Filhos Maravilhosos

Cerca de 6001 frases e pensamentos: Filhos Maravilhosos

A maior herança que os pais podem deixar para seus filhos é a educação.

FILHOS DO SISTEMA CARTESIANO!

"(...) O Professor bradou altissonante:
-Filhos do sistema Cartesiano ! (...) Ególatras! Poderão ser futuros juristas, mas com essa insensibilidade estarão aptos pra conviver com leis, e não com seres humanos, estarão habilitados para defender ou acusar máquinas, mas não mentes complexas. Discernem sons, mas não ideias e muito menos sentimentos. (...)
(...) O clima ficou pesado, mas o professor Júlio Verne, mostrando uma ousadia que perdera havia muito, explicou para a classe o que era ser filho de um sistema Cartesiano .
-René Descartes, o filósofo Francês, exaltou solenemente a matemática e a posicionou como fonte das ciências. O sistema cartesiano expandiu horizontes da física, química, engenharia, computação. Eis a consequência! - E apontou para seu computador. os celulares dos alunos, a iluminação do ambiente, o sistema de som e a estrutura do edifício.

E depois de uma pausa o professor acrescentou, entristecido:
-A tecnologia está pulsando ao nosso redor. Mas o mesmo sistema lógico-matemático que nos faz exímios construtores de produtos sequestrou nossa emoção, prostituiu nossa sensibilidade, asfixiou a maneira como encaramos e interpretamos o sofrimento humano. (...)
Déborah, inquieta, disparou seu insight.
-Incrível. Tudo se tornou números frios.
-Sim, Déborah. A dor humana virou estatística.
Peter embasbacado, comentou:
- Cem morreram em ataques terroristas no mês passado. Mil morreram de câncer esta semana. Dois mil se suicidaram nesta cidade no ultimo ano. Milhões estão desempregados no país. Secos números que não nos impactam mais! Quais foram suas histórias, que crises atravessaram e que perdas sofreram? Quais os nomes dos mutilados na Segunda Grande Guerra? Pela fome, por traumas, rajadas de bala? Que história eles possuíam? Que lágrimas choraram? Que medos abarcaram o psiquismo deles enquanto se aproximavam do ultimo fôlego da existência?

(Trecho do livro O colecionador de lágrimas)

Em cada geração, devemos ensinar aos nossos filhos sobre nossa história e herança, lembrar que já fomos inúmeras vezes escravos, pois cada Páscoa o homem deve a si próprio se libertar do Egito inúmeras vezes.

Hagadá de Pessach

⁠Todos os filhos, quer amem ou odeiem seus pais, ou alguma combinação de ambos, querem se purificar das fraquezas herdadas, livrando-se do passado.

⁠Ensinamos aos nossos filhos que fracassar é errar. Deveríamos ensinar que fracassar é aprender

⁠Na ordem natural das coisas,
são os pais que acordam os filhos..

⁠Somos filhos da terra nascidos do pó, quando pensamos ser algo somos o menor.

Quando os filhos nos decepcionam, nosso sorriso pode parecer igual, mas nosso coração nunca mais se alegra da mesma forma.

Nossa maior prioridade como pais cristãos é, aos poucos, transferir a dependência de nossos filhos para longe de nós, até que ela repouse exclusivamente em Deus.

Não tenho filhos, mas leitores, capazes por si sós de defenderem a civilização contra os avanços da barbárie. A eles nomeio sucessores de uma linguagem irrenunciável. E, embora duvide às vezes se vale defender alguns princípios hoje contestados, persisto em inscrever certas normas no código dos direitos humanos.

Nélida Piñon
Livro das horas. Rio de Janeiro: Record, 2012.

No que diz respeito à educação dos filhos, penso que se deve ensinar a eles não as pequenas virtudes, mas as grandes. Não a poupança, mas a generosidade e a indiferença ao dinheiro; não a prudência, mas a coragem e o desdém ao perigo; não a astúcia, mas a franqueza e o amor à verdade; não a diplomacia, mas o amor ao próximo e a abnegação; não o desejo de sucesso, mas o desejo de ser e de saber.

Se tirássemos um tempo para conversar e brincar com nossos filhos, não teríamos tantos adultos problemáticos.

Privamos nossos filhos (...) da persistência. O que quero dizer é que precisamos falhar, as crianças precisam falhar, precisamos nos sentir tristes, ansiosos e angustiados. Se protegemos a nós e aos nossos filhos impulsivamente, (...) nós os privamos de habilidades de aprendizado relacionadas a persistência.

Peço paz aos filhos de Abraão
Quero Gandhi na melhor versão
E nada vai me faltar, e nada te faltará.

Quando os filhos são pequenos tudo é muito diferente, você tem o cuidado e a preocupação, porém, tem o pleno controle de suas vidas.
No decorrer do tempo eles vão crescendo, e esse controle começa a se limitar, pois os pequenos, começa a ter suas próprias opiniões . Lutamos para construir uma sociedade critica, mas, com isso tudo veio as consequências de uma sociedade questionadora, critica e reflexiva. Percebendo que não deveriam viver alienados, não aguentaram tanta pressão de uma sociedade, que não aceita que o outro, seja livre da manipulação doentia de uma sociedade medíocre.
Estamos surtando, cansados de andar em círculo, tudo sempre continua as mesmas coisas, claro! De forma diferenciada, de maneira diferente. Triste!!!! Sociedade..... Não sabe, qual o rumo deve-se tomar, estamos perdidos em um mundo de hipocrisia.
A depressão não é de uma determinada profissão, ela é o grito de uma sociedade que adoeceu, por tentar ir além de suas limitações, por cobrar demais, sem se quer levar em conta a limitação do próximo. Pobre humanidade, talvez, seja esse, o erro do mundo. Os seres humanos , que se perderam, e não conseguem resgatar a sua humanidade.

Nunca deixe de dar atenção para seus filhos,
Pois no dia de amanhã a vida pode cobrar caro de você

Não transfira as suas frustrações, medos, decepções e o peso das suas escolhas para os seus filhos, não lhes roube a pureza, não quebre esse elo sagrado que os liga aos pais. Crianças devem ser protegidas, respeitadas e amadas e não há crime maior contra elas que lhes macular a inocência.

A pior decepção da velhice é constatar que os filhos não nos honraram. Não nos deixemos abater, contudo: pode ser apenas um aprendizado para que na próxima vida, nós mesmos escolhamos as delícias de honrar nossos próprios pais.

Casa de mãe depois que os filhos se vão

Casa de mãe depois que os filhos se vão é um oratório. Amanhece e anoitece prece. Já não temos acesso àquelas coisinhas básicas do dia a dia, as recomendações e perguntas que tanto a eles desagradavam e enfureciam: com quem vai, onde é, a que horas começa, a que horas termina, a que horas você chega, vem cá menina, pega a blusa de frio, cadê os documentos, filho.
Impossibilitados os avisos e recomendações, só nos resta a oração, daí tropeçamos todos os dias em nossos santos e santas de preferência, e nossa devoção levanta as mãos já no café da manhã e se deita conosco.
Casa de mãe depois que os filhos se vão é lugar de silêncio, falta nela a conversa, a risada, a implicância, a displicência, a desorganização. Falta panela suja, copos nos quartos, luzes acesas sem necessidade...aliás, casa de mãe depois que os filhos se vão vive acesa. É um iluminado protesto a tanta ausência.
Casa de mãe depois que os filhos se vão tem sempre o mesmo cheiro. Falta-lhe o perfume que eles passam e deixam antes da balada, falta cheiro de shampoo derramado no banheiro, falta a embriaguez de alho fritando para refogar arroz, falta aroma da cebola que a gente pica escondido porque um deles não gosta ( mas como fazer aquele prato sem colocá-la?), falta a cara boa raspando o prato, o "isso tá bão, mãe". O melhor agradecimento é um prato vazio, quando os filhos ainda estão. Agora falta cozinha cheia de desejos atendidos.
Casa de mãe depois que os filhos se vão é um recorte no tempo, é um rasgo na alma. É quarto demais, e gente de menos.
É retrato de um tempo em que a gente vivia distraída da alegria abundante deles. Um tempo de maturar frutos, para dá-los a colher ao mundo. Até que esse dia chega, e lá se vai seu fruto ganhar estrada, descobrir seus rumos, navegar por conta própria com as mãos no leme que você , um dia, lhe mostrou como manejar.
Aí fica a casa, e nela, as coisas que eles não levam de jeito nenhum para a nova vida, mas também não as dispensam: o caminhão da infância, a boneca na porta do quarto, os livros, discos, papéis e desenhos e fotografias – todas te olhando em estranha provocação.
Casa de mãe depois que os filhos se vão não é mais casa de mãe. É a casa da mãe. Para onde eles voltam num feriado, em um final de semana, num pedaço de férias.
Casa de mãe depois que os filhos se vão é um grande portão esperando ser aberto. É corredor solitário aguardando que eles o atravessem rumo aos quartos. É área de serviço sem serviço.
Casa de mãe depois que os filhos se vão tem sempre alguém rezando, um cachorrinho esperando, e muitos dias, todos enfileirados, obedientes e esperançosos da certeza de qualquer dia eles chegam e você vai agradecer por todas as suas preces terem sido atendidas.
Porque, vamos combinar, não é que você fez direitinho seu trabalho, e estava certo quem disse que quem sai aos seus não degenera e aqueles frutos não caíram longe do pé?
E saudade, afinal, não é mesmo uma casa que se chama mãe?

“Eu nunca tive um irmão ou uma irmã, mas meus pais tiveram outros filhos”