Filha mais Velha
Certa vez; um homem que morava em uma casa velha se cansou por já está ali desde sua infância, e resolveu ir morar em um palácio. Lá descobriu que não havia alimentos. Retornando a sua velha propriedade, onde a lavoura era farta, descobriu que ela estava habitada por novas pessoas, e assim ele mendigou o resto de sua vida.
Cuidado com as escolhas que você faz, pode não haver retorno, e nem sempre o luxo tem a felicidade que aparenta ter.
A velha e inquietante pergunta.
Somos livres?
Há quem afirme e passe recibo com um enorme "Yes", "Sim."
Porém delibero um pressuposto inquietante de:
Se algo ou alguém nos detém ou controla ou dependemos;
dá-se a entender que liberdade é algo dúbio e fugaz.
... e indago-lhes!
Quem é livre?!.
Com o passar dos anos, você não só fica velha, como também aprende muito o que te ajudaria a viver melhor. Aprendi que discussões não te levam a nada, que ser ignorante com os outros, só te torna pessoa sem compaixão e sem educação. A vida te ensina a não fazer questão de certas pessoas em sua vida, que cada um tem seu momento, sua evolução, e que você só é responsável pela sua própria. Cada um está no seu próprio tempo, e não tem nada de errado nisso. Aprendi a se calar, quando sabes que falar não vai adiantar. E o principal é que ódio ou raiva só fará mal a uma única pessoa que é você. E amadurecer não é ter idade, é ter evolução.
Não é a mesma coisa…
Olhar o por do sol sem sua presença
A beira do mar sentindo a boa e velha brisa
Eu só queria estar com você
Mesmo sabendo que isso nunca vai acontecer
Talvez tenha perdido nossa única oportunidade
Mas o que fazer? agora é tarde
Tivemos os melhores momentos bons e ruins
E lembro de todos eles mesmo assim
Querer poder ser e estar
Mesmo sabendo que isso esse dia nunca vai chegar
Essa sensação angustiante de querer quem já se foi
E pelos meus erros peço que me perdoe
E ainda assim no lapso de euforia
Uma memória boa se inicia
E o choro por sua vez
O acompanha no fim do dia
ALMAS GÉMEAS
Ninguém me vê...
Acabrunhado
Ao mortificado,
Nesta cadeira velha
Que faz doer as cruzes
Deste esqueleto
Já absoleto
Que se senta
Rumo aos setenta
À espera de algumas luzes.
Ainda bem que ninguém me vê...
Neste cubículo escritório,
Em sistema de dormitório,
Para dar em cada dia ao mundo
Um poema infecundo
Teorema lógico
Dos axiomas
Postulados
Gravados
No sistema patológico
Rumo doloroso
Até conseguir o dialógico
Gostoso,
De ter alguém em simpatia,
Que todos os dias em sintonia,
Anima e faz viver a minha poesia.
(Carlos De Castro, in Há Hum Livro Por Escrever, em 15-05-2023)
A velha máquina de costura
Lembro de acordar à noite e ver um barulho vindo da sala
Altas horas na madrugada
Minha mãe ainda acordada.
Sentada em sua máquina de costura..
Da onde ela tirou o sustento de todos nós...
Depois que meu pai nos abandonou...
Foi na máquina de costura que minha irmã se formou..
Que médica se tornou...
Foi na máquina de costura que minha mãe comprou a nossa casa...
Foi na máquina de costura que a minha mãe me deu Cultura...
Hoje sou um professor com muita honra no coração..
Agradeço minha mãe e sua máquina de costura...
Anos se passaram e minha mãe e sua máquina de costura trabalhava com afinco para não faltar nada para nós...
Um dia um silêncio instaurou-se naquele quarto aonde ficava a máquina de costura...
Minha mãe com sua postura não estava mais entre nós
Minha esposa queria arrumar aquele quarto doando a máquina de costura....
E a máquina de costura ficou com um troféu e um exemplo de que através do trabalho com afinco a minha mãe nos criou...
Obrigado minha mãe obrigado minha querida e velha máquina de costura...
Quanto mais me distancio, mais insisto;
Naquela velha questão,
Do porquê eu existo.
O mais velho questionamento da humanidade,
Ironicamente o único que não há boa resposta;
Não se sabe a resposta, nem aqueles com mais idade.
Eu, como todo o tolo de nós, tentei entender;
Sem sucesso, certamente.
Poderia isso ser apenas mais tempo a perder?
Mas o próprio tempo já refuta esse pensamento;
Já que, se temos tempo, qual melhor uso se não,
Sua própria existência ou funcionamento?
A arte é bela, não é ruim. Mas é cruel;
Isso não a torna má,
Já que ilustrar a vida é o seu papel.
Através da dor eu vivo;
E através da arte respiro;
Certamente isso me levará à perdição,
Mas eu já estou em caos;
Penso no futuro, mas esta já é minha condição.
Tento me iludir externamente,
Para afugentar a dor;
Erro meu, pois ela fica pior e mais crescente.
Mas que diferença isso traz?
A dor é igual a um buraco.
Quanto mais se tira, mais se faz.
A inteligência traz o isolamento…
Eu discordo.
Eu acredito que seja o questionamento.
Sinto-me bem pelo feliz e pelo sensível,
Sinto-me também ignorante desta vez
Por não compreender como isso é acessível.
Para tudo e todos há uma limitação,
Pessoalmente já atingi a minha.
Muito precocemente, me deixou sem reação.
Reação à vida, já que consiste apenas na dor,
O que antes era um significado, agora só anestesia.
Tal como dinheiro, religião, pensamento e amor.
Não quero mais nada, nem ninguém.
As pessoas me acham sensacional,
Eu acho que sou apenas um refém.
Refém do meu congelado coração.
Que por mais que esteja bloqueado,
Não me impede de tomar uma decisão.
Decisão essa que faz sensacional,
Aos olhos externos, é claro.
Pois por dentro, sei que sou somente um ser anormal.
Aquele que não veio normativo,
Só encontra o que busca na intensidade.
Aquele que não vê graça em estar vivo
Só encontra no lado oposto da humanidade.
Me refiro ao amor pelo vida,
No desejo de sobreviver.
Em evitar a morte, e ignorar a porta de saída.
Não me sinto assim.
Por mais que não queira morrer,
Não faz diferença que encontre meu destino, enfim.
Desde o fogo intenso e finito da vida,
Até o inevitável e suave frio silenciador da morte.
Alguns encontram sua vocação tão querida,
Enquanto outros não têm a mesma sorte.
Encontrar o que precisa, ao invés do que quer.
Pode ser esse o significado.
O problema é o que fazemos para merecer.
Alcançar a motivação de avançar,
Requer que se complete com alguma exigência.
Mas quando não há o que se completar,
Perde-se o apetite da existência.
A sujeira da fumaça que inalo,
Representa o meu interior.
Que certamente é menos ralo;
Mas a sujeira não justifica a dor.
Na realidade, o oposto se solidifica,
Já que as feridas me intoxicam.
O que é bom se perde, o que é ruim fica,
E então, todas as dores se unificam.
A confusão acelerada se aquieta devagar.
No exato momento,
Que a depressão toma lugar.
Felicidade ou paz, não desejo nenhum dos dois;
Não pelo que ela é, de fato.
Mas sim, por conta do que vêm depois.
QUE SOSSEGO
Era só a minha avó.
E em tardes de calmaria
Debaixo da velha ramada
Das folhas do morangueiro
O corriqueiro,
Americano,
Ela, aos botões, dizia:
- Que sossego! Bendito ano!
Ela não sabia
Que eu estava
Com ela,
Mirando-a de uma janela
Pequenita que havia
Logo atrás dela.
E eu ouvia tudo naquela viagem
Feita miragem
Que minha avó fazia,
De consciência apurada,
Sem precisar de andar
Ou sola dos chinelos gastar
Em qualquer estrada...
Foi ela que me ensinou,
Aqui onde vou,
Que para sonhar,
Só basta estar!
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 29-05-2023)
Sempre te considerei uma irmã mais velha, minha prima.
Suas conquistas e suas palavras de sabedoria sempre me inspiraram e me ajudaram a me tornar a pessoa que sou hoje.
Quero te desejar o mais feliz dos aniversários. Que ele seja um reflexo do amor e da pessoa maravilhosa que você é. Parabéns e muitas felicidades!
A angústia é uma velha amiga
E sabedoria é meu dever.
Lentamente, a razão está desbotada
Pela guerra que cessou a beleza
- Dynamics No.1 – Hamartia
A página velha
O encontro das almas
Com toque do destino
Aconteceu
Recheado de energia...
Vontade e pureza
Revelando se forte
Mas veio a tempestade
Com força o suficiente
Para derrubar
O castelo de sonhos e vontades
Construidos na areia
Lágrimas e abraços apertados
Não foram o suficiente
Para segurar nas mãos
A razão e o coração
Sem tanta condição real
E foi lá na distância
E na falta de caminhar
Que descobriram o Amor indo morrer
E agora não faz sentido
A página é velha
Cada um segue a sua história
E cada uma caminha com o seu : Uns dizem Amor, outros dirão escolha
E o destino em silêncio fica
By @ronanmarrom
Minh'alma é velha,não é burra ou tola. Não sei quantas estâncias já vivi o suficiente para aprender. Mas essa última acredito que foi pra revisar todas interiores.
Tenho baixissímas expectativas sobre tal projeto, mas minha alma velha, meu corpo jovem, uma preguiça iminente e um ego enorme, me trás aqui.
Então, senhoras e senhores. Senhoritas e cavalheiros. Sejam muito bem vindos a minha linha de pensamento.
Oi velha amiga
Acredito que já somos próximos
Não é mesmo depressão
Afinal você sempre chega sem bater.
Mas deixa-me te dizer
Já não sobrou nada para você quebrar
Porque insiste em continuar?
Onde vamos chegar assim!
Já tentei correr de você
Mas no fim, você sempre consegue chegar em mim.
Me derrubae, me surrar, me machucar
Só para me ver levantar, e de novo tentar fugir.
Será que existe algo em mim para corrigir
As pessoas vão embora
A toda hora
Quando olho para o lado, lá está você.
Até onde vamos depressão
Saiba que sua amiga solidão
Já não tem mais efeito no meu coração.
Ele está vazio e quebrado.
Me deram armas contra você
Diversos remédios sabia
Mas você sempre sai na frente
Sinceramente quando olho para frente
Sinto um frio na barriga de roer os dentes.
Agora que você me tirou tudo
Parece que estou perdendo a visão
O coração bate fraco
Os passos estão lentos
Parado sinto o frio dos ventos
No meu corpo.
Será a morte a única paz?
Esse é seu objetivo
Velha amiga!
MINHA AMENDOEIRA
Um dia fui até que [ por demais feliz],
Lembro-me de uma velha castanheira.
Embaixo dela brincava no tempo de minha
Infância.
Chamava-a pelo nome de castanheira, mas,
O que se comia era a amêndoa [ o fruto].
Certo dia dessas distrações de criança,
Pus-me a brincar num balanço improvisado.
De maneira meio solta e leve com a vida, como
A quem não deve nada e não sabe de nada.
Comecei numa pressa de viver o momento
Que só e' peculiar 'as crianças.
Na primeira balançada foi um vai e vem
Esplêndido, e na segunda vez foi uma atirada
Um pouco mais ousada,