Filha mais Velha
A casa das memórias
(Victor Bhering Drummond)
A velha casa ainda estava lá.
Preservando memórias, mistérios
E provocando medos.
Eram só retratos na parede
Pinturas e rabiscos na alma
Incapazes de fazer mal a nenhuma
Criatura sequer.
Abri a porta, senti o cheiro das coisas guardadas.
Sentei no sofá; voltei nos anos
E encontrei a festa do dia do batizado
Sendo celebrada novamente
Nas sala do meu coração.
(Outono no Sul - Registros de uma Casa Velha, 2017)
Na última matança em Roraima,
Cabeças faziam jogo da velha,
Políticos classificaram como acidente,
As facções como dente por dente!
REMINISCÊNCIA
Aquela casa velha no vale...
Os ventos ainda te sondam
o sol em suas manhãs, ainda lhe sorrir
mas hoje, abandonada...
Das promessas e esperanças
o que lhes resta, são...
Montanhas de saudades, por ali.
Hoje, suas paredes e seus espaços
são baús de um tempo passado
são marcas de um plano marcado.
Baús, cheios de sonhos
felicidades alegrias
choro, tempestade fantasia.
Florada de vida, idas e vindas
ate mesmo,
coisas que não parecia.
Nas paredes d'aquela, casa..
amores e medos, misturam-se,
com degredos, e segredos.
Falta-me ar
Penso mal, entre transparência e escuridão,
Mas é só a velha nostalgia de hoje,
Sufocando meus pulmões
Não sei de onde respirar
Penso bem, e acabo escolhendo o amanhã
Ao ontem empoeirado
Penso melhor
E percebo
Talvez a poeira do caminho
Possa me ajudar,
Caso eu me perca.
Teus caminhos, tuas escolhas
A velha frase “a vida é feita de escolhas” e temos que respeitar a escolha de cada um. É preferível renunciar à própria felicidade a sair do comodismo e da inanição da vontade própria; se a tua escolha é continuar no velho, rançoso e repetitivo costume de abaixar a cabeça e aceitar o que te é imposto se prefere manter-se na zona de conforto a olhar-se no espelho e procurar um resto de dignidade e força. Seja feita a sua vontade. Amém para você e para sua vida. Amém para sua existência tal qual o gado que permanece no pasto, desprovido de atitudes, aguardando somente o momento do abate. Amém para o meu silêncio. Estou de luto, sentindo a morte da sua vida em vida. Meus sentimentos por você, por nós, pelo que poderia ter sido e nunca será. Meu adeus eterno. Descanse em paz. Desta que muito te amou, mas que não tem como lutar em uma guerra perdida. Não há luta sem combatentes, não há luta quando a batalha já tem um derrotado, abandono o campo minado e te deixo entregue ao teu algoz: Você mesmo. RIP
Sem dor sem ganho
Treine uma criança no caminho que deve seguir e, quando estiver velha, ela não se afastará dela. - Provérbios 22: 6
Escritura de hoje : Efésios 6: 1-4
O educador e autor cristão Howard Hendricks adverte os pais para não subornar ou ameaçar seus filhos para que eles obedeçam. O que eles precisam é de disciplina firme, amorosa e, às vezes, dolorosa.
Hendricks lembra-se de estar em uma casa onde um estudante de olhos brilhantes estava sentado do outro lado da mesa.
"Sally, coma suas batatas", disse a mãe em um tom parental adequado.
"Sally, se você não comer batatas, não receberá nenhuma sobremesa!"
Sally piscou para Hendricks. Com certeza, a mãe tirou as batatas e trouxe a Sally um sorvete. Ele viu isso como um caso de pais obedecendo a seus filhos, em vez de "Filhos, obedeçam a seus pais" (Efésios 6: 1).
Muitos pais têm medo de fazer o que sabem melhor para seus filhos. Eles temem que seus filhos se voltem contra eles e pensem que não os amam. Hendricks diz: "Sua principal preocupação não é o que eles pensam de você agora, mas o que eles pensam daqui a 20 anos."
Até a correção do nosso amoroso Pai celestial é dolorosa, mas depois (talvez anos depois) "produz o fruto pacífico da justiça naqueles que foram treinados por ela" (Hebreus 12:11). Como pais amorosos, ousamos ter menos visão a longo prazo do que nosso Pai celestial?
Refletir e orar
Como pais, devemos ter este objetivo:
Ensinar a nossos filhos o autocontrole;
Pois disciplina firme e amorosa
Pode mantê-los longe dos caminhos do pecado. -D. De Haan
A maneira mais certa de dificultar a vida de seus filhos é suavizá-los. Joanie Yoder
GENTE GRANDE
Em minha velha infância eu queria ser gente grande
Quando eu tinha tempo para olhar o céu
Quando ficava de bem com o amiguinho entrelaçando os dedos
Quando dormia cedo para chegar logo o dia seguinte
No tempo em que as águas da chuva levavam meus barquinhos de papel
No tempo em que subir em árvores era tão normal quanto um sorriso ao comer chocolate
Mal sabia eu...
Naquela época é que eu era grande.
Perfeccionismo é uma ideia velha e caduca. Não existe ser humano perfeito. E se existe é um deus caminhando entre nos.
A velha cerejeira...
As folhas secas cairam
e muitos galhos secaram.
Foram podadas as arestas
e um novo ciclo se iniciou
dando vida nova ao velho tronco
que ao longo dos anos,
foi enfraquecendo
e suas flores e frutos,
escasseando.
by/erotildes vittoria/
Paradoxo
Antítese insondável
Velha amiga
Sempre notável
Esgueirando-se por cada fresta
Esparrama-se no chão
Recobre as paredes
Transpõe o intransponível
Permeia o impenetrável
Preenche os espaços
Com teu vazio
Em inaudito eco
Ribomba o grito
Sempre ensurdecedor
Fugaz parceira do amor
Acorrenta-me em liberdade
Preenche com o vazio
Me afaga com a dor
Faze-te vista nas sombras
Faze-te ouvir no silêncio
Faz-me companhia na solidão
E antes de meus joelhos
Tocarem o chão
Leva contigo
A presença constante
Da ausência pedante
Que enquanto se espalha
Cortante como navalha
A derramar do que sinto
Cada paradoxo que me prende
Na liberdade que me invade
Enquanto me entrego às correntes
Sem receio…
E minha alma
Outrora só ousadia
Libera por entre meus lábios
Um suspiro
Que chama calado
Teu nome
Sempre que vê
Que renasce o dia...
Novo ano novo
(José Arimateia da Silva)
Todo novo ano
É um ano novo,
E por mais que velhas
Sejam as coisas
Novo é o ano novo.
Velho é o tempo
Não para pra ninguém,
Deixa todos para trás
Tem pressa e vai além
E não volta nunca mais!
Fragmento
Caminho pela velha rua da minha infância...
jà mudou de nome umas seis vezes,
a miséria continua a mesma.
Minha Velha Tia
Minha velha tia me contava muitas histórias. E entre uma história e outra, ela me ensinava muitas coisas. Minha tia me contou que houve um tempo em que os animais falavam. Ela me ensinou que a Terra é redonda e que se eu sair andando sempre em frente, acabo voltando ao mesmo lugar. Minha tia me ensinou que Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil e que Santos Dumont inventou o avião. As histórias de minha tia eram sempre assim. As coisas mais difíceis ela explicava do jeito mais simples. Era preciso que cada coisa tivesse o seu inventor ou o seu descobridor. Se Santos Dumont não tivesse inventado o avião, até hoje estaríamos andando só a pé ou de carro.
Um dia minha tia me ensinou um acróstico: Minha Velha Tia Mandou Jogar Sal Úmido Nas Plantas. Para que eu nunca esquecesse os nomes dos nove planetas do Sistema Solar. Nunca me esqueci dessa tarefa que, é bem verdade, não cheguei a realizar; mas nunca me esqueci dos nomes dos nove planetas.
Eu sempre ouvia maravilhado as histórias de minha tia e nunca me esquecia de nada do que ela me falava. E ela dizia que quando eu crescesse iria saber muito mais do que ela. Talvez esse tenha sido o ensinamento que mais me intrigou. Eu não fazia idéia de como isso seria possível, embora soubesse que tudo o que ela me dizia era verdade. Lembro-me de quando comecei também a contar a minha tia as coisas que tinha aprendido sem ela. Minha tia sorria e ouvia atentamente tudo o que eu lhe dizia. Sei que às vezes ela achava que era tudo bobagem, mas nunca me dizia isso. Ficava feliz por eu estar aprendendo. E eu sempre esperava que ela complementasse as minhas descobertas com o que ela sabia. Minha tia é que sabia verdadeiramente das coisas; e só com o seu aval é que eu podia acreditar em tudo o que aprendia.
Vez ou outra eu a interpelava sobre algumas incoerências. Por que Colombo descobriu a América e Cabral descobriu o Brasil? Eles não descobriram, na verdade, a mesma coisa? Por que foi Colombo quem descobriu a América, e não os índios, que já estavam aqui? Minha tia sorriu e me explicou que os índios não tinham consciência de quem eram, nem de onde estavam, mas Colombo sim. Por isso os chamou de índios.
Lembro-me do dia em que contei à minha tia que a professora tinha dito que não foram nem Cabral, nem Colombo os nossos descobridores, e sim outros homens que estiveram aqui antes, mas que se nos perguntassem, era preciso dizer o que estava no livro. Minha tia abriu o mesmo sorriso carinhoso, sem dizer nenhuma palavra. Sei que ela nunca mais se lembrou dos nomes que eu havia dito a ela, mas, para dizer a verdade, eu também não me lembrei.
Hoje me arrependo de ter deixado tão cedo de visitar a minha tia. Lembro-me de que nas últimas vezes em que a visitei, eu ouvia atentamente o que ela me dizia, e sorria. Às vezes gostaria que ela ainda estivesse aqui. Mas sei que não seria mais possível. Talvez o mais duro exemplo de uma das tantas coisas que ela me ensinou: “cada coisa tem o seu tempo”. No tempo de Cabral, de Santos Dumont e da minha tia, as coisas mudavam muito pouco. Ela pôde me ensinar o que havia aprendido com a tia dela. Hoje, ela certamente se sentiria enciumada por causa da Internet. Eu não saberia como dizer a ela que o seu acróstico não vale mais. Não saberia dizer a ela que Plutão não é mais um planeta. Minha velha tia não sabia muito bem o que era um planeta. Não saberia me explicar por que isso aconteceu. Talvez ela fosse sorrir e dizer “isso é bobagem”. E, para dizer a verdade, eu também não saberia explicar isso a ela. Minha tia tinha razão em tudo o que dizia. Teve razão ao dizer que eu saberia muito mais do que ela. Mas minha tia é que entendia verdadeiramente das coisas. E hoje eu não sei onde aprender as coisas que ela sabia.
As baldeações de Magé
Dizem que o saudosismo é algo triste, chato ou “coisa de gente velha”, porém nem sempre as coisas são como pensam. Digo isto, pois, muitos consideram estes sintomas derivados do tal saudosismo e talvez isso soe mais como uma nostalgia – o que não é exatamente igual, ambos podem se encontrar, contudo, não seguem sempre a mesma “linha”. Talvez a cidade de Magé possua uma conexão entre ambas as palavras e muitos já devem ter ouvido histórias sobre este local, no entanto, existe um aglomerado de pessoas neste município que não conhecem as grandezas dos distritos e caso conheça provavelmente ouviram dos familiares ou foram obrigados a estudar para um concurso público. (risos)
Pois bem, Magé já foi muito importante no Brasil e isto vem com muito pioneirismo da primeira estrada de ferro carinhosamente batizada de “A baronesa” cujo qual está conservada em Petrópolis – o que acho um absurdo, pois pertence à Magé, mas dizer o quê quando não se têm os mesmos recursos ou, infelizmente, governantes reais para fazê-lo. Havia a produção de cana de açúcar, mandioca, milho, café, pólvora, tecidos e rendas – a maioria teve seu valor tanto no país quanto na América do Sul! -, mas como pode-se ver, Magé já não é uma grande referência industrial e muito menos cidade turística. (Percebe a conexão entre saudosismo e nostalgia?) (risos)
Bom, sabe aquelas conversas entre família no final de semana que remetem ao passado? Já ouvi tantas que fui atrás da veracidade dos contos e Magé é tão turística quanto Petrópolis ou outra cidade da região. Houve um tempo não muito distante onde o Carnaval era tão popular que tinha desfile entre escolas de samba da região e estimava-se mais ou menos vinte mil pessoas por noite misturados entre expectadores e foliões! Isso sem contar os outros festivais, eventos e exposições que paravam ruas, no entanto, é inegável que Magé sempre teve seus altos e baixos – mesmo tendo fé, santos e o “anjo das pernas tortas” – porém, não vem fazendo um bom proveito das riquezas desse município e está mais em baixa do que em alta.
Embora ao falarmos sobre Magé, automaticamente, cria-se uma “baldeação” entre saudosismo e nostalgia, o município tem salvação e potêncial, consequentemente, não há a necessidade de se manter na nostalgia, pois, há tantos meios de reerguer a cidade... como: recuperação dos pontos históricos, construção de museus sobre a cidade e o Garrincha – por favor, há dê-se exaltá-lo, né? – e claro sem esquecer do básico!
Por vezes penso em como seria Magé a todo vapor, sabe? Uma cidade turística e industrial... Talvez, um dia, possamos ampliar essa “estrada” que chamamos de Magé e enfim sair das estações do saudosismo e nostalgia – especialmente a da nostalgia - fazendo a baldeação para uma nova estação que a torne uma cidade melhor.
Parabéns e viva Magé!!
#Magé453anos
06/06/2018.
Use uma vez do bom senso e da coragem!
Saia da velha ignorância e siga um novo caminho, onde lhe trará novos ensinamentos.
Enquanto permanecer pensativo sem ação, a atitude aguarda, deixando passar boas oportunidades.
Sempre falamos de Liberdade!
A nossa velha e Utopica liberdade...
E não sabemos, ou não aceitamos que ao nascer apesar de toda a Dor de "Mamãe", além de sua propriedade sobre nós, ela também nos destina ao tudo.
Portanto, finjo ser Livre como também ser Feliz, pois se eu entender que não o sou, morreria!
E ao contrário do que dizem, não corra atrás de nada; absolutamente atrás de Nada.