Fim
1ª Pedro 1.19-20: Mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós. Tudo é pela graça do inicio ao fim. Ef 1.4; Ap 1.8; Ap 13.8.
Deveria existir um lugar onde poderíamos voltar
Sempre que a saudade vem
E nossa vontade é de nos conectar
Com pessoas que não estão mais nas ruas
O mundo das pessoas que amamos
Que evoluíram e se foram para um outro plano .
"Coração Nômade"
Alexandra Barcellos
Aceite com dignidade o fim de um relacionamento. Se a pessoa não está com você é porque não te quer.
Muitas vezes me encontro atormentado pelos medos e traumas do passado. Sentimentos que marcaram, que feriram... Vem trazendo desesperança, desconfiança, tristeza, ansiedade... Fico prostrado, imóvel, como uma força que não me deixa levantar... Mas sempre vejo que sobrevivi a mais um fim do mundo.
Uma vez eu li em algum lugar queas coisas se aceitam,mudam ou deixarmos ir. Na dúvida vou escolher as três: Eu aceito que não posso mudar mais nada e deixo ir embora.
Orgulhosa, egocêntrica, manipuladora e extremamente fria com as palavras quando magoada ou ameaçada
O que me faz pensar...
Sera que ela ja amou? Por que na sua presença ela se sente tão vulnerável? Sera que é medo do amor? Medo de estar exposta?
Ao que faz chegar a conclusão que...
Ela tem medo, medo do que esse turbilhão de emoções pode fazer com ela, calma desacelera, ela nunca deixou exposto seus medos, suas fraquezas e pontos fracos assim dessa maneira
Ela não vai dizer que sente sua falta se você partir e nem vai aceitar as lágrimas de saudade, ela não vai apagar memórias só algumas marcas
Mas ela sabe que só alguém como você pode a destrui-la
Sobre Luz e Sombras
"Altruísta, a luz prefere a sutileza de iluminar constantemente o ambiente todo, ao glamour de ser por alguns momentos um foco inconstante que pode ser apagado ou desligado a qualquer momento."
Kate Salomão
LIBERTE-SE
Os últimos resquícios de luz solar se tornaram memórias
Um vento seco deixava beijos ásperos na minha pele sussurrando pesos e histórias
Nuvens escuras se reuniam pesando o azul escuro do firmamento
O mundo se recolhia em cândida letargia e inócuo lamento
As paredes enquadravam um mundo de sentimentos que já não me cabia
Os móveis cantavam em tons roucos que eu não me permitia
Eram marcas de eras douradas que a ferrugem corroeu
Melodias encantadas de um sonho que a realidade varreu
O silêncio gritava como testemunha pungente de todas as risadas que ouviu
A quietude tinha o gosto de beijos e cheirava como cada gota de perfume que caiu
Tudo e nada se envolviam em um mundo amorfo e sinfônico
Cantado por um casal de desconhecido em um tom anacrônico
Em meio a balbúrdia ouvi um riso que não fazia parte daquele final
Procurei sua fonte, incerto de querer descobrir, e cheguei a um estranho vitral
Havia luzes amareladas forçando entrada e lançando luz no meu chão
Caminhei penosamente mas cheguei até lá e tive a mais bela surpresa, o mundo ainda brilhava ao alcance da minha mão
Não queriam me deixar, me prendiam em fios ásperos de memórias e sonhos que não vão mais servir
Mas eu deveria partir, em algum momento todos devemos ir
As ruas estavam iluminadas e uma música qualquer soava por uma janela aberta
Caminhei, corri, voei sem me preocupar com rumo ou direção certa
Não era um lugar qualquer, era meu mundo de trilhas enlameadas e preciosas escolhas
E não era apenas uma vida, era minha vida que brilhava no redemoinho daquelas pálidas folhas
Era eu como queria e escolhia ser enquanto dançava e chorava sob o sol nascente
Eu era passado, futuro, amores e dores, a essência de tudo cozido no coração de uma estrela cadente.
INVERNO
Suspiros etéreos deixados ao acinzentado do infinito celestial
Passos titubeantes que se unem a sonata lúgubre tocada pelas folhas que caem ao toque invernal
Flocos frios repousam docemente sobre o musgo pálido como um tapete fino
E beijam meu rosto, congelando sensações que desmoronam sem destino
Bóreas canta pelos galhos ressequidos melodias de um mundo já esquecido
Unindo-se à sonata das folhas e ao gorgolejo outonal de tudo que foi perdido
A vida para, se recolhe e almeja por uma luz que parece ilusão
As sombras sobem, pedindo segredos e encantos, enrodilhadas e inacessíveis à canção
O calor se torna raro, áspero, uma fortaleza difícil de alcançar
O frio se estende belo, insensível e absoluto endurecendo o coração e empalidecendo o olhar
Uma beleza magnânima, perigosa e insensível, um leito majestoso para o final
Inverno, dama pálida de toque agudo, algoz derradeiro do que é mortal.
Vocês, precavidos, são todos tão sem imaginação. Não fazem ideia do que o fim do mundo vai trazer. Mas posso dizer uma coisa. Vagem enlatada não vai salvar ninguém.
tudoOnada
...e tudo tem a haver com aquele momento
que nem é luz nem sombra
que nem fala nem cala
qual nem ódio ou amor
ou ainda nem chega nem foi
muito mais chora o riso
de ter que a ver
com tudo
com nada
em momentos sem mentes
em sementes germicidas
em fraticidas holocaustos
nem visão
nem audição
audiência sim
com tudo
com nada
tu do não dá
enfim
fim
piu
Como é que se diz isto a alguém?
Diz-me com que olhos te devo falar?
Se com os que tenho,
Ou com os que t’estão a deixar?
Que poções tenho de beber?
Que marés devo navegar
P’ra que possas entender!
Palavras são pedradas!
Perguntas vazias...
Respostas não dadas…
Resvalámos, sem saber
Que a dor é deste tamanho
E não da que devia ser!
Como olhar um olhar caído?
Como pedir que sorrias,
Se sorrir não faz sentido?
Como dizer a um coração,
Que metade de ti nos une,
Mas a outra não!
Como é que se diz isto a alguém?
Como dizer o que não se diz a ninguém?
Que o fim vai começar...
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