Filha mais Velha
A velha e assustadora morte da matéria
prenuncia simplesmente...
que uma nova e eterna vida nos espera
espiritualmente.
E no fim, tudo não passou de uma ilusão, revelada pelo jokers do baralho, em uma velha jogada injusta da vida...
O sapo e a princesa
Queria casar com uma linda princesa
Pedi a velha bruxa uma magia
Que ela me transformasse numa realeza
O príncipe mais bonito que existia
Num passo de mágica minha vida mudou
Saí da lagoa em direção Ao palácio
Não sei de onde ele brotou
Eu era ali príncipe sem sacrifício
Todos me obedeciam sem pestanejar
Meu pai era um poderoso rei.
Mas, como pode uma bruxa arranjar!
Família, palácio, exército e rei.
Todos naquele lugar me reverenciavam
Havia uma princesa para eu casar
Futuro dono da coroa de dois reinos
União de povos para a paz reinar
Ela só não me avisou no que iria acontecer
Se eu revelasse a princesa o meu segredo
Na noite de núpcias eu contei um sapo ser
Desfazendo todo encanto... e para o meu desespero,
Voltei triste para lagoa... Croc, croc, croc...
Quem apostou nas estratégias da "velha política" se lenhou... a política mudou... as pessoas já sabem o significado de "interesse espúrio" (Que se opõe à ética) e o que pode ser entendido como "cara nova" (antenado com os discursos da sociedade atual), mesmo acudido pelo marketing e por interesses de monopólio. É a tradição dando lugar a renovação, ainda que esta seja fragmentada pelas representações da classe dominante. Por outros lado, temos que diferenciar, a parte do partido. O partido é o fim, a parte, o início, e talvez o meio de todo esse processo de parição.
Há uma velha estrutura a pesar. A pesar muito. Não te deixa avançar. Não te deixa evoluir. Essa estrutura é o passado. Quem foste no passado, o que sentias no passado, mas, principalmente, o que pensavas no passado.
Todo aquele acúmulo de conceitos, de julgamentos, de vitimização. Todo aquele desfiar de culpa, de medo, de ressentimento. Todo aquele peso que não confere com a pessoa que és hoje, mas que ainda aí está, prestes a explodir e a fazer valer os seus valores.
Livra-te do passado. Hoje já não és quem eras antes. Hoje já não és quem eras há cinco minutos. Tudo está a mudar tão depressa agora. Porque é que não aproveitas? Tenta desprender-te. A cada pressentimento, a cada ação, a cada situação, investe nessa nova pessoa na qual te estás a tornar, com nova consciência, com novos valores, com nova forma de pensar. Com nova essência.
Sê quem és, hoje. Pode não conferir com o teu passado. Não faz mal. Estamos na era da mudança. Até um dia em que acordes, olhes ao espelho e vejas o ser absolutamente luminoso em que te tornaste.
O livro da luz – pergunte, o céu responde
Chorei cinza de falta sua
Mas sorri colorido quando vc subiu rua, com aquela mochila velha nas costas, Cabelos grandes ao vento
Era você de volta, mas não era você de volta pra mim, você diferente, bem contente, cabeludo, mais bonito, mais vivo, menos meu. Ali eu vi, que na verdade eu chorava não de falta sua, e sim de falta minha, de como eu era quando vc era meu.
Carla Aguiar.
Lágrimas
As lágrimas que hoje caem dos meus olhos
São iguais as pétalas de uma velha rosa
Por mais murcha que ela esteja
Jamais quer deixar aquela rosa!
Luto para não deixar cair
E quando menos espero
Lá esta ela...
Caindo sobre minha face.
Pergunto a ela o porque que caiu?
E “ ela “responde:
Você meu senhor
Estava precisando apena de um carinho
Para voltar a Sorrir!
DORES DA VIDA
A dor passa pelo quarto,
pela calçada da velha rua...
pela praça do abstrato
de uma vida toda crua.
Passa por entre os dentes
e pelas famílias dos outros
pelos meus e seus parentes
e o futuro d'aquele garoto.
A dor passa pelo seu corpo
na viagem do além
trespassando cães e loucos
e o sopro dos santos também.
Passa lá pelos jardins
campos de guerra e concentração
por aqui e pelos confins
d'aquela triste paixão.
A dor passa pelos trilhos
dessa vida toda torta
passa por aquelas janelas
e pelos trincos dessas portas.
Pela cama da saudade
nos quatro cantos do mundo
por mentira e por verdade
e por aquele amor profundo.
No frio da noite, a dor
passa pelos vagabundos
no lixo o choro do horror
no escuro olhos do mundo.
Passa a dor n'aquele voou
e na carreira da ambulância
no choro que hospital chorou
e no tapa dada à criança.
A dor passa pelos ventos
com a arte da poluição
pelo verde todo sedento
e pelas válvulas do coração.
Passa lá pela atitude
e ao ataúde fúnebre
necrosando a velha saúde
com bactérias e febre.
Passa, a dor já a cavalo
pelos ventos do destino
careta moldando embalo
em artimanha de menino.
A dor passa pela juventude
de um viver e tempo passado
pela vaidade, liberdade, grude
e sentimentos desconfiados.
Passa, querendo voltar
ao alicerce de todas as linhas
aos bilros de todas as rendas
e aos novelos das contendas.
A dor passou pelos currais
mourões chibata de couro
passou pelo povo de ontem
e hoje, passa de novo.
Quanta dor passa calada...
Sem suspiro choro ou vela
seca sem nem uma lagrima
dor minha d'ele ou d'ela.
A minha dor, passou e passa
assim como passa a sua
passa triste ou com graça
com belo sol ou com lua.
Antonio Montes.
Bonito é vê-la acordando, vestindo minha velha camiseta amarela e suas meias cinza, grossas e quentinhas aquecendo os pés. Bonito é perceber o abrir de seus os olhos, vê-los me encontrar e ganhar seu sorriso meio sem graça porque está despenteada. Dia frio ela se aninha em mim, ganho seu calor, sinto seu cheiro, um do outro, assim que é. Bonito é vê-la levantar cheia de preguiça boa e ela tem um espreguiçar tão bonito, mãos pra cima ganhando o céu, um gemidinho dengoso de mocinha tímida, mas um ajeitar de cabelo sexy que só vendo. Bonito é seu pé com chinelo e meia, é minha camiseta amassada em sua pele, é seu rosto natural, é a vida sendo normal. Bonito é viver a dois, assim "feijão com arroz", mistura, sabor, harmonia. A gente divide o café, a gente divide o pão, divide o coração, a gente divide a vida. Pois um dia se descobre que é a simplicidade que rega o amor, que é na conquista bonita de cada dia que ele cresce, que é em cada pequeno detalhe, em cada pequeno toque que ele se renasce.
Precisamos de alguém assim, que nos equilibre na balança das relações. Dois corações. Nem mais, nem menos. Nem muito, nem pouco. Quando encontramos alguém que nos espelha, tudo que nos rodeia se torna cor, tudo que brota na alma é amor, todo toque é quente, fervor. Quando nos vemos refletidos em outros olhos, é sinal de que nossa aliança espiritual foi encontrada. O amor sempre vem. Nunca procure, nunca se faça buscar. É nas curvas do mundo e nas certezas do tempo, que aquele que vai te flamejar a vida vai te descobrir e, da mesma forma, você o descobrirá. Quando esse amor nascer, não haverá cicatrizes, nem lembranças, nem passado. Haverá você e ele, um futuro, um do outro, lado a lado.
Bonito mesmo é essa beleza crua, exposta, sem retoques. A gente se apaixona mesmo é pelo olhar que nos procura, pelo sorriso que nos encanta, pela voz que nos cativa. Roupas e maquiagens até atraem, mas o que faz ficar é essa essência do ser belo no simples, do ser cativante na rotina, do ser apaixonante toda vida. A beleza do corpo pode até ser o convite, mas é na beleza da alma que a gente faz moradia, é nela que a gente entra e quer ficar. O que está dentro é o que conquista, é o que agarra, é o que brilha, é o que faz cada história se eternizar.
Fiz muitos exercícios de gramática, seguindo especialmente a velha Gramática Metódica de Napoleão Mendes de Almeida, e procurei incorporar o aprendizado de tal modo que a regra aprendida funcionasse automaticamente. Hoje, que escrevo com correção, esqueci metade da nomenclatura gramatical e ela não me faz falta nenhuma. A gramática é um estudo reflexivo que pressupõe de certo modo o conhecimento prático do idioma e não pode substituí- lo. Mas, como eu já disse, as mentes muito dedutivas e analíticas precisam já de um pouco de gramática no começo do aprendizado.
Reflexão diária 08/02/2017
Quando em um breve descuido nos desviamos das situações básicas, velhas raízes lentamente brotam, nosso egocentrismo reaparece com todos nossos medos e defeitos.
Simplesmente rotina
Faço sempre o mesmo trajeto
Dia após dia na velha calçada
Ainda assim feliz por continuar
Uma história talvez abençoada
Pode ser rotina, mas é valiosa
Cortando a praça da infância
Encontrando gente do bairro
E tendo paz em abundância
Sou desprovido de ambição
Dispenso ganhos absurdos
O consumismo não me atrai
Só quero ter saúde, marujos
Seguir andando, com calma
Vestes simples e alma nobre
Em busca de alguma riqueza
Que não é trocada por cobre
Acredito que sou afortunado
Pois sinto que nada me falta
E eu volto para a minha casa
Como quem dedicou serenata.
NA GAVETA
A minha gaveta velha,
além de rígido para abrir e fechar...
ainda guarda cacos e cacarecos
e grilos que vivem a rondar.
... Peças velhas, recibo de frete
bilhetes de escrito amassado
cartas manchadas, confetes
de um eterno carnaval passado.
Grampos e bob's para cabelos
um broxe estorvando um canto
guarda também um lenço branco
que um dia, enxugou seu pranto.
Pregos, canetas, tachinhas
ate uma meia velha, vi ali,
ali só tem coisas minhas
mas tantas, que nunca vi!
Um enredo de um segredo
segredo que quis preservar
... Preservar, todavia é sedo
para um dia, em segredo chorar.
Antonio Montes
O SOL DO ESPLENDOR.
SABE AQUELA VELHA HISTÓRIA DE QUE O SOL NASCE PARA TODOS? ENTÃO É UMA MENTIRA.
O SOL NASCE APENAS PARA AQUELAS PESSOAS QUE O CONSEGUEM ENXERGAR. E NÃO ESTOU FALANDO AQUI DO SOL DO MEIO DIA, REFIRO-ME AOS RAIOS DE SOL DE UM CREPÚSCULO. O QUAL SÓ CONSIGO ENXERGAR PORQUE O SOL NASCEU PARA MIM.
Diziam que a velha casa não tinha nada de mais.
Tinha sim, em cada canto esquecido tinha história.
História de amor, história de dor, alegria e medo.
E vai saber quantas outras histórias cabiam apertadas aos cantos da velha casa...
Existem ainda remanescentes de uma velha direita policialesca, irracionalista, machista, moralista (da vida alheia) até à demência, visceralmente antinordestina, às vezes anti-semita e sempre supremamente cretina. Essa direita tem de ser EXTINTA antes que se possa oferecer qualquer resistência séria à ditadura petista. Não é por uma questão de imagem. É que andar com maluco faz mal à saúde.