Filosofia
[...] a filosofia, quando o é de verdade, não reside nos textos, nas 'obras' filosóficas, e sim no filosofema, no conteúdo essencial de uma conexão de pensamentos, intuições e outros atos cognitivos que forma o mundo e o estilo próprios de um determinado filósofo. É isto o que nos permite distinguir entre 'as obras de Aristóteles' e 'a filosofia de Aristóteles'. (Esta distinção é impossível em literatura: em que consiste a poesia de Shakespeare senão nos textos de Shakespeare?) Há filósofos sem obra — a começar do pai de todos nós: Sócrates —; há filósofos cujo pensamento nos chega por obras escritas por testemunhas ou por ajudantes (não conheceríamos o pensamento de Husserl sem a redação de Fink). Mas não há filósofo sem filosofema — e aquele que publique dezenas ou centenas de livros eruditíssimos, com opiniões de estilo filosófico sobre assuntos filosóficos, não se torna por isto um filósofo. A filosofia de um filósofo não está em seus textos, mas num certo modo de ver as coisas, que é transportável para fora deles e participável por quem quer que, saltando sobre os textos, faça seu esse modo de ver, integrando-o no seu próprio.
Quero me fazer cria da filosofia e do conhecimento a minha prole. Desta forma, não posso me amarrar aos dogmas e às gavetas rotuladoras, busco o conhecimento por amor e não por agrado advindo de ideias que me padecem.
A filosofia deve apresentar de maneira clara a presença de Deus no mundo. Uma filosofia construtiva e edificante é uma filosofia que possibilita descobrir a nossa origem divina.
Existe um pensamento de que a filosofia é algo exclusivo para determinado grupo de pessoas. Pessoas que "possuem uma sabedoria superior". Isso é uma bobagem! A filosofia é dotada da racionalidade, e a racionalidade é algo que todos os homens possuem, ou ao menos dizem possuir.
A filosofia não pode se submeter à teologia porque a teologia não é uma ciência, mas uma série de afirmações e sentenças que não se relacionam lógica e racionalmente.
"Se vivêssemos em um mundo de certezas não teríamos a nescidade de pensar e a filosofia não existiria"
Só há um meio de aprender filosofia: É VER um filósofo, dia após dia, compor e recompor a ordem da sua consciência por meio da interrogação filosófica.
Tive essa experiência por muito breve tempo, com o meu saudoso professor Pe. Stanislavs Ladusãns, e a complementei muitas vezes lendo os diários filosóficos de Gabriel Marcel, Henri-Fréderic Amiel e Blaise Pascal.
"Nada me adianta cursar filosofia para tentar criar uma filosofia, se vou ser reprovado por criticar a filosofia que já existe."
Liberdade, liberdade, sinónimo de euforia
Acompanhada da responsabilidade, segundo a Filosofia
Liberdade é na verdade ingrediente da alegria
E todo ser com sanidade almeja ter algum dia
As escolhas que tomamos, caminhos que escolhemos
O curso que cursamos, o emprego que gostamos
A mulher que amamos, os filhos que educamos
E tudo pelo qual lutamos, sem liberdade a imaginamos
Tenho liberdade de viver a vida que me pertence
Liberdade de escolher aquilo que me apetece
Nascer, viver, morrer, depois não se sabe o que acontece
Então, deixem-me correr antes que o tempo me ultrapasse
Vocês adultos têm medo de nos ver a falhar
E começam ainda cedo a tentar nos acorrentar
Por isso mostro-vos o dedo, não refiro-me ao polegar
Vossa actuação é um enredo que não quero participar
Errar é humano, eu não sou um Avatar
Se hoje me engano, amanhã vou superar
Esconderem-me atrás do pano, de nada irá adiantar
Terei sempre um plano que me vai libertar
Se não confias em mim, quem é então o culpado?
Eu aponto a si por seres meu encarregado
Tudo aquilo que vivi foi fruto de um aprendizado
Do que vi, do que ouvi, na casa em que fui criado.
Assim a ofensa é dupla se me chamas mal-educado
Mas o problema não é a culpa para eu me ter revoltado
É a falta de desculpa que me mantém aprisionado
E a protecção que não faculta distinguir, o certo do errado
Os sonhos que eu tenho para o meu futuro
Batalho com empenho, sozinho eu aturo
Não recebo a vossa ajuda tão pouco a confiança
Mas isso nada muda, realizarei os sonhos de infância
Tudo que não tiveram quando crianças
Reconheço que me deram, desde a educação às finanças
E o que não puderam ser profissionalmente
Em mim elegeram como se eu fosse indigente
Os Pais têm o direito dos filhos educar
Não de esticar o peito para os intimidar
Tenho o dever e respeito de algumas coisas aceitar
O que nunca aceito é um preceito sem revidar
Uma coisa mais concreta é a escolha da religião
Qual a mais correcta, qual a melhor opção?
Fizeram-me acreditar que a certa é a vossa, mas não
É tudo uma treta escolho viver pela razão
E se um dia a queda encontrar-me no caminho
À direita, à esquerda ou no meio, sozinho
Não culparei a pedra, não culparei o destino
Assumirei a perda por muito que pareça tolinho.
A essência das coisas não está na filosofia, nem na política, nem em qualquer função intelectual. Está na reciprocidade do inconsciente que não encadeia só o que é humano, mas até o que é apenas vegetal ou inerte.
A filosofia serve para filtrar métodos, desmontá-los e rastreá-los de volta à investigação científica em busca da verdade.
FÉ dogmática encalha a mente humana, enquanto deveríamos navegar pela filosofia e celebrar o conhecimento, sem impor nada a ninguém. Apenas isso!
Dizem que estou errado
Quando digo que estudar
História, filosofia, sociologia e arte
Impede que nos cometemos os erros do passado.
Mesmo que você não siga alguma religião, filosofia ou crença, é preciso aprender a viver da melhor forma. Trago hoje um bom exemplo de um homem que, em meio aos seus mistérios, deixou algumas lições de como ter um bom relacionamento consigo mesmo, com a vida e os demais ao seu redor.
Jesus, apesar de suas boas intenções, boas obras e amor, recebeu uma morte terrena um tanto quanto cruel e desumana. Hoje em dia, nós podemos acompanhar pelos noticiários tantas vidas inocentes que são tiradas injustamente, acidentalmente, tragicamente. Assim foi sua morte, sem provas de que tenha cometido algum crime ou feito algo realmente ruim e prejudicial, pelo contrário, bons testemunhos eram espalhados por onde ele passava, levando cura, milagres, libertação e uma palavra de esperança e ensinamento.
Após ser julgado injustamente e ser condenado a um triste fim, Jesus nos deixa uma das mais lindas lições de sua curta vida. O perdão verdadeiro e o amor incondicional até mesmo aos que lhe causaram dor, aflição e uma injustiça e crueldade tamanha. Pendurado em uma cruz, após ter pedido água e, ao invés disso, ter recebido vinagre para beber... após tanta humilhação, açoitamento, após ter mãos e pés pregados, ter sido perfurado à espada, sentir o latejamento do couro cabeludo cravado de espinhos, e ter vivido para escutar tantas coisas ruins que lhe berraram aos ouvidos... após uma longa caminhada com uma cruz imensa nas costas e a dilacerante dor de um chicote arrancando-lhe as carnes... ele foi capaz de perdoar a todos aqueles seres humanos que lhe tiraram, à custa de dores insuportáveis, sua dignidade, suas vestes, sua pele, sua carne e seu sangue. Talvez ele tampouco conhecesse nenhuma daquelas pessoas, sua história ou seu coração. Mesmo assim, pegou para si uma verdade que pudesse lhe proporcionar a possibilidade de perdoá-los: eles não sabem o que fazem. Tal como o fato de uma criança que, ao se aproximar de alguém, puxa-lhe os cabelos, e esta pessoa não codifica uma mensagem de raiva em seu coração para com aquela criança, ao contrário, apercebe-se da inocência e se enche de ternura. Para esta pessoa, não há o que perdoar, já que a criança não sabe o que faz. O perdão, no caso, é intrínseco e automático em seu coração. Creio que, para Jesus, acreditar verdadeiramente que pessoas que praticam o mal realmente não sabem o que fazem, por falta de uma consciência mais elevada, pelo motivo que for, permite que o perdão esteja intrínseco em seu coração para perdoar tamanha maldade e humilhação.
Às vezes, por tão pouco, já que a maioria de nós nunca será, espero eu, crucificada injustamente, nos achamos no direito de julgar, discriminar e não perdoar os demais. Às vezes, somos ofendidos, humilhados, injustiçados, e por isso acreditamos que não devemos admitir tal conduta contra nós. Mas veja bem, se até mesmo Jesus foi humilhado daquela forma, que dirá de nós? Devemos nos defender e sim, nos proteger... mas além de nos ensinar o perdão, Jesus nos ensina o amor. Somente por um amor evoluído existente em seu humano coração, é que poderia vir sincero perdão daquilo que sofreu. E somente pelo perdão de tantas falhas existentes em nós, seres humanos, é que poderia amar de tal forma a este mundo, dando a vida por quem não merecia. Por isso, quando nos depararmos com o mal, por maior que seja, tentemos, por um minuto, nos conectar a esta história, a esta cena, de amor pago com dor, e de dor paga com perdão. Se nos transportarmos ao exemplo que Jesus nos deixou como herança, poderemos melhor compreender este mundo, de que todos somos falhos, todos somos imperfeitos, todos estamos sujeitos de cometer injustiças e sermos injustiçados, humilhados, ou sofrermos dor. Não devemos aceitar uma vida de sofrimento, mas ao nos depararmos com ele, será melhor para todos que possamos rapidamente praticar o perdão e o amor incondicional de forma evoluída, acreditando que um ser evoluído jamais cometeria mal contra nós, portanto, se o fez, é por não saber o que comete ou faz, por não possuir uma consciência maior. Para mim, fica a lição de que, se Jesus, diante do que passou, foi capaz de perdoar a todos, inclusive a mim, quem sou eu para não perdoar o meu próximo? E se até mesmo Jesus passou por tamanho desgosto e dor, quem sou eu para achar que não devo passar por tais situações?