Filhos Ingratos
SONETO DE POUCA FÉ
Oh! Alma conturbada, assim desolada
É tão pouca a tua fé, oh filho ingrato
Prende-te à esperança, sejas sensato
E a confiança em Deus, onde guarda?
Ele te assiste, te olha dos Céus, é fato!
Com paternidade impávida, e iluminada
Jamais cansa ou desiste, nunca é nada
De amor estoico, âncora, firme vicariato
Porque assim, me cambaleia, na morada
Nele tudo se alcança, é afeto imediato
Inteiro, como na morte, é terna estrada
Paladino de lança em riste, superiorato
Não fiques assim triste, ouça a chamada
Deus te clama, no conflito, Ele é exato!
Luciano Spagnol
06 de junho, 2016
Cerrado goiano
Oh! Alma conturbada, assim desolada
É tão pouca a tua fé, oh filho ingrato
Prende-te à esperança, sejas sensato
E a confiança em Deus, onde guarda?
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Já no advento do filho
Não te dão o valor que tens
Pra mãe não faltam convites
Pra tu não ligam se vens
Pra mãe não faltam elogios
Pra tu nem dão parabéns.
Tal mãe trabalha tão duro
Mas a ti que sobra o pior
O trabalho que distancia
Por não haver outro melhor
E no laço do afetivo
Ao pai sobrou esse nó.
Ver a alegria do filho
Para o pai é a maior graça
Mas não sendo isso possível
Fraco ele cai em desgraça
E procurando uma saída
Só encontra a cachaça.
Embriagado pelas ruas
Forte dor no peito sente
Não desejava esse fim
Triste conclusão na mente:
Queria ser um pai amoroso
Hoje sou um pai ausente.
Mas sem dúvida ao filho ama
Da vida ensina-lhe a lição
Pode não ser igual a mãe
No campo da emoção
Mas em silêncio ao filho torce
Do fundo do coração.
Agasalha filho e esposa
Sem se preocupar consigo
Para eles o conforto
Para o pai sobra perigo
E nos desamparos da vida
O pai será sempre um abrigo.
Eita vida! Vida cheia e corrida.
Vida longa, vida curta.
Eita vida ingrata, difícil de viver.
Vida complicada e dura.
Vida com outras vidas por dentro.
Vidas lindas, vidas amorosas,
Vidas passageiras, vidas que ficam eternamente.
Mas a vida que mais importa é aquela que gerei.
Vida cheia de amor e cuidado.
Vida trabalhosa e satisfatória.
Ah! O que seria minha vida sem a sua!?
Vida vazia e sem sentido.
Vida fria e inconsequente.
Vida desnecessária.
Eita vida da minha vida.
Eita amor do meu amor.
Eita flor dos meus dias.
Os filhos são gerados naturalmente ou por opção. Depois, uns se tornam filhos por inteiro, outros por fração.
Há os que renegam suas origens e há os que lamentam sua concepção.
Mas, os mais cruéis são os que prescindem a sanguinidade e se reconhecem,
contrafeitos, apenas pelo registro numa certidão.
Se um dia eu segurei seu filho(a) no colo, e hoje você passa pelo o meu filho(a) sem ao menos olhar para ele(a), você é a pessoa que NUNCA vai fazer parte da minha VIDA, e se um dia fez, hoje COM CERTEZA NÃO FARÁ MAIS!
SEREI EDUCADA E CORDIAL...ESÓ...
Não quero pessoas ingrata como Você perto do meu bem mais preciso.
Obs: Isso é amor de mãe.