Filósofos
Não, eu não abandonei ninguém...
Não, eu não faço conta de pontos por partes de ninguém. Se estou só. não é uma preferência ou opção, muito menos substituição como muitos pensam. É acaso? Seja lá o plano de vida universal que desdenha, debulha a minha volta. Forças positivas ou não, eu (insignificante que sou) não posso mudar seu trilhar. Apenas e só apenas seguir o caminho. O Caminho mais medíocre que em matéria trilhamos para aprender. A vida.
Teia do Fantasma
Um fantasma acariciando suas vestes.
Um bicho seda se espreguiçando no meio de um favo de mel.
Tecendo ruidosamente uma teia de aranha confortável.
Tentando capturar ele mesmo.
Saudades
Queria rimar faltou-me os versos
Pensei em ser lagrima, mas fui palavra
Tive sede, fui água. Sal de sol. Terreiro
Quando fez o dia resolvi uma dor
Tirei um peso. Larguei o aço. Coloquei corrente
Libertei-me de grilhões. Contei mentiras
Virei devoto. Procurei pelo santo
Pari essas palavras. Pari com dor
Escrevi com lagrimas. Escrevi saudades.
Eu fui, e quis que tudo afundasse. Por hoje. Para que eu pudesse ficar sozinho nessa imensidão. Era sal, dor e cabelos. Um sentimento, um pensamento ecoava, passeava por todo o meu corpo. Gotejou suor de tanto frio. meus pés, bem, esses eu já não os sentia. Só o incomodo cansado, leve do lado direito do rosto, feito um tapa humilhante e gasto.
As vezes mesmo à essa hora, eu ponho junto ao meu ouvido o relógio em pulso. Só pra poder ouvir seu tictatear e ter a certeza que do meu lado existe, neste momento, mais alguma coisa viva.
Não me deslumbro com o susto do conhecimento adquirido no instante. Me acho ate ignorante por essa falta de sensibilidade, mas o que posso fazer, tenho o meus melindres, as minhas exigências, e preferencias. Não sou pura criação e não posso aceitar que, o jamais lido, estudado, escutado e/ou avaliado. Assim o seja em poucas linhas de um trançado poético com admiração exaltado. Levo tão a serio troço, que não acredito na relevância do valor teórico, muito menos do sentimental daquilo que é de praxe o cansaço da abstração por exaustão. A fundo.
As vezes a vida nos joga numa espécie de limbo. É como se estivéssemos entre o estar e o não estar. Uma verdadeira dimensão intermediária no viver. É estranho passar por essas fases na vida. E talvez você nunca passe por isso. Tento descrever da maneira mais nostálgica possível. Digo que é o espaço que divide às musicas no vinil. É o chiado constante da agulha, com o estourar de flocos de poeira em seu cristal. É o nada. É o espaço em branco, que você terá o trabalho de escrever.
Quando você escuta Sinatra quando está no banheiro. Sua vida estará num ponto extremo do limiar da sensibilidade. Ou muito feliz, ou em plena desgraça.
Vivo a vida em busca da felicidade, o mao so vem fechar o bom caminho e nos com a carne fraca aceitamos!
El-socrath
Imagem
A mão do encaixe, fraca, nunca encontra a porta de saída. Próxima parada, um destino meio clandestino, de se vencer vontades. Se cegando a passagem. Faz tempo que não te vejo e sinto saudades.
EU GRITO DESEJO
Teu corpo é maravilhosamente bem desenhado. Não sei por qual motivo se desfizestes de teus laços. É só o teu lado mais feminino que entende porque passo as noites e madrugadas escutando Jazz. Talvez e só talvez, decifrando na melodia o meu real desejo. Sujando as paredes brancas do meu quarto, com a perversão do estar com o real você, que não é tu, mas, um de nós. Movendo-se em mundos pequenos. Paralelos, eu não posso vê. Um embaço de fumaça e poeira se foi dançando, fazendo movimentos cadenciados como a melodia doce e amarga que senti um dia ao te experimentar profundamente.
PARA PENSAR:
A música gera um tipo de prazer sem o qual a natureza humana não pode passar. (Confúcio)
Arte é a tradução do espírito por meio da matéria. (Salvador de Madariaga)
A água corre tranqüila quando o rio é fundo. (William Shakespeare)
A natureza é a arte de Deus. (Dante Alighieri)
Quanto mais leis, menos justiça. (Provérbio Alemão)
Deus nos dá as nozes. Mas não as quebra. (Provérbio Alemão)
Todas as pessoas cruéis descrevem-se como modelos de sinceridade. (Tennessee Williams)
O homem é aquilo que sabe. (Francis Bacon)
O homem é, acima de tudo, aquele que cria. (Antoine de Saint-Exupéry)
O segredo da vida está na arte. (Oscar Wilde)
Os "ídolos da caverna" dependem de cada indivíduo, pois cada um de nós tem uma caverna, um lugar profundo onde guarda verdades que independem da comprovação, são certezas das quais não abrimos mão mesmo diante de provas concretas. Os "ídolos da caverna", ou os pré-juízos, podem nos levar ao erro por não aceitarmos a existência de outras verdades e de outras realidades além dessa nossa verdade íntima e profunda.
O empírico se assemelha à formiga, pois se preocupa em acumular e depois comer a sua comida. O dogmático é como a aranha que tece sua teia com material extraído de si mesmo, da sua própria substância. A abelha faz o melhor caminho, pois tira a matéria das flores do campo e então por uma arte própria, trabalha e digere essa matéria".
Os "ídolos da tribo" são os enganos criados pelo nosso próprio intelecto que através de observações fáceis e parciais pode chegar a conclusões falsas, como aconteceu durante muito tempo nas observações que os homens fizeram do universo e acreditaram que o sol girava em torno da terra.
Os "ídolos da praça", ou do foro, que podem nos levar ao erro por diferenças de interpretação do que nos falam e do que falamos aos outros. As palavras são o fio condutor que podem nos levar a esse ídolo, as palavras podem fugir da nossa interpretação e criar vida e sentido próprio e nos levar ao erro.