é definido, pois somente o que é definido é o conto de fadas, já a vida é uma eterna transição e modificação que nunca sabe de fato o que vai aconter ou não.
Sou uma pessoa complicada, cheia de poréns, vírgulas, e tristemente também alguns pontos finais.
Tenho a péssima mania, dita como personalidade de mostrar meu lado obscuro antes de mostrar o colorido, como é muito comum entre os demais seres humanos, dotados de senso comum de que é muito mais lindo entregar as rosas ao invés dos espinhos. Pois é, mostro sempre os espinhos e acho que a rosa é premio por ter me suportado durante todo o percurso, se me merece, se me compreendeu, lhe entrego o mais puro dos prêmios, meu carinho, meu lado meigo, meu sorriso de confiança.
Talvez eu tenha lido contos de fadas demais, visto finais felizes demais..
Talvez eu só tenha esperado da vida demais!
Soube que te amava, não quando te quis pra toda vida mas quando te queria em todos os meus finais de dia...Soube que me amava não pelo seu pedido, nem pelo seu retorno.
Adoro animais
Do tipo, irracionais
Os racionais
Estão levando o mundo para os momentos finais
Tudo bem que faço parte do grupo
Dos animais que acelera o tempo
Da destruição
Do que foi criado com paciência e devoção
Qualquer coisa que não seja humano
É digno de admiração
Eu não sou anti-humano
Mas é o que sinto em meu coração
Já deixei de acreditar em conto de fadas, mas ainda acredito em finais felizes. Já não acredito mais em príncipes encantados, mas acredito em homens de verdade, que são capazes de fazer uma mulher feliz independente dos seus defeitos. Não acredito mais em 'para sempre', mas acredito em 'que seja verdadeiro enquanto dure'. Não quero o perfeito, porque ele não existe. Não quero o que me complete, pois quero o que me transborde. Eu quero o verdadeiro, eu quero o que me faça feliz.
Troco o 'Era uma vez' por um 'É dessa vez'.
A verdade é que não existem finais felizes, só tem final feliz a história que ainda não acabou. Se existe muita harmonia paz e calma... duvide. Nada na vida é tão ruim que não possa piorar.
Ainda é bom quando em certos momentos temos a esperança que há finais felizes e que sonhos podem se tornar reais, por mais improváveis que sejam.
Ficar "surdo e cego" podem ser os sintomas finais de uma doença extremamente grave – EID
Ego Inflado Descontrolado
Sensíveis choram nos finais dos filmes, sensíveis amam os brutos, sensíveis marcam encontros com o mar, sensíveis inventam verdades e regam vasos vazios. E daí, que choram escondidos, que brigam por desconhecidos, que são enganados, excluídos sós ainda que em meio á uma multidão. Sensíveis se importam tanto com o que os outros sentem, que quase não há tempo para se importar com que o outros pensam.
Caríssimo Neto Braga,
Nasci nos anos finais da década de 60, quando se exacerbava a importação de ídolos da música, da moda e até dos valores para nossa gente. Era chic ter calça Lee, ouvir Beatles e Rolling Stones, criar bandas com nome inglês, The Fevers, Blue Caps, marca USTOP. Sim! Começávamos a largar muito da bossa verde e amarela, passando a importar o que de fato devia nos importunar. Estávamos a permitir americanismos que, subliminarmente, manipulavam o sistema geral: capitalista dominador cujo Tio morava nos States... Mas também era chic parecer com eles!
Na roça, nossos heróis se mantinham igual, enfrentando secas, fomes, misérias, embora a superintendência do Desvio de Verba Pro-Nordeste, que por esse tempo, já mostrava suas barbichas, ou melhor, seus amplos bigodes, já maquiasse um pouco a realidade de nosso povo, mas que no fundo não passava de mais um coronel institucional a serviço de outros.
Tais heróis do campo, quando muito, ouviam o rádio de pilha e eram fotografados a preto e branco tal e qual a vida que levavam: “o preto no branco”, tudo às claras, a dura realidade, acostumados com a apregoação de um Deus que impunha estação severa de seca e flagelo sem fim, predestinados ao sofrer, mas que nunca desmereceram o solo que, com pés tão rachados quanto o local das pisaduras, numa cena telúrica inconfundível, compuseram as canções de suas vidas com garranchos, sol ardil, comida singela, viola ponteada como pingos ralos das chuvas miúdas do sertão, ajustadas ao piar dos pássaros.
Heróis sem o saber que continuavam a caminhada dos nossos lideres implacáveis do quilate de Antonio Conselheiro, dos beatos guerrilheiros, dos personagens asseverinados do engenheiro da poesia, João Cabral de Melo Neto, ou por outra, os retirantes das obras de Raquel de Queiroz, de Lins do Rego, outros seres ornados com as rimas de Moacir Laurentino, Cego Aderaldo, da coragem inata de Barbara de Alencar, de Jovita Feitosa, não nos forçando à evocação de mitos internacionais, embora ilustres como Luther King (americano), Mahatma Gandhi (indiano) ou até um deus olímpico para dar robustez ao caráter e nobreza dos nossos homens e mulheres, que, como já se pode ver, temos para exportar.
Não almejo chegar aos extremos do personagem ultrapatriota, “Major Quaresma”, de Lima Barreto, ao exortar um colega de trabalho que sonhava ir à Europa, dizendo-lhe: “Ingrato! Tens uma terra tão bela, tão rica, e queres visitar a dos outros!”
Creio que meu posicionamento não leve a desmerecer a valorização da cultura clássica, deixar de reconhecer o mérito de quem sabe o verdadeiro valor de ser exímio leitor, de amar os livros, o conhecimento, mas insisto, meu caro amigo Neto Braga, que se legitime o cerne da alma de marfim que todo sertanejo possui.
Com chave de ouro, para bem fechar uma página, vou de Patativa, renome internacional saído das brenhas do Assaré, que homenageia a natureza sertaneja, partido do seu eu coletivizado.
“ Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome, pergunto o que há?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará.”