Filha mais Velha
Não perca mais seu tempo em ter... Aquela "Velha Opinião" formada sobre tudo, O que Compensa mesmo é ser uma "Metamorfose Ambulante!"
A casa velha, não se habitou mais
o que um dia, habitou-se a alma enferma
Fui o poeta que tentou por ignorância, descrever sobre dignidade
em meio as máquinas, a revolta consumia-me, equivocadamente sucumbi o mal do homem, que interpretou o genitor no meu coração
Somente depois de três décadas ao meu desencarne, o perdão libertou-me, não sou mais aquele que amou as pessoas com objeção, na qual um dia exercitei como arma em autodefesa
Só agora compreendo na vaga lembranças da mocidade, a minha solidão vivenciada nos meus versos, onde imprimia meus sentimentos solitários, sem verdade alguma.
ADVERTÊNCIA
Quando eu for velha vou usar roxo
Com chapéu vermelho que não combina e não fica bem em mim,
E vou gastar minha pensão em conhaque e luvas de verão
E sandálias de cetim, e dizer que não tenho dinheiro para a manteiga.
Vou me sentar na calçada quando ficar cansada
E comer vorazmente amostras grátis nas lojas e apertar botões de alarme
E passar minha bengala pelas grades de ferro dos parques
E compensar a sobriedade da minha juventude.
Vou sair na chuva de chinelos
E colher as flores dos jardins dos outros
E vou aprender a cuspir.
Lá pela velha porteira
quem achar uma saudade
é minha, caiu da algibeira
ao passar por ela, rumo a cidade....
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12, junho, 2021, 18’26” – Araguari, MG
DEUS É BOM O TEMPO TODO
Retribuir o mal com o bem
é como virar uma velha roupa pelo avesso, única maneira de multiplicar seu preço.
Velha infância
As vezes paro pra pensar de como eu era feliz e não sabia
brincava o dia todo e só voltava de tardezinha
Brincando na chuva sem medo de adoecer
Se adoecia brincava doente mesmo
Eu não queria nem saber
Cabo de vassoura era cavalo
Bolo de chocolate era feito com areia
Dinheiro era folha de mato
E pra aprender a andar de bicicleta descia sem freio em alguma ladeira
No mesmo dia eu podia ser polícia como também ladrão
Podia ser quem fazia o que era errado
mas também lutava contra o vilão
Barragem pra mim era o mar
lençol era vestido
pedra era carro e moto
eu só consigo lembrar o quanto tudo isso era divertido
A espera de um príncipe, as vezes era a princesa encantada
A janela era minha torre, meu grande cabelo era uma toalha
No mesmo dia quando eu me cansava de ser princesa
Eu me tornava a bruxa malvada
Se faltava energia, a preocupação não era ficar sem internet
Na verdade a gente ficava feliz, pois nosso avô acendia um candeeiro
Juntava todos os filhos e netos e contava história de terror pra gente
Hoje em dia pra ser aceito e agradar todo mundo
Tem que seguir a onda da galera, fazer o que os outros fazem e as vezes até ser fura olho
Em meu tempo pra ser aceito, só tinha que ter catapora e piolho
Hoje em dia as crianças nem piolho tem
Não tem a briga com a mãe pedindo pra não catar na frente de ninguém,
Elas faziam por desaforo pra todo mundo ver
Catava mesmo na calçada de casa, que era pra nós aprender
A preocupação que a gente tinha era não perder o desenho animado
Eu amava historinhas de dragões, Madeline e as três espiãs demais
Eu dizia “Raposa não pegue” em Dora aventureira que era um desenho pra retardado
Eita tempo bom que tenho saudade, mas não volta mais
Por que paramos de sorrir?
Por que ninguém brinca mais?
Não mentiu quando falou o filme do pequeno príncipe “o problema do mundo é que ele se tornou adulto demais”
Qual o problema de um adulto sua criança interior soltar?
Brincar, correr e pelo menos por um dia deixar suas preocupações pra lá
Tem uma frase de Oliver Wendel que diz assim “Nós não paramos de brincar porque envelhecemos, mas envelhecemos porque paramos de brincar.”
Que saudade da velha infância
Sem preconceito e racismo
Ninguém pensava em nenhum mal
A gente brincava e arengava
mas no fim das contas... todo mundo era igual...
E pra encerrar esse cordel quero dizer pra vocês
Um dia dissemos “amanhã a gente brinca” e essa foi a última vez
Alma Velha, Coração Novo
Nas costas curvadas, a dor dolorida,
Um fardo pesado, a alma oprimida.
Carrego um mundo, qual Atlas cansado,
Quanto tempo suportarei, ao peso ligado?
Sussurros ao lado, demônios ou anjos?
Quem julgará esses seres estranhos?
Sou um demônio com sorriso encantador,
Ou um anjo de coração podre, sem fulgor?
Em versos perdidos, noite após noite,
Peço socorro, na escuridão açoite.
Será que alguém vê, entre rimas e letras,
O ser que sofre por trás destas feridas abertas?
Um poço sem fundo, ou alma profunda,
Cada verso um grito, uma ajuda profunda.
Enxergará alguém meu ser aflito,
Através das palavras, meu sofrimento descrito?
Meu maior pecado, talvez seja a fraqueza,
No diálogo interno, a dualidade que atravessa.
Desculpa aos que esperam força em mim,
Alma velha, sangue novo, caminhando assim.
Em busca de descanso, de ombro amigo,
Entre sorrisos, risadas, meu fardo antigo.
Reconheça, por favor, meu pedido sincero,
Em cada verso, há um coração verdadeiro.
Desejei a felicidade que nunca tive e agora estou aqui, com minha boa e velha tristeza.
Toda transformação exige como pré-condição “o fim de um mundo” – o colapso de uma velha filosofia de vida.
"Sabe aquela velha história de que os opostos se atraem? Quer saber? Não é beeeeem assim, não. Levar uma vida a dois sem afinidades, não dá!"
"Sabe aquela velha história de que os opostos se atraem, fiquem ligados, pois isso não quer dizer que eles suportarão a convivência."
Não escreva em sua nova agenda aquilo que fez você viver uma velha vida de sofrimentos e derrotas, de planos e propósitos errados.
Minha velha
Minha preta, minha mãe, meu amor.
Que eu te amo com todo amor desse mundo
Minha veia, minha mãe inteligente
Ah, se tudo nesse mundo fosse bonito
Se pudesse viver do meu lado pra sempre.
Um poema pra ti eu faço
Tenho medo de demonstrá-lo
Você me ensinou o que é o mundo
Você me ensinou o que é o amor
Deu-me toda inteligência necessária
Para eu poder voar como um beija-flor
Sobre ti escrevo, sobre ti escreverei.
Agradeço por me ensinar todo mundo
Minha mãe, minha velha pra todo.
Sempre te amarei.
Giz de Cera
Uma pessoa, quanto mais ela vive, mais velha ela fica. Essa frase não é verdade, para que uma pessoa quanto mais vivesse, mais velho ficasse, teria de ter nascido pronta e ir se gastando, isso não acontece com humanos, acontece com, fogão, sapato, geladeira, automóvel, cadeiras, mesas ... Isso é que nasce pronto e vai se gastando à medida que se passa o tempo.
Gente, nasce não pronta e vai se fazendo, construindo e reconstruindo, eu, Samuel, em pleno ano de 2021, sou a minha mais nova edição e, evidentemente que não sou inédito, mas eu não sou idêntico, não sou exatamente como era, mas não sou exatamente diferente daquilo que já fui.
"O Brasil verdadeiro quer crescimento sem corrupção, e a velha política vai tentar impedir essa disrupção...🇧🇷"