Filosofia do Amor
Sou afável, desagradável, perceptiva, desapercebida, lisa, rugosa, pequena, grande, inquieta por dentro, sonolenta por fora, minto para mim mesma.
O que será de nós?
O que será do caos, do mundo, do amor?
E a única resposta quem tem, e não quer revelar, é o silêncio.
Talvez eu sempre tenha desejado mais do que me estava prescrito.
Ou talvez então - quem sabe! - eu esteja seguindo meu alegre e improvável destino!
Então, tente: se você tocar meu peito com a mão morna, só um pouquinho, a tristeza vagarosamente vai embora?
Não pense que não acredito no retorno da alegria.
Mas quantas vezes ela me acena de longe triste, cansada e indecisa...
Cansei.
Que energia se vai no simular alegria e contentamento, e todo mundo acreditar, que deselegância...
Só por hoje, vou fazer o mesmo de ontem e de tantos dias antes de ontem.
Só por hoje, só por agora, só por essa dor que não se deixa tocar e não passa...
Procuramos por algo que não vemos: seu nome é "semente".
Procuramos por algo que não ouvimos: seu nome é "sutil".
Procuramos por algo que não sentimos: seu nome é "pequeno". Essas três coisas são inseparáveis. Por isso, entrelaçadas, formam o Um.
Seu aspecto superior não é luminoso; seu aspecto inferior não é escuro.