Filósofos
As religiões abraâmicas compartilham de um velho mal: a minoria barulhenta e submissa a líderes perigosos
A maioria de nós participa simbolicamente da religião grega reformada. A crítica do fundador de cidade à religião grega e a crítica de Nietzsche a Sócrates contribuíram para o desenvolvimento dessa concepção reformada e simbólica da religião grega.
A crença é prima-irmã do preconceito. Bom seria que não as tivéssemos desde o início, visto que ambos só distorcem a realidade e uma vez inculcados são difíceis de remover.
A ideia de autossuficiência para um ser gregário como o humano é a falácia capitalista mais propriamente dita possível: finge trazer a verdade para lucrar em cima da infelicidade.
Como a fé cristã pode ser considerada fomentadora do amor quando é totalmente sua corruptora? (amar a Deus por medo do castigo, amar ao próximo esperando recompensa eterna, etc). Isto não é óbvio? A honestidade requer pequeno esforço intelectual, mas grande esforço voluntário.
A partir do ponto em que o homem começa a ter recursos singulares dentro da natureza, surge a necessidade dele se pautar por moralidade igualmente singular.
As religiões indo-orientais ensinam a via pacífica há milênios como método pragmático (e utilitário no sentido do menor sofrimento para o menor número de seres) que pode ser conseguido pela aptidão e/ou perseverança da mente e/ou do coração. Ou seja, vemos vários caminhos diferentes, mas todos requerem pureza e esforço interior. Já para a violência, suponho que basta deixar a medula espinhal nos comandar sem restrição superior.
Por trás de qualquer vantagem da consciência sobre a fé; da laicidade sobre a religião, e da ciência sobre a pseudo-ciência; existe no fundo uma só: estas se apresentam como meios viáveis de comunicação entre todos. Agora, se a comunicação de fato entre as pessoas não for possível, um breve apocalipse parece uma hipótese bem provável.
Os novos líderes do século XXI e parecem ser resultado dessa turbina tecnológica para a mais ancestral tragédia da política: “uma minoria mal intencionada reúne mais recursos para influenciar uma maioria de influenciáveis”. Porque afinal, além das propagandas lícitas, essa minoria se utiliza das “outras formas”. Esse fator, sozinho, já explicaria o absurdo de tantos líderes nacionais medonhos.
Socialismo e capitalismo e religiões não merecem ser abraçadas nem repudiadas, mas certamente estudadas. Neste s#5;éculo XXI acumulamos novas experiências e monstros, que nos obrigam a soluções modificadas, provavelmente inéditas.
Não é que#3; a Universidade Brasileira foi cooptada pelo socialismo.#3; É só que#3; quem tem Nível Médio para ingressar numa Faculdade Federal não engole teoria fajuta nem negacionismo.
Penso que o desafio em si do convívio é, no fim das contas, um só: um estar como quer (ou pode)... e o outro simplesmente aceitar. Porque esse é o direito (ou a possibilidade) de cada um... ainda que tal exercício faça mal ao outro.... exatamente como se fosse algo injusto ou proposital. Eis o absurdo sem solução dos relacionamentos.