Ficar Calada
Eu te amo tanto, que as vezes
as palavras são desnecessárias.
Basta ficar calada...
Sentindo... Só Sentindo...
Mas eu irrito-me. A cada dia mesmo.
Momentos em que eu devia ter ficado quieta e calada. Mas se a gente não fala, a gente não se aquieta. Mas eu podia ter me segurado.
A parte mais difícil de um dia é a calada da noite em meu quarto, pois é quando fico sozinho e meu celular em silêncio impossível não me recordar do seu sorriso que hoje só tenho em meus pensamentos e ao fechar meus olhos, te vejo eu meus sonho com meus olhos cheio de lagrimas implorando por sua presença
Silenciar
Eu tenho ficado muito quieta. Calada, em silêncio. Silêncio na boca e no corpo. Meu maxilar, acostumado com o tanto dizer, dói por tanto ficar imóvel.
Tenho aprendido muito na quietação:
- É preciso colocar um pano no chão quando for passar roupa, a água do ferro de passar fica pingando.
- É preciso varrer o chão após limpar a caixa de areia porque os farelos da areia se espalham por todo lado.
- É preciso secar a bancada depois da tampa da panela ser colocada lá, o vapor molha.
- É preciso ouvir mais os outros, e somente ouvir. (Muitas vezes as pessoas não precisam de respostas, somente de ouvidos atentos)
Quando silencia-se a boca, a mente começa a trabalhar mais e mais depressa. O coração sente mais e bombeia melhor o sangue. O corpo aprende a ouvir o próprio corpo e a consciência desata os nós das suas asas.
Os poemas passam a fazer sentido.
A música toca o sistema nervoso.
Com muita calma, antes de dizer bobagens, a boca - que antes era órgão auto-suficiente - agora concilia seus desejos faláticos com a língua, com os dentes, gengiva e cérebro.
Minha boca, de fato, nunca foi boca de dizeres bons. Aproveitava-se da carência, e lá deixava seu sermão, sem ao menos ser convidada para tal.
Meu músculo mais forte sempre foi a língua que em um complô envenenava cabeças, olhos e aortas.
A mão tentava escrever, mas a boca falava, não deixava calar a voz, nunca! E os textos, todos pequenos, com cara de mal acabados ou mal pensados, eram só uma pequena amostra do que a mão podia fazer.
A boca não se abre. O maxilar ainda dói severamente, mas a alma agora respira, agora permite a manifestação da existência, silenciosamente.
A boca agora só diz o pontual, somente diz o que o coração e a mente aprovam ser dito.
Há muita clareza nos sentimentos e no mundo exterior. Há compressão no mundo dos outros. Muda, a boca sabe se expressar melhor quando diz.
O que há boca? Tem medo do mudo? Tem medo da compreensão, restauração, modificação, rotação, translação e emudamento completo? Tem medo que os lábios se colem e nunca mais se abram por falta de exercícios?
Você não vai morrer ou atrofiar, você apenas está aprendendo a lidar com uma faceta sua que você mesma escondia; continue fechada, calada.
Você ainda pode cantar, mas somente boas canções, caso contrário, vai se manter fechada!
Você boca, é mais um pedaço meu que preciso controlar, assim como controlo meus sentimentos.
Controlo minha mente pra poder controlar você. Controlo minha carência, minhas vontades e receios.
Controlo todos os meus recheios para que você não seja leviana, abusada, indiscreta, indecente e folgada.
Você quer parecer que sofre com a mudisse obrigatória, mas a mudança tem libertado você. Os ossos da face andam menos desgastados.
Eu, realmente, tenho adorado a experiência do silenciar.
Muda eu mudo.
Noite calada e fria,
tempo em paz
fina sintonia...
me conecto a mim
só a mim
deixo o que ficou para trás.
Aqui jaz minha agonia.
Não espere que eu te procure, nem mesmo na calada;
Minhas declarações ficam no silêncio, numa caixa encantada;
Só esse meu olhar teimoso que não esconde quase nada;
Revela os meus medos devastadores e até minha paixão engasgada.
Sou uma linda mulher...
(Nilo Ribeiro)
Às vezes fico calada,
para me manter forte,
mas para continuar minha jornada,
às vezes preciso de suporte
sei que me fiz assim,
uma pessoa bem centrada,
todos que olham para mim
pensam que não preciso de nada
muita gente não sabe,
me veem como guerreira,
não esperam que eu desabe,
me perpetuam como estrela
hoje me fiz um acordo,
uma análise reflexiva,
muitas vidas eu socorro,
mas quem socorre minha vida...???
este é um questionamento,
que não consegui responder,
sei que preciso de um tempo,
preciso encontrar meu prazer
não é lamentação à toa,
sei que sou abençoada,
sei que sou boa pessoa,
sei que por Deus sou guiada
mas sei da minha intimidade,
sei da minha fragilidade,
sei da minha necessidade,
quero um colo de verdade
não sou descompromissada,
nem penso somente em conforto,
mas quero ser mimada,
quero paz para mente e o corpo
que eu tenha um carinhoso colo,
talvez um gostoso abraço,
assim eu me consolo,
assim eu me refaço
hoje eu queria uma poesia,
que fosse bem exclusiva,
assim melhoraria meu dia,
revigoraria minha vida
sou forte,
faço o que puder,
Deus é meu suporte,
sou uma linda mulher...!!!
Tô com o saco tão cheio que a melhor coisa a fazer é ficar quieta, deitada e calada para não fazer nada que possa causar arrependimento depois.
Eita garota mimada;
Que vive atrasada.
Que vive debruçada;
Deveria ficar calada;
Engole o choro donzela;
Pare com essa balela;
De que ser muito bela;
Te livrará de ser a cadela;
Mas que garota chata;
Que gosta é de prata;
Apesar de ser uma gata;
Não passa de sucata;
Vê se parte pra luta;
Pare de ser essa fruta;
Pare com a fachada;
Eita garota mimada;
Todos os dias choro calada, todos os dias a vontade de acabar com isso fica maior e eu já não sei mais o que fazer, eu nem quero mais tentar, eu simplesmente quero desistir de tudo de uma vez por todas, me chame de fraca, me chame de fracassada, eu já estou acostumada com isso, já me conformei com isso.
porque não se coloca no seu lugar e fica calada, seria mais ético e menos vulgar. Você é sempre tão previsível que não evolui nunca. Uma pena, tinha tudo para dar-se bem.
Na calada da noite
o céu sem luar
estrelas são imaginárias
o meu tempo é eterno
fico apenas com minhas ilusões
ilusão é um sonho que tenho
terei o que quero ? você !
a noite foi boa ...
Uma hora a ficha cai, acompanhado com a lagrima. Então chore calada, nenhuma dor precisa de platéia.
Quando decido ficar calada, não implica em ausência de palavras, mas em uma mera delicadeza com quem ainda não sabe controlar as palavras vãs e sem total estrutura psíquica.