Fim de Ano Escolar para Crianças
O cigarro é o revérbero da criança autômato equimoseada que abandonou sua chupeta,
O álcool é o inconsciente dos pomos platônicos,
O baque é o mediato das vacinas dadas e suportadas pelas aprazíveis enfermeiras,
Mas e a dor? de onde ela vem?
Ou será que nunca lhes atingiu a ideia de que nada faz sentido?
Eis então a lógica para destoar meu apontamento.
Mas, será, que, a, lógica, faz, sentido? Ou será que precisa de mais vírgulas?
Percepção
Será que existe, lá no íntimo, profundo e pleonástico da nossa consciência
Um verdadeiro sentido? Será que existe uma razão lá, bem lá no fundo?
Aliás, já reparou hoje no espelho como é estranho viver?
Não afirmo nem desafirmo
Mas que o cigarro, o álcool e o baque....
Olhando o passado, percebo o quanto me enganei com a vida.
Quando criança, nunca acreditei em papai Noel, coelhinho da páscoa, bicho papão... Mas acreditei no amor. Sempre acreditei que, por mais que eu nunca o visse, ele existia. E hoje, mais de onze anos depois, percebo que troquei símbolos ilusórios de datas comemorativas por uma ilusão bem maior.
Onde está aquele amor em que eu acreditava?
Por onde anda aquele sentimento puro, verdadeiro, sincero, irreal... Aonde?
É. Talvez por ser irreal, ele realmente não exista.
Hoje percebo que aparência importa sim. Que status influem sim. Que palavras importam sim. E que algumas palavras, textos e canções, por mais lindos que pareçam, são apenas tentativas de descrever um sentimento que na realidade nunca existiu. Não na sua essência.
Esse despertar é doloroso. É triste. Me confunde.
De tanto a vida tentar, sinto que ela conseguiu destruir minhas ilusões de ser feliz. Ela conseguiu abrir minha mente para o que estava bem diante dos meus olhos durante todo esse tempo.
Mas eu estava cego. Estava fechado no meu mudinho com o pensamento de que eu poderia escrever minha própria história e terminá-la com o clichê: “E foram felizes para sempre.”
Que pena! Isso acabou. Hoje percebo que finais felizes só existem em alguns filmes e livros. E que na vida, a solidão é a única certeza que eu posso ter.
Se você pensa que esse é mais um texto de uma pessoa desesperançada, está muito enganado. Essas palavras são um raio x do meu interior.
Acredito que você nunca saberá como eu em sinto ao escrever isso, mas se essas palavras te tocar, saiba que a minha tristeza é dez vezes maior do que você possa imaginar.
Não sei se estou equivocado em minhas opiniões, mas a verdade é que eu estou destruído por dentro.
Mas se eu estiver errado, espero que alguém chegue e junte esses cacos que restaram das minhas ilusões e consiga reconstruí-las. Enquanto ainda há tempo.
Nossa vida é como uma prova escolar, cada dia que vivemos aprendemos um pouco sobre nós mesmos. Precisamos estar sempre atentos a cada lição de vida, pois qualquer vacilo pode atrapalhar a continuidade do aprendizado e consequentemente com o tempo essa lição será cobrada, e como responder corretamente? , Por isso estude enquanto a tempo, procure aprender e conhecer mais de você mesmo.
Pois bem, crianças são como animais, quando vocês judiam bastante, a gente acaba acreditando que somos realmente culpados por aquilo. A isso eu me comparo, e assim me punirei, assumindo uma culpa que - não sei se sei - é minha. Vejo pessoas saindo para festejar, tão deslumbrantes, que me dá uma pontada de inveja automática, pois não consigo ser assim. Não consigo ver o - bonito - nisso. O bonito em tirar a camisa no meio de uma festa, pra mostrar a todas o quanto ele teve que malhar. O bonito em mulheres de roupas curtas descendo até o chão e rindo da cara daqueles lobos famintos por carne grossa. O bonito em beijar um aqui, outro ali, e alguns no meio termo, só pra não ficar entediante. Isso pra mim, chega a ser até feio demais. Essa frieza em que o mundo vem se tornado, e parece que aonde eu vou, estou andando sob os IceBergs - ainda não explorados - do Polo Sul. Porque não consigo mais sentir a chama viva do sentimento. Pessoas traindo, mentindo, humilhando... tão cruéis que chegam a achar graça disso. E aí eu me pergunto: Qual a beleza dentro desse corpo cheio de curvas, se a mente está completamente vazia? Pessoas que nunca leram Quintana, que nunca suspiraram com Caio F. Abreu, que nem imaginam a história de Lispector, inventam de dizer o nome deles porque "ouviu falar por aí".
Me culpo por ser completamente diferente, por ter que escolher dentre me modelar pelo que a sociedade quer ou ser excluído, reprimido, criticado. Que se exploda essa minha culpa desenvolvida por essas tais regras. Fisionomia acaba, físico sarado acaba, dinheiro, meu amor, ainda que muito... acaba. Eu quero mais é continuar amando a beleza que eu vejo em um sorriso sincero, em cabelos naturais e em corpos macios. Nada duro, nada estéticamente planejado. Quero o natural, quero o interior, quero mais desse cheiro que tem as ruas quando chove. Mais desse choro infantil do primeiro amor, mais dessas lembranças gostosas que nos fazem rir até doer a barriga.
E agora, sem mais delongas, me perdoem os homens que lerem este texto. Pra que dar atenção ao meu pseudo-pensamento insano? Sou apenas um garoto...
(Minha parte masculina - Senhorita Gobeth)
Quando eu era criança, e via aqueles casais felizes, transparecendo felicidade, eu só queria logo crescer pra vivenciar aquilo. Mas hoje em dia, eu só queria voltar no tempo, e ser aquela criança ingênua, que brincava de boneca ao som de músicas de ninar, e a coisa mais importante era o colinho da mamãe. Aquela criança que não sabia o significado da palavra amor, e nem a dor que ela pode trazer.
Me lembro do dia em que eu te conheci, foi na escola, terminando o recrio, e você e sua amiga veio até mim, eu estava com o casaco da addidas vermelho, escostado na parede da porta da sala, e você veio e apertou minha mão e perguntou meu nome, e eu te disse, e perguntei o seu e você me disse, no dia seguinte eu esqueci, apos eu te chamei de outro nome e você disse que não era você não, depois passei dois dias tentando lembrar seu nome, dai lembrei e te chamei, e dai você veio, e me deu um abraço, desse dia eu sempre vou lembrar =D
Tragédias! Tragédias! Tragédias! Basta! Quero o brilho dos olhos de uma criança, isso sim alerta à vida.
MEMÓRIAS DE UM NATAL PASSADO
Quando era criança, na noite de Natal, eu e o meu irmão partia-mos nozes e avelãs no chão de cimento da cozinha, à luz do candeeiro, enquanto a minha mãe se ocupava das coisas que as mães fazem.
Depois, quando o meu pai chegava, jantava-mos como sempre e seguia-se, propriamente, a cerimónia de Natal. Naquela noite o meu pai trazia um bolo-rei e uma garrafa de vinho do Porto.
Sentados à mesa, abria-se a garrafa de vinho do porto e partia-se o bolo em fatias. O meu irmão e eu disputava-mos o brinde do bolo-rei comendo o mais rápido possível na expectativa de nos calhar em sorte não a fava, mas sim o almejado brinde!
Eu não gostava daquele bolo, mas naquele tempo a gente “não sabia o que era gostar”, como dizia a minha mãe quando nos punha o prato á frente. Assim acostumada, engolia rapidamente as fatias para não sentir o sabor e ser a primeira a encontrar o brinde.
O meu pai, deleitava-se com o copito de vinho do Porto e observava calado as nossas criancices.
Depois, vencedor e derrotado continuavam felizes, na expectativa da verdadeira magia do Natal. Púnhamos o nosso sapato na chaminé, (eu punha a bota de borracha, que era maior), para que, á meia-noite o menino Jesus pusesse a prenda.
Íamos para a cama excitados, mas queríamos dormir para o tempo passar depressa e ser logo de manhã. Mal o sol nascia, corria-mos direitos ao sapatinho para ver o que o menino Jesus tinha la deixado.
Lembro-me de chegar junto á chaminé e encontrar o maior chocolate que alguma vez tivera visto ou ousara imaginar existir. O meu irmão, quatro anos mais velho, explicou-me que era de Espanha, que era uma terra muito longe onde havia dessas coisas que não havia cá.
O mano é que sabia tudo e, por isso, satisfeita com a resposta e ainda mais com o presente, levei o dia todo para conseguir comê-lo a saborear cada pedacinho devagar!
Depois, não me lembro quando, o meu irmão contou-me que não era o menino Jesus que punha a prenda no sapatinho, mas sim o nosso pai. Eu não acreditei e fui perguntar-lhe.
O meu pai, que gostava ainda mais daquilo do que nos, respondeu de imediato que não, que era mentira do meu irmão, que ele sabia lá, pois se estava a dormir…
Com a pulga atras da orelha, no Natal seguinte decidi ficar de vigília, para ver se apanhava o meu pai em flagrante, ou via o Menino. Mas os olhos pesavam e, contra minha vontade e sem dar por isso, adormecia sempre e nunca chegava a apurar a verdade.
Na idade dos porquês, havia outro mistério á volta da prenda de natal. É que eu ouvia dizer aos miúdos la da rua, que eram todos os que eu conhecia no mundo, que lhes mandavam escrever uma carta ao menino Jesus a pedir o que queriam receber. Maravilhada com tal perspetiva, apressei-me a aprender a ler e a escrever com a D. Adelina, que era uma senhora que tomava conta da gente quando a nossa mãe tinha que ir trabalhar e que tinha a 4ª classe, por isso era muito respeitada sobre os assuntos da escrita e das contas.
Antes de entrar para a escola primária já sabia ler e escrever mas isso não era suficiente.
Faltava ainda arranjar maneira de fazer chegar a carta ao seu destino. Para mim, aquilo não resultou: da lista de brinquedos que eu conhecia, não estava nenhum no meu sapato.
Questionada, a minha mãe, que tinha ficado encarregue de dar a carta ao Sr. Carteiro, disse-me que o menino Jesus só dava prendas boas aos meninos que se portavam bem. Mas eu já era uma menina crescida, já tinha entrado para a escola primária (em 1974) e sabia que os que recebiam brinquedos eram diferentes de mim noutras coisas também.
E foi então que, depois de ler a carta dos Direitos da Criança que estava afixada na porta da sala de aula, soube de tudo. Senti-me triste, zangada e confusa: Porque é que escreviam coisas certas e as deixavam ser erradas? Eles eram grandes, podiam fazer tudo! Se estava escrito ali na porta da escola era porque era verdade e importante, igual para todas as crianças como dizia na Carta. Que tínhamos direito a um pai e uma mãe lembro-me. A partir dali todas as coisas que a que a criança tinha direito, eu não tinha, e isso eram por culpa de alguém. Experimentei pela primeira vez um sentimento que hoje sei chamar-se injustiça.
Tranquilizei-me com o pensamento de que um dia viria alguém importante e faria com que tudo aquilo se cumprisse. E eu aí esperar. Era criança, tinha muito tempo: nascera a minha consciência cívica.
Compreendi que os adultos diziam as coisas que deviam ser, mas não eram como eles diziam. Nesta compreensão confusa do mundo escrevi nesse primeiro ano na escola a minha carta ao menino Jesus e deixei-a eu mesma no sapatinho. Era um bilhete maior que o sapato e dizia assim:
“Menino Jesus
Obrigada pela prenda.
Vou pensar em ti todas as noites mesmo depois do natal passar e espero por ti no natal que vem. Gosto muito de ti.
Adeus.”
E rezei a Deus que, houvesse ou não menino Jesus para por a prenda no sapatinho, me trouxesse todas as noites o meu pai para casa.
Nisa
Setúbal, 29 de Novembro de 2012
As cinzas das horas
O tempo que voa
á vida é uma escola, nem sempre uma escolha
em livros de histórias, cadernos sem folhas
a vida não é igual pra toda pessoa.
Brasil! meu Brasil: é á mão de cada cidadão!
CRIANÇAS...
Crianças seres misteriosos curiosos.
Arrepio só de pensar já fui um curioso.
Crianças quando brincam correm como se o folego nunca lhes faltasse,
a como eu queria novamente correr e não me cansar.
Crianças com seus olhares de quem o mundo as pertencesse,
a como eu já fui dono do mundo.
Crianças do medo a esperteza destreza,
a como já fugi com destreza.
A criança em mim se foi,
restou o medo do mistério de buscar o ar pela última vez.
Sinto falta da inocência de antigamente, onde crianças acreditavam em Papai Noel ou a velha história da Cegonha. Lembro do tempo em que passava horas no karaokê ou brincando descalço na rua, onde empinava pipa ou brincava de pega se esconder e outros jogos que faziam passar o dia mais rápido. Era como se o amanhã não fosse tão importante. Aproveitava o dia de hoje, não tinha muita preocupação em saber se o dia de amanhã iria chover ou não, porque com ou sem chuva iria aproveitá-lo da mesma maneira.
Sinto falta de ver a inocência das crianças, das músicas bestas que me divertiam por horas em uma festa, de saber que as festas sempre acabariam cedo. Hoje em dia vejo barbaridades que muitos que realmente deveriam estar mais preocupados por serem mais velhos, simplesmente se acostumaram. Como sempre, se acostumam com tudo o que acontece. Crianças que hoje em dia cantam e dançam aquilo que eu na idade que tenho não tenho nem a coragem de dizer ou fazer. Crianças com a inocência perdida é o que eu vejo andando pelas ruas de adultos.
Sou uma criança que esqueceu de crescer, gosto de desenho animado, gosto de parque, gosto de algodão doce, gosto de brinquedos e gosto de colo.
Sou enigmática sou dramática
Sou omissa ou expressa,
Sou criança sou adulta
Batalhadeira e astuta
Fiz-me mulher mais cedo
Precocemente amadureci
E algumas coisas da vida
Simplesmente ficaram por ai
Hoje busco compreensão
De uma história alterada
Dos rabiscos que transcrevi
Ao passo de tudo que vivi.
A vida me forjou mulher
De brado pulso me tornei
Honrosa e sincera garota
Ao mundo me apresentei.
Há um iminente risco de as escolas de tempo integral no Brasil se assemelharem a um presídio em que os detentos são depositados sem a devida estrutura e recursos adequados à efetiva formação social e (re)educativa à qual se propõe.
Pior coisa do mundo é ver o olhar triste de uma criança causado pela fome e miséria... Causadas pelas guerras sem sentido comandadas por homens rígidos e impiedosos que nunca perceberão que a guerra só terá fim quando um dos lados desistir...
Na minha opinião, a Bíblia deveria ser livro didático em escolas, pois nela você encontra de tudo: História, Matemática, Geografia, Filosofia, Ciências e etc.
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