Fim de Ano
O Natal não começa perder o sentindo quando vai sobrando espaço na mesa por pessoas que partiram e sim pela ausência de pessoas ainda vivas, mas que não foram convidadas ou que de certa forma foram esquecidas. Para essas pessoas com o passar do tempo essa data vai perdendo a magia e se torna mais um dia comum igual a qualquer outro.
O tempo.
Quem determinou que o tempo fosse contado, e dividido, em horas, dias, semanas, meses e anos, teve uma ideia organizacional muito boa! Imprescindível! Além de organizar, conseguiu algo muito mais importante! Renovar a esperança, antes que chegássemos, ao limite da exaustão, após doze meses de trabalho.
Porque essa tal “passagem do tempo” por nós, na realidade, não existe. O tempo é um fugitivo incansável. Nós é que passamos por ele, que placidamente, nos ignora! O universo nos ignora, nós é que o admiramos e interrogamos, em nossa infinita perplexidade. E essa astúcia criada por alguém muito sábio, de fim de ano, e votos de renovação ajuda. É muito. É só um artifício, uma ilusão, que nos traz um fôlego, uma vontade de trocar a roupa da alma e recomeçar como se fosse a primeira vez. A primeira vez! Com toda a sua mágica e mistério! A primeira vez que se faz amor com alguém, o primeiro beijo! A primeira vez em um novo lugar, com uma nova roupa! O primeiro olhar, a primeira vista.
Toda primeira vez é embalada com atenção, cuidado, magia e amor. Por isso reinicia-se. Por isso a necessidade visceral de reiniciar. Ano após ano. Como um marco. Como uma estaca enfiada na terra, que sinaliza, o que ficou para traz e a novíssima página todinha em branco para se desenhar a vida. Como um portal para uma nova, única e fresca, primeira vez!
Adriana Carvalho Adam
Uma pequena mensagem de fim de ano, antes de brindarmos
para o 2022 que está chegando...
UMA PEQUENA MENSAGEM DE FIM DE ANO
Marcial Salaverry
Sempre aquela pontinha de otimismo e esperança inundando nosso interior,
esperando que todos se lembrem de como é lindo o amor...
E a ele se dediquem com mais carinho, dando-lhe o real valor...
Que o ano que finda, encerre-se levando tudo o que de mau aconteceu,
e que o ano que aí vem apenas traga bons fluidos...
Que a manchete seja: Acabaram-se as guerras... A PAZ VENCEU...
Ou então, melhor ainda...A PANDEMIA ACABOU...
Utopia? Decerto... Mas não custa pelo menos imaginar... e desejar...
E pelo menos a nossa parte, com fé, amor e carinho, executar...
Tomando os devidos cuidados, para que assim,
possamos viver novamente livres de traumas, enfim...
Marcial Salaverry
Dias que faltam.
Penso nas brisas que virão.
Nas que passaram, jogo pelo caminho as cascas amassadas e sigo, só levo comigo as que consigo renovar, as que realmente importam regar.
Rivaldo Barros.
A chegada do fim do Ano é mais um tempo para olharmos para trás seriamente
e verificar tudo o que passamos neste período e aprender com os bons e maus resultados.
Criar, através deles, um novo caminho para o próximo ano.
Tentando andar por lugares de luz para não tropeçar na escuridão.
Caro amigo,
Como dizia os conservadores cardeais italianos na década de 50 - "com o coração dançando no peito", o exorto no crepúsculo de 2021 com a mesma nostalgia, como se o coração dançasse em meu peito, para que no ano vindouro, você retire os seus sonhos do campo imaterial das ideias e os concretize na práxis racional da realidade, uma aparente inversão da metafísica aristotélica, e que seus dias sejam felizes, pois as lágrimas vão vir fragilizar a sua alma mas o seu sorriso será farto e tudo renascerá em 2022.
Com afeto,
Geraldo Neto.
Às 18h do último dia de 2021.
Que a virada deste ano corresponda ao início de grandes transformações na sua vida
Por Soraya Rodrigues de Aragão
Mais um ano se aproxima e arquetipicamente mais uma vez renovamos nossos votos, esperanças e promessas, sendo um momento muito propício para reflexões profundas, do que temos feito conosco, com a nossa vida, dos nossos sonhos e projetos.
De alguma forma, é um momento de cura interior, de libertação, de renascimento, de transmutação. Simbolicamente deixamos morrer parte de nós para promovermos um divisor de águas e nos darmos novas chances para nos renovarmos mais uma vez.
Porém, na maioria das vezes nos esquecemos de nos conectarmos conosco para promovermos uma escuta sincera, profunda e catalisadora de transformações das nossas reais necessidades em nosso projeto de vida neste mundo. Quantas vezes temos reverberado no autoengano, sendo portanto necessário abandonar o campo de batalha infrutífero que somente nos causam dor, confronto, desconforto, desgaste e derrotas, sendo materializado por pessoas que queremos ao nosso lado a todo custo, lugares desabitados de sentimentos, circunstâncias em que não há reciprocidade e propostas decadentes que gritam em seu último suspiro por serem abandonadas.
Isto porque de algumas experiencias praticamente restou somente a nós mesmos e a nostalgia de vivências que não poderão mais retornar, somente ressignificar.
Quando abandonamos o confronto com batalhas infundadas, nos desarmamos com a vida para podermos então voltar o nosso olhar para o autocuidado e para outras perspectivas de tudo o que nos acontece. Infelizmente decidimos muitas vezes por não desapegarmo-nos, negando-nos que a vida nos presenteie novas chances para nos sentirmos integrados e vivos mais uma vez.
O desfecho de uma etapa da vida é como um pôr do sol que acena a sua despedida, em que suas cores vibrantes se desvanecem no desbotar de cores imprevistas, em que o calor e a luz natural da vida se declinam para então podermos contemplar o brilho das estrelas, nos proporcionando sentimentos que se abraçados com a alma, nos trazem uma felicidade nostálgica de termos vivido cada momento daquela etapa com todos os seus aspectos e aprendizados que nos possibilitam agora um sentimento de gratidão e serenidade do que foi finalizado em consonância com as leis naturais da vida.
Esta fase nos envolve em um certo recolhimento e introspecção que proporcionam uma reavaliação da nossa história, dos desafios superados e do crescimento que nos foi proporcionado. Contudo, se houver resistências, se não aceitarmos as correntes desbravadoras do rio da vida que segue seu curso que tudo lava e que tudo leva, se perdurar a revolta (in)contida no sentimento da perda, em lutar contra o fluxo do que vira pó’ do nada, poderemos incorrer no erro de interpretar cada etapa que se finda nesta ciclicidade da vida como desilusão, turbulência, desalento emocional, tempo perdido, injustiça, constrangimento e falimento. Em outras palavras, não aceitamos o fim.
No entanto, todo fim traz consigo um novo recomeço, caso nos libertemos do que ficou no passado.
Deste modo, o melhor a ser feito é nos permitirmos adentrar em novas estradas e outros caminhos para que estes nos acolham e nos conduzam para novos significados de vida.
Ninguém permanecerá eternamente na mesma escola infantil, tampouco na mesma metodologia, pois é preciso avançar. Neste contexto, não poderemos viver harmonizados num espectro inexistente, em espaços vazios, em lugares sombrios ou desabitados, em circunstâncias que foram desconfiguradas. Não se pode haver progresso quando sempre aprendemos a mesma lição, degustamos os mesmos sabores, atravessamos as mesmas pontes ou desbravamos os mesmos trajetos.
Sendo assim, é contraproducente nos acomodar naquilo que já se conhece, que já se sabe, que é mais cômodo, embora não seja a melhor proposta para nosso crescimento existencial.
Nesta espiralidade da vida, tudo está em constante movimento e transformação, portanto permitamos desapegar-nos do que se foi, do que feneceu, do que já não oferece abrigo, dos sentimentos endereçados a pessoa amada e que não ressoam, que já não encontram eco ou reciprocidade.
Este é o momento de vislumbrarmos a imagem da nossa essência espelhada nas águas cristalinas da nossa própria verdade para percebermos que é necessário desapegar-se do que se foi para empreender outras direções.
Portanto, o melhor a ser feito em alguns casos é não teimar com o fluxo da vida, não discutir com as leis existenciais, com o que somente deixou um espaço vazio e que precisa ser preenchido de novos sentidos. Por que o nosso medo, muitas vezes não é somente a questão da perda em si, mas principalmente em saber lidar com a ausência, com o vazio que ali restou.
Que este ano nos surpreenda em prosperidade, que transformações profundas e positivas aconteçam em nossas vidas, mas sobretudo que as dinamizemos.
E que nestas experiencias que nos impulsionam para um novo ciclo, que possamos nos conectar para a construção do nosso “eu” inacabado e impermanente, sempre receptivos e gratos pelo que há de vir e pelo que já se foi. Que possamos celebrar a vida sempre em expansão, mais uma vez e a cada instante.
E que esta nos oferte mais um brinde e que nos dê boas vindas ao novo que se inicia.
Mais um ano que se finda!
Mais um ciclo a se fechar e outro pronto para dá início.
Olhamos para os 365 dias vividos e podemos agradecer por estarmos vivos e saudáveis, é momento de refletirmos quem passou, saiu, surgiu ou permaneceu em nossas vidas.
É hora de pararmos para pesar e medir o que somou ou não nesta trajetória de 2021.
Um ano diferente de todos os outros, atípico, mas foi desbravado, vivido e superado!
Aprendemos, percebemos, entendemos, vimos e constatamos:
Aprendemos que "para estar junto não é necessário estar perto".
Percebemos que laços sanguíneo não definem família.
Entendemos que a maioria das pessoas que te rodeiam não querem sua felicidade.
Vimos que é necessário amar, sorrir e festejar em silêncio.
Constatamos que amizade não é feita pelas risadas compartilhadas, e sim pelas lágrimas e frustrações superadas.
Um ano diferente com pessoas iguais, apesar disso sairemos deste ano: renovados, revigorados e mais fortes. Tendo a certeza de querer por perto quem soma, multiplica e divide. Deixando de lado quem diminui e não acrescenta.
Foi tempestivo, doloroso e ao mesmo tempo renovador.
Muitos de nós perdemos pessoas;
Choramos;
Caímos;
Superamos;
Amamos;
Sorrimos;
Brincamos;
Fomos felizes;
Passamos pelo fogo e agora temos a oportunidade de planejarmos e vivermos bons momentos em 2022 com a certeza de que somos mais fortes.
Selecione quem deve estar perto, quem merece compartilhar sorrisos e alegrias, quem é digno de sua amizade e atenção.
Escolha 2022 motivos para não escutar o que falam de ti por interpretarem de maneira errônea quem você é.
Cante!
Dance!
Ore!
Sonhe!
Seja feliz!
Feliz 2022!
Sou extremamente grata, meu divino Criador, pelo termino deste ano pelas experiências felizes e também pelos infortúnios que contribuíram para o meu crescimento pessoal.
POEMA DE NATAL: E O VERBO SE FEZ CARNE
Ser, estar, ficar e permanecer, na Língua Portuguesa, são verbos de ligação. Expressam um estado permanente, transitório ou aparente e podem indicar uma mudança ou continuação de estado.
Ser, estar, permanecer, ficar, tornar-se, andar, parecer, virar, continuar, viver…
neste poema nos ajudam a entender e expressar o que é o Natal.
É sobre SER, ser pai, ser mãe, ser filho, ser amigo, ser irmão, ser família, e acolher, quem? Quem quiser, quem puder, quem vier .. Mas atentem-se é sobre SER e não TER.
É sobre ESTAR, estar aqui e agora, estarmos juntos e agradecer… por este lugar, por este momento, por esta oportunidade de união, de festa, de celebrar, de comer, de brindar e de cantar ,de sorrir, de rezar e até chorar, por que não?
E sobre estar, e não passar, passar é fluido, é instantâneo, pouco agrega e deixa vazios. Estar, é mais forte, exige escolhas, exige compromisso, requer presença.
É sobre FICAR, ficar alegre, ficar emocionado, ficar com saudade de quem não pode estar AQUI, mas está em outro lugar. A nos olhar, a nos esperar , a nos cuidar.
E ficar com vontade de que o tempo volte, de ver nossas crianças pequenas novamente a esperar pela chegada do Papai Noel, é sobre ficar um pouco com nossos, com aqueles que nem sempre podemos estar, é apreciar o que temos, o que somos e o que ainda podemos SER.
E sobre PERMANECER, permanecermos juntos, mais um ano, com fé, com esperança. É sobre tornar-se melhor, mudar, doar -se, ajudar, compartilhar, evoluir para fazer o nosso estar no mundo e fazer valer a pena.
É sobre continuar a viver, com todas as dificuldades e fazer de cada momento um evento especial.
Enfim, os verbos de ligação nos lembram do tempo em que o Verbo Divino nasceu entre nós. Natal é fazer a ligação acontecer, a ligação entre o divino e o terreno, pois foi para isso que o Menino Deus nasceu, e renascerá novamente neste noite.
E renascido, depende de nós, se será um estado permanente ou transitório, aparente ou verdadeiro.
Natal é sobre ser, estar, ficar e permanecer, em busca da presença divina em nós, assim é o Natal.
No derradeiro verso do ano que se esvai,
A saudade se entrelaça com a esperança que sai.
"Último poema do ano", ecoa a despedida,
Mas no coração, a promessa de uma nova vida.
Entre as linhas que traçam o destino incerto,
A poesia persiste, como um eterno concerto.
Depois nunca mais, mas sempre um recomeço,
Na dança do tempo, o poeta encontra seu endereço.
365 de 365 dias e até aqui a mão do Senhor me sustentou. Nenhum dia sequer ele me deixou, só tenho gratidão.
Dizem que eu vivo no meu mundo. Mais um ano se finda e eu me pergunto: Quão distante estou daforça gravitacional da cultura egocentrista deste planeta? (Walter Sasso)
Só há dois períodos na qual as pessoas se unem em suma consonância: às tragédias e as datas comemorativas!
231224
Um dia, a jornada tem fim
cerra o estirão e aquele alvorecer
o perfume viçoso das flores, assim,
em um piscar de olhos
escolher e ser
a lembrança ainda tem, a falta sim,
ainda
e na berlinda o tempo que leva cada suspiro
cada sonho, sentido, sensação, enfim,
envelhece quem permanece
na prece, sugiro:
boas memórias, coração, pois,
um dia a jornada tem fim
e o que fica é a boa ação
e nada de ruim, nem dor
para uma favorável canção
então, cante o amor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Dezembro 2024 – Araguari, MG
Natal: instante sublime de refundação do mundo que, ao chegar num ponto de inflexão, manifesta a revelação plena do amor de Deus, na forma de Deus. Deus-bebê, homem-Deus que veio mudar o jogo e nos livrar do jugo para, juntos e livres, vivermos e vencermos com Ele.
Os homens, mulheres e anjos que testemunharam os eventos que cercaram o nascimento de Cristo, nos deixam como herança reações que, de forma alguma, são reações temporárias. Não são reações casuais, são reações permanentes. No momento em que eles olharam fixamente para o Cristo Criança e glorificaram Seu Pai celestial, as reações foram intensas e apaixonadas. O grande desafio deixado a nós, eu presumo, é que todas as nossas celebrações de Natal deveriam incluir traços ou elos de todas as reações exibidas por eles – exaltação, milagre, adoração, obediência, contentamento e testemunho. Se nossas reações forem iguais a estas, cortaremos o caminho através de todo brilho e glamour que tornam invisível a Criança do Natal, abafando os sons desta época do ano, cada vez mais secular e comercial. E então lembraremos da beleza de Cristo que é o Natal.
Nós nos contentamos com os benefícios e bênçãos do Natal, mas Ele é o Natal. Apreciamos as lembranças e os enfeites dos presentes de Natal, mas Ele é o Deus terno, que traz verdadeira alegria e vida eterna. É verdade que podemos ser absorvidos pelos papéis decorados e listas de presentes, mas o bebê embrulhado em panos no Seu nascimento ainda é "o maior Presente de todos".
Que as festas de fim de ano te permita se conectar com o verdadeiro sentido do natal. Te renovando as esperanças e a certeza da presença crística que vive e reina no coração de cada um de nós!
Tão importante quanto renovar os votos de ano novo é se comprometer com as mudanças que realmente o tornará novo!