Filosofia do Amor
Houve um tempo, em que
um ser humano usava máscara
para esconder sua vileza,
agora tudo se inverteu:
somente os homens íntegros
(portadores de amor ao próximo)
usam uma máscara e
os seres egoístas e falsos,
estão todos, "desmascarados".
"No escuro posso ver o ser humano que me tornei , inseguro acendo a luz me disfarço outra vez , minha consciência em vão exacerbou de emoção e eu que sabia de tudo , agora nada sei."
Nem tudo o que não se pode tocar é impossível de ser conhecido. O mais profundo amor, é aquele que intensamente ama por pura contemplação e entendimento. O grande dramaturgo Molieri dizia que para ser bom ator, é preciso se compadecer do personagem, e quantos de nós, enquanto espectadores, nos envolvemos, nos compadecemos, e sentimos até saudade de personagens e suas estórias, mesmo que a priori, seja irreal? É que Deus nos deu essa capacidade para que faça todo sentido a existência da fé. O que é a fé senão um amor à distância que troca correspondências? O que é a fé senão conhecimento profundo de um ser que não se pode tocar? Eu só sei que eu não perceberia, sem a experiência do amor, a dimensão e a beleza da fé. E sei que eu também não perceberia, sem a experiência da fé, o quão divino é o amor.
Ao amor distante, porém mais perto do que se possa imaginar.
À medida em que falo da minha tristeza ela vai indo embora. Mas sei que está só se escondendo atrás da porta...
A dor escorreu, mole e malemolente, pela rachadura que eu pensava ser invisível. Não era.
Na verdade era uma falésia de frente para o mar, e eu me via afogar...
Passou o inverno, os brotos espiaram verdes e ainda pequenos a luz do sol nova e dourada. Abraçaram-lhe aqueles braços de raios e os brotos se tornaram grandes flores e coloridas de multicores, soube-se então naquele coração que o inverno havia passado e demoraria a voltar. Um rouxinol pousou na ponta de uma crisálida aórtica e cantou, enchendo aquele porão de vida e assustando os fantasmas que fugiram atordoados para um lugar com ódio. Ali não havia mais rancor, nem culpas imperdoáveis, nem tristeza jorrando em riachos silenciosos. Então, o coração soube outra vez e de vez anunciou em retumbos galantes: "O inverno passou, vejam todos, chegou aqui o amor, o amor aqui chegou...".
Meu peito pesa, as costas encurvam, os ossos tremem, ninguém me disse antes que a solidão era de chumbo e nem me servia de escudo...