Filha mais Velha
🚪🔑 Abrir e fechar /
Sair e entrar /
Eis a paciência da velha porta /
Pois, ela sabe e se importa /
Que cedo ou tarde /
A sua dona sempre retorna /
🤗💗🤗
<•*•>
Aquela cartinha que você me deu vai ficar velha e pode se desmanchar;
As fotos que tiramos juntos podem do nada se deletar;
Por isso que existe o coração, ele vai ficar velho e deletar de vez em quando algumas coisas, mas vai armazenar por toda a vida, mesmo se desmanchando, o nosso amor.
Amianto.
Em uma velha e cinza sacada de prédio, uma alma já cansada se opõe a seus pobres sentimentos e decide se jogar de lá.
Sua alma agoniza por dentro, enquanto seu espírito já em estado de inércia não faz o mínimo de esforço para evitar o pré acontecido, ali parada por alguns minutos, aquele pobre ser não sabe como lidar com aquela situação, o confronto dentro de si já é banal ao ponto de já não estar mais ali para acompanhar o resultado da briga.
O tempo em questão já não é amistoso, pois a qualquer hora a ‘’decisão ‘’ precisa ser tomada de qualquer um dos lados, e com isso resta a única saída que se resume na pura ‘’tristeza’’ e ‘’dor’’, não só da mesma, mas sim de outros que irão adentrar nessa realidade em poucas horas.
Ali parada em um flashback instantâneo ela consegue ouvir dentro de si, ruídos e sons passados das melhores lembranças, que sempre a fizeram caminhar em tempos de guerra interior, como a voz da mãe chamando-a para tomar café ao raiar do dia, o primeiro ‘’eu te amo’’ ou até mesmo o cântico de parabéns no primeiro aniversário. Lembranças tais que não são fortes para aniquilar a dor e angústia em seu espírito.
Em um último minuto, tomou-lhe um fôlego profundo como não fazia à tempos, olhou a triste ‘’rotina’’ e a ‘’mesmice’’ das pessoas que passavam lá embaixo e sem um pingo de dó ou lástima se jogou lá de cima.
Muitos lamentaram pelo acontecido, outros queriam entender o por que daquilo, e uma pequena porcentagem assim como eu e você estão verdadeiramente preocupados com inumeráveis sacadas cinzas e velhas ainda presentes na grande São Paulo.
VELHA ROTINA
Música
O DIA AMANHECE A VELHA ROTINA EU TENHO QUE IR TRABALHAR
FAMÍLIA FORTE UNIDA, COM FÉ ACREDITA QUE A VIDA VAI MELHORAR
O MEU SALÁRIO É POUCO, EU OLHO PRO BOLSO DA VONTADE DE CHORAR
TENHO FÉ EM DEUS EU SEI QUE OS FILHOS TEUS NUNCA HÁ DE ABANDONAR
MAS VOU SEGUINDO EM FRENTE, POIS ATRÁS VEM GENTE NÃO POSSO PARAR
SIGO FORTE NA LUTA COM FÉ E BOA CONDUTA A VIDA VOU LEVAR
TANTA DESIGUALDADE, MUITA NECESSIDADE PIOR NÃO PODE FICAR
É UM PEDINDO ESMOLA, UM JOGANDO FORA, NÃO DÁ PRA AGUENTAR
É FIADO AQUI, EMPRESTADO ALI, AMANHA EU VOU PAGAR
E VOU LEVANDO A VIDA NA VELHA ROTINA SEMPRE A CANTAR
ESSA VIDA URBANA
DIA A DIA É DE AMARGAR ÔÔÔ
MAS DEUS FORTALECE
REZO EM MINHAS PRECES PRA EU CONQUISTAR,
Onde está a velha infância, cadê a alegria de brincar e correr? Tempos modernos... Prefiro o passado onde as pessoas convivinham mais próximas, hoje a tecnologia encurtou as distâncias, mas separou as pessoas.
Eu era o vazio...
Uma velha casa abandonada.
Há muito tempo não habitada.
Vandalizada e menosprezada.
Tu era uma moradora das ruas.
Encarava o calor do sol nos dias e o frio massivo da lua.
E ali estávamos nós...
Frente a frente pela primeira vez.
Tu com fome e frio, e eu debruçada sob a terra úmida imaginando o calor do teu corpo.
Tua fadiga da procura por paz estava evidente já que estavas ali perdida e sozinha no mundo.
Esperando nas pessoas bondade e alguém que entendesse o seu desespero.
Seus olhos me cativaram, seu sorriso me conquistou.
Tudo em você era como a paz de um novo dia.
Pois você era resplandecente, assim como o brilho do sol.
Mas o mundo, sempre cruel não te deu ouvidos.
E você passou a viver no frio das ruas, sob o sussurros da noite.
O alvorecer era a morada da sua angustia, e nada a fazia sorrir, pois a alegria se dissipou do seu interior.
Então...Você viu a mim.
Uma velha casa vazia, que outrora já foi atrativa, com sorrisos sinceros, olás e bom dias.
E em mim você finalmente encontrou abrigo, e com o passar do tempo, com poucos gestos me trouxe de volta a vida.
Você me limpou cuidadosamente, cuidou das minha rachaduras.
E reviveu o meu jardim... Enfim.
Desde então habitas em mim, e o meu vazio se preencheu com a tua doce presença.
Já não sou mas uma antiga casa vazia.
Hoje sou parte importante do teu aconchego.
A velha senhora continua em sua redoma de areia. Aproxima a data de seu natalício de quase um Século e ela ainda crê piamente que é uma baronesa. E que se danem as rainhas e princesas, pois com incomparável arrogância é bem recebida até por aqueles que teriam todos os motivos para colocarem uma dose generosa de cicuta em seus alimentos, mas acha que educação é subserviência e não a mais expressiva demonstração de nobreza.
Me chamam de velha, hora bolas! Só porque eu me amo tanto que acredito não ser o melhor momento para amar outro?
Por algum tempo
A gente ainda vai poder
Sentar-se à sombra da velha árvore
Talvez perceber
que as folhas do ultimo verão
Se foram no outono
A gente necessita somente
do bastante a abater a fome
Mas tem sempre uma sede
A que nada sacia
E lá se vai a alegria de viver
Troca tudo por sonhos
Briga pela prata que não leva
E quando encontra
Não percebe que a procurava
Aposta na sorte traiçoeira
E espera passar mais um tempo
Pra que as coisas fiquem no lugar
Quando o lugar de tudo
Era o tempo que se esvaia
A estrada onde o Sol se põe
Que compôs a vida
Meio cansada
e metade arrependida
Pois a essência da vida é indivisível
E a vida é sem graça, se não for dividida
Descobre que é possível
A viagem no tempo
Mas o tempo só corre pra frente
E corre mais e melhor que a gente.
Edson Ricardo Paiva.
“Recordações”
Acende em minha memória...a velha roda d'agua girando, aquela luz quase apagando e o velho balanço que ainda pende, naquela àrvore frondosa em frente ao alpendre. Uma menina magra e traquina correndo pelos campos entre flores pequeninas e seu canto.Só não me recordo de tristezas , nem de prantos, que agora dos meus olhos sinto escorrer, de saudades das tardes de verão e de seu encanto.
Ser vovó não quer dizer que você está velha , significa que você , recebeu o diploma de mestrado na arte de ser mãe.
DORES DA VIDA
A dor passa pelo quarto,
pela calçada da velha rua...
pela praça do abstrato
de uma vida toda crua.
Passa por entre os dentes
e pelas famílias dos outros
pelos meus e seus parentes
e o futuro d'aquele garoto.
A dor passa pelo seu corpo
na viagem do além
trespassando cães e loucos
e o sopro dos santos também.
Passa lá pelos jardins
campos de guerra e concentração
por aqui e pelos confins
d'aquela triste paixão.
A dor passa pelos trilhos
dessa vida toda torta
passa por aquelas janelas
e pelos trincos dessas portas.
Pela cama da saudade
nos quatro cantos do mundo
por mentira e por verdade
e por aquele amor profundo.
No frio da noite, a dor
passa pelos vagabundos
no lixo o choro do horror
no escuro olhos do mundo.
Passa a dor n'aquele voou
e na carreira da ambulância
no choro que hospital chorou
e no tapa dada à criança.
A dor passa pelos ventos
com a arte da poluição
pelo verde todo sedento
e pelas válvulas do coração.
Passa lá pela atitude
e ao ataúde fúnebre
necrosando a velha saúde
com bactérias e febre.
Passa, a dor já a cavalo
pelos ventos do destino
careta moldando embalo
em artimanha de menino.
A dor passa pela juventude
de um viver e tempo passado
pela vaidade, liberdade, grude
e sentimentos desconfiados.
Passa, querendo voltar
ao alicerce de todas as linhas
aos bilros de todas as rendas
e aos novelos das contendas.
A dor passou pelos currais
mourões chibata de couro
passou pelo povo de ontem
e hoje, passa de novo.
Quanta dor passa calada...
Sem suspiro choro ou vela
seca sem nem uma lagrima
dor minha d'ele ou d'ela.
A minha dor, passou e passa
assim como passa a sua
passa triste ou com graça
com belo sol ou com lua.
Antonio Montes.
Bonito é vê-la acordando, vestindo minha velha camiseta amarela e suas meias cinza, grossas e quentinhas aquecendo os pés. Bonito é perceber o abrir de seus os olhos, vê-los me encontrar e ganhar seu sorriso meio sem graça porque está despenteada. Dia frio ela se aninha em mim, ganho seu calor, sinto seu cheiro, um do outro, assim que é. Bonito é vê-la levantar cheia de preguiça boa e ela tem um espreguiçar tão bonito, mãos pra cima ganhando o céu, um gemidinho dengoso de mocinha tímida, mas um ajeitar de cabelo sexy que só vendo. Bonito é seu pé com chinelo e meia, é minha camiseta amassada em sua pele, é seu rosto natural, é a vida sendo normal. Bonito é viver a dois, assim "feijão com arroz", mistura, sabor, harmonia. A gente divide o café, a gente divide o pão, divide o coração, a gente divide a vida. Pois um dia se descobre que é a simplicidade que rega o amor, que é na conquista bonita de cada dia que ele cresce, que é em cada pequeno detalhe, em cada pequeno toque que ele se renasce.
Precisamos de alguém assim, que nos equilibre na balança das relações. Dois corações. Nem mais, nem menos. Nem muito, nem pouco. Quando encontramos alguém que nos espelha, tudo que nos rodeia se torna cor, tudo que brota na alma é amor, todo toque é quente, fervor. Quando nos vemos refletidos em outros olhos, é sinal de que nossa aliança espiritual foi encontrada. O amor sempre vem. Nunca procure, nunca se faça buscar. É nas curvas do mundo e nas certezas do tempo, que aquele que vai te flamejar a vida vai te descobrir e, da mesma forma, você o descobrirá. Quando esse amor nascer, não haverá cicatrizes, nem lembranças, nem passado. Haverá você e ele, um futuro, um do outro, lado a lado.
Bonito mesmo é essa beleza crua, exposta, sem retoques. A gente se apaixona mesmo é pelo olhar que nos procura, pelo sorriso que nos encanta, pela voz que nos cativa. Roupas e maquiagens até atraem, mas o que faz ficar é essa essência do ser belo no simples, do ser cativante na rotina, do ser apaixonante toda vida. A beleza do corpo pode até ser o convite, mas é na beleza da alma que a gente faz moradia, é nela que a gente entra e quer ficar. O que está dentro é o que conquista, é o que agarra, é o que brilha, é o que faz cada história se eternizar.
Fiz muitos exercícios de gramática, seguindo especialmente a velha Gramática Metódica de Napoleão Mendes de Almeida, e procurei incorporar o aprendizado de tal modo que a regra aprendida funcionasse automaticamente. Hoje, que escrevo com correção, esqueci metade da nomenclatura gramatical e ela não me faz falta nenhuma. A gramática é um estudo reflexivo que pressupõe de certo modo o conhecimento prático do idioma e não pode substituí- lo. Mas, como eu já disse, as mentes muito dedutivas e analíticas precisam já de um pouco de gramática no começo do aprendizado.
Broto de esperança
O poema Figos de Sylvia Plath,
fala de uma velha figueira verde,
onde na ponta de cada galho tinha um figo gordo e roxo,
e cada um deles era um futuro maravilhoso acenando para ela.
Um tipo era o marido , um foi feliz e filhos ,
outro era a Europa , Africa e a America do sul [...]
Infelizmente ela não conseguiu escolher,
apenas ficou sentada e olhando os figos a murchar e escurecer,
um por um , despencar sobre seus pés.
Como ela,há várias pessoas que não conseguem escolher um figo para comer ,
mas às vezes conseguem , só que depois se arrependem,
ou no final , sempre se perguntam como seria se estivessem escolhido um outro figo.
No meu caso , meu figueiro era seco e sem folhas,
quase morto, eu sempre regava o com esperança dele melhorar e dar um figo,
porque apenas um seria suficiente para mim ,
mas não adiantou de nada.
Mas apareceu você , e bastou você aparecer que meu figueiro ficou lindo e deu um figo ,
e nele eu via um futuro maravilhoso ao seu lado ,
onde todos os meus sonhos se realizam ,
porque eu estava com você.
Mas você foi embora e esse figo murchou ,
e caiu, eu peguei o ,
coloquei em um buraco,
e cobri de terra e todo dia eu rego o ,
torcendo para ele brotar e crescer ,
e se tornar um lindo figueiro,
e os figos que der,
seriam gordo e roxo,pelo futuro maravilhoso que teria junto com você.
A única diferença de um figo para o outro ,
seria que em um a gente poderia estar no Canadá,
outro em Paris,
um com filhos e um golden,
outro com apenas um filho e vários animais de estimação[...]
Só que , cada dia que passa ,
eu sinto mais saudades de você,
e , fico mais pessimista ,
pensando que esse figueiro nunca irá crescer ,
e tendo sempre manter as esperanças ,
mas,cada dia que passo longe de você ,
minhas esperanças vão desaparecendo nessa escuridão que é ficar sem você.
Existem ainda remanescentes de uma velha direita policialesca, irracionalista, machista, moralista (da vida alheia) até à demência, visceralmente antinordestina, às vezes anti-semita e sempre supremamente cretina. Essa direita tem de ser EXTINTA antes que se possa oferecer qualquer resistência séria à ditadura petista. Não é por uma questão de imagem. É que andar com maluco faz mal à saúde.
No espaço entre as frases que escrevo todos os dias, percebo a distância entre a velha e a nova idéia, a verdade de ontem e a de hoje. Sou um mutante