Filha mais Velha
Aquela velha história novamente, deixei um amor para trás e quero viver o tempo que "perdi ".
Queria viver esse tempo, mas nessa caminhada achei o sorriso dela, na logo agora, agora que queria pensar mais nas roupas que usaria para sair e não nela. Você já viu os olhos dela? É um grande universo, fiz um mundo em que só existe nós duas. Não quero-me jogar novamente, mas o abraço dela puxa mesmo ela não sabendo!
K.B
Não é o passar dos anos e suas consequentes mudanças físicas que torna alguma pessoa velha, mas seu estado de espírito.
TRAVESSIA
Márcio Souza. 688 21.08.18
Canoa, velha canoa,
À beira do rio ancorada,
Junto do barranco sua proa,
Pra embarcar com minha amada.
Vou singrando o velho Rio,
Nas remadas com firmeza,
Enfrentando o desafio,
Vou cortando a correnteza.
Levo meu amor comigo,
Com muita satisfação
Nos braços dela meu abrigo,
E seu leito, o meu coração .
Vai suavemente deslizando,
Minha Velha canoa querida,
Levando quem estou amando,
Para a nossa travessia da vida.
Somos amantes sonhadores,
Pois tu fisgaste meu coração,
Eu barqueiro do amor,
Pescador de sonhos e de ilusão.
Do lado da outra margem,
Vamos novamente ancorar,
Com fé, amor e coragem,
E felizes, para sempre nos amar.
Encontrarás nossa casinha,
Cheia de paz e amor,
Onde serás a minha rainha
E do jardim a minha flor.
A utopia se alimenta dessas decepções periódicas, assentada sobre uma velha imagem, apagada mas não extinta, de soberania da nação
vinte e um de janeiro,
espaço sideral
velha roupa colorida.
nuvens pretas,
cinzas de petróleo.
corpo marcado,
olhar robusto.
limbo existencial,
beira-mar.
da janela,
o horizonte.
de mim,
o horizonte.
deles,
o ponto final.
pragmáticos que são.
Quem for paulistano da gema, que viveu na velha e querida Sampa dos anos 50 e 60, vai se lembrar...
E quem só conhece essa loucura que é a Sampa de hoje em dia, pode acreditar que foi assim mesmo...
"Ai que saudade que tenho, da aurora da minha vida..."
Serve para muitas e muitas outras cidades deste nosso Brasil,
basta mudar certos nomes, e lembrar, vale até enxugar uma lagrimazinha teimosa...
Lembranças de um tempo que não volta mais...
Quem viveu, pode lembrar
Ósculos e amplexos,
Marcial
A VELHA SÃO PAULO DA GAROA
São Paulo, que terra boa...
Marcial Salaverry
São Paulo, sempre foi uma das grandes cidades do mundo, e sempre a maior do Brasil. Mas quem vê esta metrópole alucinada de hoje, e a conheceu em outras épocas, forçosamente sentirá a saudade batendo forte no peito.
Era outra vida, era o tempo das serenatas... Aqueles rapazes que pretendiam conquistar suas eleitas, cantando sob suas sacadas, e as donzelas, sempre suspirantes, assomavam às janelas, sorrindo enlevadas para seus apaixonados. Eram lindos romances.
As crianças dessa época apenas sabiam brincar, ignorando totalmente essas coisas de namoro. A infância vivia uma verdadeira infância, sem queimar etapas. Existia algo chamado inocência. Apenas na entrada da adolescência que começava a existir aquele namoro “de portão”, e assim, as serenatas eram um meio para os rapazes demonstrarem seus sentimentos às jovens. Hoje, bate uma saudade incrível desse romantismo gostoso. Piegas, porém muito gostoso.
Andava-se tranquilamente pela cidade. Era possível brincar nas ruas. E existiam aqueles jogos de "sela", “uma na mula”, “dono da rua”, jogava-se futebol nas calçadas, e com bolas de meia. Alguém sabe o que é uma bola de meia?
Claro que havia indivíduos que viviam fora da lei. Eram chamados malfeitores. Mas nem eles agiam com violência, principalmente com essa violência gratuita que vemos nos dias de hoje. Até para isso havia uma certa ética que eles respeitavam. Tivemos alguns nomes que marcaram época, como Meneghetti, Sete Dedos, que entravam nas residências, roubavam e saiam, sem que ninguém notasse sua presença. Tudo dentro da mais estrita “ética profissional”, sem nada de violência.
Não havia esse consumo desenfreado de drogas, essa maldade que se encontra hoje, quando as pessoas de bem precisam viver enclausuradas, com medo da violência das ruas. A rua era nossa, podia-se passear e brincar à vontade. Havia um costume de época, quando vizinhos se reuniam à porta de uma das casas, colocavam cadeiras na calçada, e o papo avançava noite a fora... Não havia a tal da televisão, que tirou esse costume tão gostoso, e agora totalmente inexistente "graças" ao advento do computador e do celular... Pràticamente não se conversa mais, apenas se digita... Havia uma convivência saudável, e havia um enorme respeito das crianças e jovens pelos mais velhos. Sua palavra era quase lei.
São Paulo com seus bondes, com o charme fantástico da Avenida Paulista, e seus palacetes, com que os “Barões do Café” ostentavam sua opulência, sem que precisassem temer serem sequestrados.
O que dizer então da Avenida São João, e seus lindos cinemas, como Metro, Art Palácio, Paysandu, programa obrigatório dos fins de semana. O Ponto Chic, e seu famoso “Bauru”... Haja saudade...
E as salas de espetáculo como Odeon, na Rua da Consolação, com as Salas Azul, Verde e Vermelha. No carnaval, os bailes do Odeon eram o ponto alto naquela bela Sampa.
Na esquina da Rua Consolação com a Av. São Luiz, havia a Radio América, onde nos fins de semana assistia-se a monumentais shows musicais. Por exemplo, os Quitandinha Serenaders, um conjunto que arrasava... Não podemos esquecer um jovem que tocava bandolim genialmente, chamado Jacob do Bandolim, e o que dizer dos Titulares do Ritmo, que era um conjunto formado por cegos, e que a todos encantavam com sua arte... Não podemos esquecer uma menina em começo de carreira que arrasava corações juvenis, chamada Hebe Camargo. E um garoto que ela chamou de “principezinho de olhos azuis”, ganhando um gostoso beijo nas bochechas... Inesquecível... Será que ela reconheceria hoje esse "principezinho"? Dos 8 aos 80 mudou alguma coisa...
Nessa época, ainda havia a famosa garoa... Acho que a poluição matou a garoa... E como era gostoso passear a noite, curtindo o friozinho saudável dessa velha garoa... Av. São Luiz, Praça da Republica, Av Ipiranga...
Nos dias de jogo no Pacaembu, o charme era voltar a pé, para uma paquera na Praça Buenos Ayres, um dos pontos mais lindos daquela São Paulo, descer pela Av. Angélica até o Largo do Arouche, para ir patinar num rinque de patinação, que era o ponto de encontro da rapaziada, sempre naquela tentativa de um namorinho com as meninas que lá iam, sempre com seus pais. As meninas “de família”, jamais saiam sozinhas...
Essa era a São Paulo daquela época... Não é para sentir saudade? “São Paulo da garoa... São Paulo que terra boa...”
Marcial Salaverry, com muita saudade, deseja a todos UM LINDO DIA, e a SAMPA, um FELIZ ANIVERSÁRIO...
Não se trata de subir, velho ídolo mental desmentido pela história, velha cenoura que já não engana o burro. Não se trata de aperfeiçoar, de decantar, de resgatar, de escolher, de livre-abitrar, de ir do alfa ao ômega. Já se está. Qualquer um já está. O disparo está na pistola; mas é preciso apertar o gatilho, e o dedo está fazendo sinais para fazer parar o ônibus ou qualquer coisa assim.
Amor,
Eu sou só mais uma e me sinto velha
A beleza do mundo me cega
Eu não posso compreender a vida nem o que sinto.
Eu estou cansada porque sonho muito.
E os sonhos, eles pesam ainda mais do que a realidade
De anjos a Deus, eu sonhei com todos.
Sonhei até que o Demônio era meu amigo
Ele estava triste e eu o consolava.
Sonhei com o meu futuro nessa vida e na vida após a morte.
Eu me vi de asas e cabelos longos ao vento
Sonhei que eu era importante no além.
E que encontraria todos que eu amo
em nossa melhor forma do lado de lá.
Sonhei que Deus me amava e também sofria como eu.
Imaginei que a gente se entendia e se abraçava.
Eu pedia perdão para Ele, que me dizia estar tudo bem e me amava.
A gente ria junto.
Sonhei que eu amava outra alma no outro lado do mundo e nos reconhecíamos.
E ela era boa, exatamente como a imaginei
De volta à realidade eu quis ser professora e fazer alguma diferença...
Eu quis ser artista e ter minha recompensa...
Mas duvido do que realmente valia a pena nessa vida.
Fecho meus olhos a noite e quase sempre durmo mal.
O barulho da geladeira zune no meu inconsciente
Ao menos na sala eu posso chorar sem ser vista
As lágrimas sempre me deixam sonolenta e um pouco grogue.
Mas desde de que virei adulta, estou sempre um pouco acordada.
É... de qualquer forma, a vida vai doer
Seja porque se vê beleza demais, ou porque não se vê beleza alguma;
Me encontro entre o apavoro e a gratidão
Estou erguida e tombada
Insignificante e esplendida.
A poesia e minha velha amiga
Sempre nos encontramos na hora do café
Senta comigo , me diz coisas sobre a vida
Reflexivas, quem ouve todo dia
sabe que ela tem muito a contar
As vezes me faz rir
As vezes me faz chorar
As vezes me faz amar
Só nao tem o dom para me fazer odiar
Observo ela, a descrever tudo que cabe em seu olhar
O gosto doce do café, brinca e descreve lentamente de acordo com o vivenciar
Do açúcar a água
Da água ao pó
Me faz entorpecer de café
Igual me faz escutar
mais do que posso falar
Autor: Kleyton Souza
(...) Soledade, pode ou não ser uma conseqüência de uma grande e velha decepção, ou opção, senão um estado de crise existencial...
LUZ
Hoje quero ver o dia com um olhar diferente,
Mudar o rumo desta velha prosa,
Ouvir mais e ser menos eloquente.
Ver tudo mais colorido, mais cor de rosa.
Quero saborear um café com pão,
Agradecendo a quem plantou o grão.
Vivendo intensamente, com mais empatia,
Com mais amor, com a mais sincera alegria.
Quero exigir menos dos que quero bem,
Gostar, amar sem restrições,
Ter mais paciência e piedade também.
Distribuir mais e incansáveis perdões.
Parar de tentar em vão,
Consertar este mundo e quem nele habita,
Conviver bem com o sim e o também com o não.
Para que a vida seja mais leve, mais bendita.
Hoje não abro mão de ver a lua,
Mesmo que seja a minguante,
Porque a verdade nua e crua
É que cada dia é um só instante.
Porque hoje acordei luz.
Mulher...
Mulher não importa a idade, velha Nova é sempre louvada, cada dia mais amada .
Linda como uma rosa ,mas frágil como um vaso, não tem jeito vocês são tudo,vocês são alegria no nosso planeta.
Feliz dia das mulheres.
A ESTRADA
Velha, solitária e longa estrada de terra batida,
Que aos poucos, desaparece ao final da curva,
Eu busco esperanças e os novos sonhos de vida,
Deixando as marcas no chão dos sinais da chuva.
Um chapadão que se perde no infinito,
Sob o perfume da terra e da Natureza,
Uma montanha que surge de azul tão bonito,
Formando um ambiente ideal e de rara beleza.
É um pedaço do céu, que se encontra com a terra,
É o ar puro que se mistura ao cheiro e frescor,
Com o verde das plantas e a beleza da serra,
Numa perfeita harmonia do Deus Criador.
Passo a passo eu sigo meu caminhar,
Levando saudades de alguém que ficou,
E não medindo distância aqui vim buscar,
O bálsamo da vida, para a cura de amor.
Um amor de fantasia, de quimera ilusão,
Sem opção de escolha, nem outro caminho,
Que deixa marcas profundas no coração,
Não vale a pena sofrer e amar sozinho.
E nesse paraíso solitário eu vou vivendo,
Numa meditação de leveza e de alma pura,
Minhas tristezas de amor eu vou escondendo,
Pois o tempo é sábio e com o tempo se cura.
Vim buscar minha paz, meu sossego de vida,
No sopé daquela serra e ao final da estrada,
Numa casinha simples e nessa terra perdida,
Fincarei minhas raízes e farei minha a morada.
O próprio tempo ao seu tempo, afinal vai dizer,
Sobre paz que me envolve e o desejo de ir embora,
Mesmo que minha memória se recuse a esquecer,
A velha estrada e tempo escreverão minha história,
MEMÓRIAS
Uma velha tapera perdida no tempo,
Já sem telhas e aos pedaços caindo no chão,
São recordações e lembranças no pensamento,
De um passado distante de uma geração.
Foram tempos alegres, que ali eu vivi,
Foi uma infância feliz e com o tempo passou,
Que o próprio tempo marcou e não esqueci,
Foi uma linda herança, que na memória ficou.
Ao rever a paisagem, que fora verde e florida,
Onde havia beleza, alegria e amor,
Agora cinzenta, inerte e sem vida,
Até a árvore que havia, o próprio tempo secou.
Aquela terra árida deixada, no meio do nada,
Que antes foi farta, de muita esperança,
Hoje, triste, solitária e abandonada,
Corroída pelo tempo é apenas meras lembranças.
Só um tiquinho mais velha.
Acordei hoje mais velha,não choro por isso e nem sinto remorso,
vivo o meu hoje bem devagar.
O tempo é lento e a natureza me abraça,
o sol esmaece seus raios em meu rosto,
siinto a brisa do agora .
O segundo a frente,deixo vir lentamente ,
sovando assim meu tempo e degustando a vida, meu paladar é inquieto.
Porque preservamos alguma coisa?
Porque é bonita ou traz uma boa lembrança ou...
é velha e necessita estudar.
O resto é demagogia!
Já tiveram nada e tudo simultaneamente?
Eu tinha uma cômoda velha, o fogão de duas bocas, um colchão de ar tipo casal e ela, era o cara mais feliz do mundo só por tê-la todos os dias ao meu lado.
Velha companheira
As horas passam
os dias voam
os anos chegam
e a cada momento
uma pergunta
sempre a mesma pergunta
que nunca se cala
sempre perturba
distorce a alma
estanca a razão
se é que existe razão
essa pergunta
é a mesma que você
está se fazendo agora
não responda
Não existe resposta!