Filósofos
AMOR, ESCUTA-ME
Pensei em você ontem, o dia todo e a noite toda
Senti muito sua falta, me desesperei um pouco
Senti em alguns instantes sua presença no ar
Um suave toque de sua voz, como um carinho em meu rosto
Senti o calor de suas mãos segurando as minhas
Por segundos te vi sorrindo pra mim
De repente meu corpo começou a tremer, pois senti o calor do seu
Senti uma vontade de lhe proporcionar um momento diferente
Um momento que jamais tivemos e creio jamais esqueceremos
E então, o que estás esperando?
Tenho certeza de que fui sincero em minhas confissões
E muito mais até do que você possa imaginar
Segure minhas nãos, só que desta vez
Com um beijo colha de meus lábios
Todos os motivos de sua total felicidade
O seu amor.
ORIGINAL ESCRITO EM 02/08/1991
Às vezes bastam óculos mais fortes para curar um apaixonado.
Aquilo que se faz por amor sempre se faz além dos limites do bem e do mal.
O solo amaldiçoado onde o cristianismo chocou seus ovos de basílicas deve ser destruído pedra por pedra, tornando-se o lugar mais infame da terra ,o terror de toda posteridade. Deve-se criar cobras venenosas nesse lugar.
Já notou que seu choro é motivo para curiosidades? E seu sorriso não? Todos querem saber o porque está triste, mas poucos perguntam o porque está feliz.
"O Brasil é um país onde os ignorantes julgam e condenam os sábios, a saber, o contrário também ocorre. No entanto, é um grande descaso e preconceito de ambas as partes. Afinal, o sábio não vive as mazelas do ignorante, por sua vez, o apedeuta não aprecia a sobriedade e filosofia do iluminado, preferindo viver em sua caverna confortavelmente, recebendo as migalhas do assistencialismo deletério."
Thiago S. Oliveira (1986 a)
"A verdade não dói, ela liberta!
Porém a mentira é sucedida por dor e traumas que aprisionam."
Oliveira, Thiago Silva (1986 a)
Ensaios de Angústia vol.1
O Socorro Contra as Nossas Perdas
O verdadeiro bem — a sabedoria e a virtude — é seguro e eterno; é este bem, aliás, a única coisa imortal que é concedida aos mortais. Estes, porém, são tão falhos, tão esquecidos do caminho que seguem, do termo para que cada dia os vai arrastando que se admiram quando perdem alguma coisa — eles que, mais tarde ou mais cedo, hão-de perder tudo! Tudo aquilo de que és considerado dono está à tua mão, mas sem ser verdadeiramente teu; um ser instável nada possui de estável, um ser efémero nada possui de eterno e indestrutível. Perder é tão inevitável como morrer; se bem a entendermos, esta verdade é uma consolação para nós. Perde, pois, imperturbavelmente: tudo um dia morrerá. Que socorro podemos conseguir contra todas as nossas perdas? Apenas isto: guardemos na memória as coisas que perdemos sem deixar que o proveito que delas tiramos desapareça também com elas. Podemos ser privados de as possuir, nunca de as ter possuído. É extremamente ingrato quem pensa que já nada deve porque perdeu o empréstimo! O acaso privou-nos do objecto, mas deixou em nós o uso e proveito que dele tiramos, e que nós deixamos esquecer pelo perverso desejo de continuar a possuí-lo!
Experimentei algumas vezes que os sentidos eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente em que já nos enganou uma vez.
Devemos ter sempre diante de nós um homem bom, e fazer tudo como se ele estivesse sempre nos observando.
A imediata desaparição de uma grande dor é o que produz insuperável alegria: esta é a essência do bem, se o entendemos direito, e depois nos mantemos firmes e não giramos em vão falando do bem.
E como o prazer é o primeiro e inato bem, é igualmente por este motivo que não escolhemos qualquer prazer; antes, pomos de lado muitos prazeres quando, como resultado deles, sofremos maiores pesares; e igualmente preferimos muitas dores aos prazeres quando, depois de longamente havermos suportado as dores, gozamos de prazeres maiores. Por conseguinte, cada um dos prazeres possui por natureza um bem próprio, mas não deve escolher-se cada um deles; do mesmo modo, cada dor é um mal, mas nem sempre se deve evitá-las. Convém, então, valorizar todas as coisas de acordo com a medida e o critério dos benefícios e dos prejuízos, pois que, segundo as ocasiões, o bem nos produz o mal e, em troca, o mal, o bem.
A justiça não tem existência por si própria, mas sempre se encontra nas relações recíprocas, em qualquer tempo e lugar em que exista um pacto de não produzir nem sofrer dano.