Filho
APRENDEMOS...
Aprendemos que somos frágeis.
Que seres indefesos guardam a pureza e estão imunes a contaminação dos homens.
Que o necessário é o simples e todo o acúmulo é fardo sem serventia.
Aprendemos que as vitrines não brilham já que a Luz não pode ser guardada.
Que o brilho se esconde nos olhos e que o preço perde o seu valor na primeira incerteza que a surpresa traz.
Aprendemos a sentir a falta de um abraço e o calor de um afeto.
Que o sorriso precisa de um olhar e que a real fortaleza é o nosso Lar.
Aprendemos que os caminhos existem se seguirmos na direção da esperança.
Que o caos pode gerar sentimentos nobres e resgatar o que perdemos na ambição do imediato e que somente a Luz pode curar a escuridão que reside na falta do Amor.
Aprendemos que os desejos são ecos do ego e destruidores dos justos.
Que o isolamento nos aproxima e que o ser e o sentir precisam do agir para ter significado.
Aprendemos que o medo precisa da razão para clarear os sentidos.
Que a fé não reside nos templos e que os olhos não detém a verdade.
Aprendemos que tudo tem um significado, nem sempre compreendido.
Que a lição verdadeira se esconde na dor,
E que precisamos manter a lição depois de superada a prova.
Aprendemos que precisamos seguir aprendendo, este é o caminho da evolução.
Que Deus nos permite o sofrer para nos tornarmos mais humanos e que é preciso morrer no ter para renascer no sentir.
O ESTRANHO SORRIR DAS FLORES
O mar de cimento frio...
Ficou frio como é.
Motores não gritam mais,
Não se anda nem a pé.
Ninhos empoleirados
Guardam homens apressados
Que não sabem como agir.
São prisões sem cadeados,
Onde o invisível inimigo
Assusta pelo perigo
De não saber para onde ir.
Hoje se escutam os pássaros,
Com maior facilidade.
A família desunida,
Pela obrigação reunida,
Falando de Humanidade.
Ah! Homem confuso,
Que não aprendeu o que quer.
Agora a ambição se acalma,
A vaidade perde a alma,
O ateu fica inseguro,
Seu pensamento não fica puro.
Não há amparo para o que vier.
Estranhamente as Flores
Sorriem pelos caminhos.
Mãos não as matam mais.
Com seus instintos materiais.
A posse e a propriedade,
Sinônimos de sucesso,
Por instantes têm regresso
E perdem sua validade.
As palavras não resolvem,
Mas revelam a verdade.
Na inteligência Suprema,
Não prosperam os dilemas.
Porque Deus reside na consciência
E as escolhas de cada existência
Se tornarão ou não,
Nossas futuras algemas.
Estranhamente as Flores
Continuam a sorrir.
NOVAS FOLHAS VIRÃO
Acredite!!
Deus nos permite a tempestade para que o pó das folhas, desnecessário e pesado possa sair.
Os ventos fortes passarão.
Seja a sua própria fortaleza, pense na força que brota com a União e com a Perseverança, siga atento e valorize o que realmente importa.
Não deixes que o egoísmo e a idéia de que tudo ficará pior contamine o brilho de seus olhos. Dias bons precisam do Sol e o Despertar precisa de você.
Aprecie os ventos e seus ensinamentos, deixe para traz tudo o que não alegra e não faz sentido na sua evolução, seja humano, mas mantenha a razão como o caule forte que não sucumbe as interperies da existência.
Sejas digno de si mesmo, sem esquecer que somos individuais, mas dependentes uns dos outros para toda e qualquer superação
Depois dos momentos de aflição, os pensamentos velhos sucumbem como folhas mortas dando lugar ao verde do renascimento.
A esperança e a calmaria irão nutrir as faces e folhas novas surgirão, tudo que parecia impossível ficará apenas como lição do caminho.
Caminho este universal, mas que cada um percorre a seu jeito.
Logo o Sol irá despontar, um novo amanhecer nos guiará e a tempestade antes assustadora, derrubará apenas o que não nos ajuda mais.
Folhas novas virão, Deus permitiu que cada momento fosse possível porque tinha a ciência de que seríamos capazes.
Bons frutos nos esperam, longe das percepções materiais e egoístas, mas perto do sentido de humanidade que só prospera mediante a incerteza e a derrubada de tudo aquilo que achávamos ter controle.
Se a tempestade vier, caberá a nós espalhar boas sementes para que no amanhecer da calmaria novas folhas possam brotar.
ESPIRITUALIDADE E RELIGIOSIDADE NA VISÃO DA CIÊNCIA
(Por Fernando Vieira Filho (4))
Muitas pessoas se sentem confusas e me perguntam sobre a diferença entre espiritualidade e religiosidade. O Dr. Harold Koenig, psiquiatra da Universidade de Duke nos Estados Unidos tem uma ideia muito lúcida sobre este assunto, com a qual eu concordo. Em sua visão, a espiritualidade é “a aproximação do sagrado ou transcendental por meio da busca pessoal de compreensão das questões da vida sem necessariamente possuir um vínculo religioso”. Ao passo que, a religiosidade traduz “uma ligação com o sagrado ou transcendental por meio de um sistema organizado de crenças, práticas, rituais e símbolos”. (1)
Veja o que diz o cardiologista Dr. Ney Carter do Carmo Borges, da Unicamp: “Os indivíduos que buscam o transcendente também estão mais protegidos diante do estresse e da depressão, importantes fatores de risco cardíaco”. (2)
Tendo em base mais de 3.200 estudos, o cardiologista Dr. Fernando Lucchese, da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre e o psiquiatra norte-americano Dr. Harold Koenig, concluíram que “a espiritualidade atua na interação entre os sistemas nervoso, endócrino e imunológico”. Estas conclusões dos doutores Lucchese e Koenig facilitam-nos o entendimento de como uma boa espiritualidade pode contribuir para melhorar a resposta terapêutica a quadros de depressão, infecciosos, inflamatórios e relacionados à longevidade. (3)
Em minha prática clínica psicoterapêutica, observo que a maioria absoluta dos pacientes que sofrem de depressão e outros transtornos afetivos, comportamentais e emocionais apresentam, de forma precoce, remissão dos sintomas físicos e emocionais, além de baixos níveis de recaídas, quando exercitam a espiritualidade cotidianamente, seja através de uma religião ou não, mas sempre praticando o bem, através de trabalhos voluntários em instituições de caridade, hospitais etc. Ou seja, qualquer atividade que tenha objetivo de nos conectar com o Pai Maior, Deus ou Universo, tanto faz o nome que se dá essa Fonte Criadora fortalece nosso sistema imunológico, promovendo uma boa saúde física e mental. Eu acredito que a senha para esta conexão com Algo Maior seja, em suma, a bondade.
É sempre bom lembrar que ter “a tiracolo” um livro religioso ou ser pregador e adepto de qualquer religião que seja não são garantias de um exercício da espiritualidade se o comportamento cotidiano dessa pessoa for negativo, maledicente e fomentador de intrigas e dissensões.
Para toda causa temos um efeito, um resultado, uma consequência, portanto, trabalhemos confiantes em boas causas, pois os resultados serão sempre positivos para nossas vidas.
1. H. G. Koenig, D. King e V. B. Carson. Handbook of religion e health.
2. Revista Saúde. “O remédio está na fé”. Ed. Abril, n. 371, 2013.
3. Ibid.
4. Fernando Vieira Filho – Psicoterapeuta Clínico, palestrante e escritor.
Autor do livro CURE SUAS MÁGOAS E SEJA FELIZ! – 2ª Ed. - Barany Editora - 2012.
E coautor do livro DIETA DOS SÍMBOLOS – 6ª Ed. - Melhoramentos - 2004.
É autor dos E-Books: PSICOFÁRMACOS - Uso e aplicações de forma simples e eficaz. PSICOPATOLOGIA - Apresentada de forma simples e objetiva - Incluindo psicopatologias infantis. SISTEMA DE TERAPIA FLORAL do Doutor Edward Bach (Portuguese Edition) – Amazon – 2013. E-book.
A vida decerto é algo mau aos olhos de um coração amargurado, mas o coração que tem rigor, desejo e gozo, se deleita em felicidade.
O desejo do homem é conhecido por eles como incontrolável, porém se algo é impossível, o que lhe seria possível.
Deus dá o livre arbítrio, mas não quer dizer que por poder fazer o que quiser, faria a coisa errada.
Por isso vos digo, confia no senhor e descansa.
Querido amor.
Quando te vi, admirei.
Mal percebi e me apaixonei.
Quando estava tudo bem, se tornou passado.
Eu tinha te amado.
Essa confusão pareceu atropelo.
Me adoeci por causa desse amor.
Por causa disso, você se afastou.
O amor é brisa passageira.
Aproveite enquanto está fresco.
Mal estou, mal ficarei.
Adeus amor.
Obrigado por tudo e por isso te amarei.
Até a próxima vida, meu bem.