Filho
Outro dia, o meu filho perguntou qual era o sentido da vida. Só consegui dar duas respostas: acumular conhecimentos para continuar fazendo perguntas cada vez mais inteligentes como esta; fazer amizades para poder perguntar ou ser perguntado.
Verônica
Ela havia chegado há pouco, e não trazia consigo nada além de empenho e curiosidade. A nova estagiária da redação, assim como a antiga aprendiz, passeava pelo escritório sem que a sua presença fosse notada. De fato, nada entre as atividades que desempenhava poderia ser classificado como essencial ou imprescindível, e somente quando faltava alguém se atrevia a confundir o seu nome.
Mas Olindo não caiu na armadilha que a rotina preparara, e logo percebeu que a nova aquisição da empresa tinha algo que lhe perturbava. Talvez a tranquilidade e a discrição com que ela transitava por um local revestido de exposição lhe desafiassem a veia jornalística, ou quem sabe não se tratasse de alguma qualidade da garota, mas de algo que lhe faltava.
Poderia ser a pouca experiência de vida que lhe impunha a falta de idade, o silêncio de cada palavra que não saía da sua boca ou a ausência de um traço característico, uma identidade. O mistério crescia na cabeça do jovem redator, e apesar de não conseguir lhe tirar o sono, a busca por respostas sempre foi um prazer ingrato que nunca encontra fim.
Dois meses após a entrada dela no jornal, Olindo reparou que, pela primeira vez, a moça usava uma blusa de mangas curtas. Não deu grande importância, afinal, não entendia conceitos de moda e muito menos sabia a forma como as pessoas se expressavam através do vestuário. Entretanto, a diferença de estilos lhe chamou a atenção, pois era, até então, a única mudança perceptível.
Dias depois, durante o horário do lanche, ele foi até a cozinha da redação pegar um café para mandar embora o sono. Enquanto apertava o botão da garrafa para encher o copo plástico que tinha nas mãos, perdeu-se por um minuto olhando pela janela e descuidou-se a ponto de queimar o dedo indicador. Quando virou-se para olhar a queimadura e sussurrar um palavrão, notou a presença da estagiária na copa, conversando com Roberta, que não era conhecida pelo bom humor, mas olhava de forma esperançosa para a amiga.
- Agora você pode ter uma vida normal, finalmente vai conseguir enxergar a beleza das pequenas coisas! Aproveite que ele saiu do caminho de vocês, e tenha só pensamentos e ações positivas!
Olindo ia para sua sala tentando juntar a nova peça à trama que tinha construído, quando Verônica lhe deu um sorriso. Foi o sorriso mais tímido que alguém poderia dar. Aquele em que as bochechas se inflam de vermelho, e o corpo se retrai ao mesmo tempo em que a alma aparece.
O quebra-cabeças estava incompleto, mas nada mais faltava.
Alguem me explica quem sou como sou e por que sou assim?
Ninguem tenho apenas que me conforma com o fato de ter nascido assim acho que vou morrer assim escrevo oque nao pode mais se calar algo que esta dentro de mim...
Ter o nome escrito numa lata de Coca-Cola é para os fracos, quero ver ter o nome escrito no livro da vida.
Entre a vegetação há um por do sol, e fumaça onde queima a raiva, os sentimentos negativos, as angústias e os medos. Olhando para o infinito, vejo as energias positivas se aproximando e como âncoras, caindo ao meu redor. E sem vê-las, acredito que elas estão próximas a mim, que um dia vão florir e frutificar. Talvez ser feliz é acreditar que somos felizes, só assim tudo muda.
PODE PASSAR O TEMPO
Pode passar o tempo
EU entrei no tempo pra ti tirar
Tu valeste mais do que minhas riquezas
algo procurei preço alto Eu paguei
mas mesmo assim EU deixo de presente
a eternidade pra tu entrares e me glorificar
mas mesmo assim Eu deixo de presente
a eternidade pra tu entrares e me glorificar
Pode passar o tempo
EU entrei no tempo pra ti tirar
tu valeste mais do que minhas riquezas
algo procurei, preço alto paguei
mas mesmo assim Eu de presente
a eternidade pra tu entrares e me glorificar
EU vivi no tempo, dores
o castigo estava sobre mim
de volta quero o que é meu
algo procurei, preço alto EU paguei
Mas mesmo assim deixo de presente
a eternidade pra tu entrares e me glorificar.
Quando você chora com os que choram você vence o orgulho, quando você se alegra com os que se alegram, você vence a inveja.
Dedique-se incessantemente aos seus sonhos. Cutuque-os e curta-os periodicamente. Certamente eles se assanharão e exigirão que os concretize. É o caminho para ter mais...
Por que quem pensa pensa melhor Parado.
Passamos a vida toda travando uma inútil briga com os Galhos sem saber que e no tronco que esta o Coringa do Baralho.(Raul Seixas)
Perdemos tempo se incomodando com oque ta na moda, oque é mais bonito oque mais vai chamar atenção, oque mais vai fazer as pessoas admirarem não por respeito mais sim por aparência, viver de aparência faz de você e um ser melhor faz de você uma pessoa feliz pois vai impressionar seus colegas com isso, é perca de tempo, o tempo vai passando e la na frente vai perceber que tudo não passou de uma bobagem, aquelas roupas cara que você comprou, aquele tênis novo muito caro, aquele celular de ultima geração que comprou só para mostrar nas fotos que é bom esquecendo da Real utilidade dele de se comunicar com pessoas que estão longe.Vivemos uma vida totalmente Banal e esquecemos do nosso maior Inimigo o TEMPO é ele que faz suas roupas caras sair de moda o tênis o celular e Você, é você acha seus Pais e seus Tios Caretas é jovem logo as pessoas vão lhe ver assim também e novamente eu te digo seu maior mais cruel e invencível inimigo é o Tempo
AS DUAS FACES DA COISA SÓ EXISTE QUANDO DAMOS A ELA ESSA OPORTUNIDADE DE EXISTIR...
Pedir pra namorar
Eu fui na casa dela
Pra me apresentar
Pro pai e a mãe dela
Pedir pra namorar
Mas que filha mais linda
Que aqueles dois tem
Só com ela eu
Eu não preciso de ninguém
Só com ela
Eu não preciso de ninguém
A flor mais linda do jardim
A estrela mais bela do céu
O meu anjo querubim
Deixa eu provar desse mel
Apesar da discreta tristeza, há explicitamente calado um sonho que suplica por voz. Um projeto de vida que é diariamente construído, hora a hora alimentado. Uma causa nobre é o que dá forças a essa tão distinta mulher. Ela é decidida, persistente, dura na queda. Ela, incrivelmente, consegue ser ao mesmo tempo séria e engraçada. Onde chega é o centro das atenções, não só e simplesmente devido à beleza; sobretudo destaca-se seu caráter, seu jeito de ser mulher. Seus discursos optativos são sinceros, os abraços são verdadeiros e as intenções sempre as melhores.
As coisas acontecem quando tem de acontecer, na hora exata. Não adianta desistir na primeira dificuldade, tampouco insistir em algo que se sabe ser impossível sua realização. Talvez melhor a se fazer, é nada fazer. Isso mesmo. Deixar que as coisas fluam naturalmente. Arriscar na hora certa e recuar quando preciso. Como saber quando fazer cada coisa? Nunca se sabe, os livros não ensinam. É algo que aos poucos vai se aprendendo, mas nunca tem fim.
Não aponte o dedo, estenda a mão!
Apontar o dedo, julgar as ações alheias é fácil, condenar, mais ainda. Buscar entender as circunstâncias e o contexto como um todo, no entanto, requer dedicação, esforço e paciência. E, cá entre nós, quase ninguém se preocupa com os outros no sentido de somar. Pelo contrário, muitos utilizam a desgraça alheia como uma forma de subtrair a própria. Por isso não é tão custoso sair apontando os desacertos dos outros. Todavia, poucos são os que se importam de fato e procuram ajudar, estender a mão.A estes, muito obrigado; àqueles, que Deus lhes dê tudo em dobro!
O grande amor da nossa vida não passou de paixão. Murchou como as rosas que simbolizaram um dia o amor de duas almas que por um tempo se completaram. Não dificilmente restaram somente alguns espinhos... aparados com o tempo.
Há aquela velha e boa fábula que conta a história do menino que sempre alarmava um falso ataque do lobo às brancas indefesas ovelhas. O Pastor, prestativo e atento, sempre acreditava nos falsos avisos do garoto. Quase sempre, um dia o Pastor se cansou. Justamente no dia em que o ataque era verdadeiro. O menino desesperado gritava pela ajuda do Pastor enquanto as ovelhas eram mortas.
Outra versão da fábula, mas com o mesmo efeito moralizante, é a do beija-flor que sempre dava enganosos alertas de incêndio na floresta. A inconsequente ave divertia-se ao ver toda a fauna mobilizar-se a fim apagar o que nunca existiu. Até que um certo dia... todos sabemos o que aconteceu.
Transpondo a fábula à realidade, apesar de não ser o garoto ou o beija-flor, por muito tempo emiti falsos sinais. Distribuí indícios e promessas de algo grandioso. Expressei, amiúde, (com uma dissimulação de fazer inveja a Capitu) sentimentos de bem-querer. Manifestei e fiz transparecer um amor sem começo nem fim.
Tal como o beija-flor ou o garoto, talvez tenha agido com o intuito de suprimir a pungente pequenez a que estava fadado. Fomos, eu e meus personagens, por muito tempo o centro das atenções. Nos divertíamos às custas da credulidade alheia. Crédulos que, por inocência ou ignorância, sempre guardavam na memória lembranças daquilo que, de fato, nunca existiu. Exceto em sonhos.
Hoje, por ironia do destino, minha história vai terminando como a de meus caros companheiros, o garoto e o beija-flor. Somos iguais em descrédito e desgraça. Hodiernamente, por mais sinceras e eloquentes sejam nossas palavras, ninguém mais dá ouvidos a elas. Eu não matei nenhuma ovelha. Quero, assim como o Pastor, cuidar do meu rebanho de um só exemplar. O que, no entanto e infelizmente, é impossível. Transformei-me no Lobo da história.
Eu tampouco quero apagar essa chama que sempre fantasiei ter, mas que só agora a conheço verdadeiramente. [Almejos sem meios. (Sonhos vãos). Não voltam.] O beija-flor que sempre fui, apesar de ter experimentado tantas rosas, apaixonou-se por uma flor intocável. Delicada demais para um lobo; grande demais para um pequeno e dissimulado beija-flor.
E o final dessa história... eu quero mudá-lo.
Nem todas as flores têm a mesma sorte: umas nascem para enfeitar a vida; outras, a morte.
A felicidade surge para aqueles que choram. Lutar por aquilo que ama é fundamental; saber perder é nobre. Aceitar a derrota e partir para outra batalha é, muitas vezes, a única opção.