Filho Lindo
"Queria ouvir muito, era de poucas palavras, pouca cultura,mas muita sabedoria,seu olhar era como um grito no silêncio,pai."
"Do vinho a embriaguez, da água a saciedade, dos campos a verdura, da comida a fartura,do peito o coração, do dia as horas, da noite as estrelas, da estrada o caminho, do escuro o incerto,da cultura o conhecimento, da vida o doce,do amanhã a esperança, da montanha o cume,do rio o percurso, da mata a trilha,do momento o agora,da compra o troco,do medo o cuidado,do erro o aprendizado,da possibilidade a escolha,da alegria o sorriso,pra viver escolhi você..."
A Esquerda agrada, abriga e sacia, mas se omite e não promove a paridade dos míopes. A Direita fomenta e escuda a cobiça dos que se afortunaram dos óculos.
sexta
deita aqui
deixa eu te ouvir
me deixa descobrir
o que te deixa leve
o que te faz sentir
o peso indo embora
o mundo se partir
em tudo o que já foi
e aquilo que há de vir
o ponto em que o tempo
deixa de fluir
e nada do que foge
te faria desistir
de ficar mais um minuto
de morar pra sempre aqui
deita aqui
deixa eu te olhar
me deixa despertar
o que te torna forte
o que te faz sonhar
sem medo de crescer
com sorte pra errar
com tanto a aprender
e muito a ensinar
com frio na barriga
por restar diminuída
a certeza escondida
de que é melhor voar
deixe o meu abraço
dissipar esse cansaço
que há muito te consome
deixe que esse laço
descortine o espaço
em que o nosso descompasso
já não mais nos aprisione
deixe que o passado
seja apenas um recado
posto à mesa, com cautela
para não retroceder
nem tampouco esmorecer
ante o medo de viver
e abaixar sua defesa
deixa lá
deita aqui
que agora o sol se pôs
deixa eu te ouvir
deixa eu te olhar
deixe só o que for nós dois
Não são as palavras que têm poder e sim os ouvidos de dois ou três que as praguejam ou as louvam e que no final dão os créditos dos resultados a Deus.
De todas as tristezas vividas ao longa da jornada, elas conseguiram me ensinaram a entender hoje o motivo da minha felicidade.
"Quando provados por Deus, passamos a entender, verdadeiramente, o quanto somos frágeis e que a nossa fortaleza está nEle"
O amor zomba das nossas muletas identitárias. Das definições rígidas de si mesmo. Da crença em ser sempre o mesmo. Cobra desapego pelo eu que já era. Para deixar nascer um outro, sempre renovado.