Filosofia
Nos momentos felizes "aproveitamos da vida" e devemos nos abastecer de energia.
Para que assim, em momentos difíceis a vida possa "se aproveitar de nós", exigindo que sejamos fortes em energia e força. Em retribuição a ciclos onde a história do mundo se faz.
É uma troca justa e saudável. E para ambas a gratidão é válida. E o aprendizado fundamental.
Que a vida nos traga a coragem antes de qualquer outro dom ou predicado, pois até o amor covarde não passa de covardia, apenas.
Lamento o ser humano ter "evoluído" tanto ao longo dos anos.
Penso que o simples cabia melhor.
O pouco sustentava mais.
O menos era mais aproveitado. E não havia esse desperdício de um tudo.
As conversas eram mais longas e os assuntos mais leves.
Os problemas acabavam com um abraço.
E um sorriso já valia como pedido de perdão.
O bem prevalecia. E o mal não era motivo de orgulho.
As crianças, assim o eram até mais tarde. E os adultos não tardavam a amadurecer.
E a vida? A vida cheirava à tardes de chuva leve, seguidas de sol.
Até os dons são fardos insustentáveis quando carregados de maneira errada.
Na maioria das vezes não é o peso das coisas que nos fere. Mas, nossa inércia em ajustar-nos ao novo modo de ser.
Não entender o tempo de cada travessia, ciclo ou maturação para todas as coisas temporais faz com que vivamos mais frustrados a cada dia.
Nunca se viu uma geração tão infeliz com tão pouco problema.
Precisamos voltar ao berço e aprender a contemplar as coisas simples antes de querermos enxergar o mundo de cima.
Conselhos, músicas e livros precisam da hora exata para receber, ouvir e ler.
Do contrário não passarão de suspiros inaudíveis e descartáveis.
Sempre há um silêncio no que o outro diz. Mas não compreendemos por achar que só em nós vivem segredos mudos.
Cada vazio é uma vida.
Só se ama de todo quando se permite ser o outro. Quando a entrega é tamanha que as dores são as mesmas, a fraqueza, os anseios e a força se torna algo singular mesmo que vivida em pluralidade.
Somente aquele que se arrisca no pior que o outro pode ser é que verdadeiramente ama.
É prático e hipotético esse amor moderno onde o certo é ser "mais você" onde o amor próprio tem que gritar até te ensurdecer, onde a fila anda, o tempo apaga...o "Se cuida" vazio, o "seja feliz" decorado de alguma revista machista ou feminista, fazedora de gente vazia, como suas páginas timbradas.
O amor dói, não é pra qualquer um. E o paradoxal da vida é que vivemos para fugir da dor e ainda assim buscamos amor.
A morte não é uma necessidade do corpo que se deteriora, mas sim uma necessidade da alma que anseia por seu regresso de refazimento.
Não importa quantas línguas se domine, nem quantas graduações se possua. Tão pouco técnicas sofisticadas de, seja lá o que for, que haja sobre a terra...certas sensações nos reduzem a uma vulnerabilidade de meninos. Daqueles bem tolos e crus.
Talvez seja uma maneira sádica ou "divertida" da vida de nos dizer que nunca estaremos suficientemente prontos.
A cada um foi dado um deserto, sendo como única escolha, a travessia.
E também a todos foram dadas armaduras distintas. Talvez por isso nunca haverá total compreensão das dores, fraquezas, forças e razões alheias.
A superficialidade das relações que hoje nos permitimos viver é o fio condutor das profundas dores que, por fim, nos fará morrer.
O problema é que a vida não te espera ficar pronto, preparado, treinado...
Ela simplesmente solta os ventos em sua direção, e não importa qual a idade que te compete você nunca será grande o suficiente para certas ventanias.
Fomos todos dotados de três grandes pilares:
*A inteligência que nos permite pensar, construir ideias, projetos, cálculos sejam eles embasados em razão ou sonhos.
*A força motora que nos impulsiona ao mais, ao grande, ao crescer, mover, seguir.
*E o amor que de todo é o mais simples, subjetivo e invisível e que veio para provar a força do frágil, o estupendo do inexplicável e por fim, colocarmo-nos no devido lugar e inegável condição de que, nada SOMOS!
Um brinde aos nossos sonhos. As nossas sandices que nos diferencia uns dos outros. As nossas crises existenciais e todo e qualquer brilho, raio de luz, foguete, energia, raio, choque, faísca que nos impulsiona a sermos LUZ!
A sabedoria é minuscula, mas preciosa! Sábio é o homem que reconhece o valor nela e que a retém como um grande tesouro.
Quem a encontrar precisará retirar dela toda a escória que a envolve para que seu valor seja externado como ocorre com os mais belos diamantes!
A ilusão nada mais é que uma obra de nosso gênio. A desilusão é necessária quando não somos capazes de diferenciar o real do utópico.
Porque não querer que exista tristeza?
Isso é um ciclo da vida, se não existissem as tristezas não valorizaria-mos as alegrias.