Festa Surpresa

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Odeio o obvio, a certeza, o planejado... Porque adoro desfrutar do tesão de uma surpresa!

No ápice da minha ingenuidade, ainda consigo ver surpresa no que é esperado.

Uma das melhores coisas da vida é a tal da surpresa. É tão bom ser surpreendido com algo inimaginável por uma pessoa previsível. É tão mágico porque do nada acontece tudo. Aquele momento toma um rumo diferente por um simples ato de alguém e uma reação sua.

A morte é uma surpresa. Ao menos, é claro, que você já esteja morto por dentro

Se você não gosta de mim "SURPRESA" eu provavelmente também não gosto de você!

⁠Nós não somos monstros. Somos subversivos culturais.

⁠Deve haver um jeito de livrar essa comunidade e, de quebra, uma nação, desse câncer da intolerância.

⁠As pessoas precisam saber que é possível mudar o mundo, sendo uma simples primeira-dama de meia-idade ou uma estrela da Broadway!

⁠A bajulação me deixa mais forte. Alimenta meu ego.

⁠Se quer que as pessoas gostem de você, e não te odeiem, tem que ser boa. Uma pessoa boa. Tem que colocar os interesses dos outros acima dos seus.

Em Tempo de coronavirus festa-surpresa é tentativa de homicídio.

Chegarei de surpresa dia 15, às duas da tarde, vôo 619 da VARIG...

Entre o capim seco
uma surpresa rajada:
ovos de codorna.

De repente a gente se encontra numa esquina, num outro planeta, no meio duma festa ou duma fossa, a gente se encontra, tenho certeza.

Caio Fernando Abreu

Nota: Carta a Vera Antoun, Porto Alegre, 21 de março de 1972.

Mas de que adianta sair para festa e voltar para casa sempre com o coração vazio?

Rápido e Rasteiro

Vai ter uma festa
que eu vou dançar
até o sapato pedir pra parar.

aí eu paro
tiro o sapato
e danço o resto da vida.

Fim de festa

Louca confusão!
É o final da festa.
Pontas de cigarro
pelo chão,
marcam a realidade
do gosto amargo
pelo sarro,
que ficou na boca,
do cigarro.
Um vazio imenso
ao ambiente empresta,
a presença do arrependimento.

Foram risos,
foi música,
foi farsa.
Busca infeliz de um nada,
estampada, agora,
nos olhos cansados,
descrentes e perdidos.
Copos derramados,
paredes marcadas,
por mãos suadas.

Tudo já é passado.
Alegria-mulher que invadiu,
motivadora, minha solidão.
E nada ficou,
nada de profundo,
de definitivo.
Nada que valesse a pena,
apenas um passo
a mais,
na busca do ego
do eu interior,
que não conhecemos.

Século da cibernética,
das máquinas infernais,
computadores,
robôs,
órgãos artificiais.
Homem-mecânico
do século vinte.
Tudo foi pesado,
balanceado,
meticulosamente dosado!
Para que?
Para nada!

Se teu coração vai mal,
nada de anormal,
terás um novo,
a pulsar vigoroso,
injetando sangue
em teus tecidos.
Genial!
E teu sistema nervoso,
teu cérebro,
tua consciência,
tua vivência
anterior?

Século da genética,
da potência energética.
Situação patética,
o vazio da alma,
no vazio da sala,
que me embala
em mil pensamentos,
em arrependimentos,
que são angustias.

Dia da Criança

Luzes nas ruas, risos, cores,
brilho das vitrines em festa.
Um carro, vestido novo, um trem.
Gente que passa e não presta
atenção nos que ficam à margem
do encanto das luzes,
no espanto do menino
que erra sozinho,
perdido na cidade.
Que fere, maltrata
e destrói com maldade
os sonhos de criança.
Que rouba no berço
o carinho da mãe,
que cedo levanta
e tanto trabalha,
escrava submissa
do asfalto,
alheio e sem dó
de seu filho, tão triste
e tão só.
Com sua vozinha, fraca
e cansada,
fica nas ruas perdido
a pedir por presente
apenas um dia só seu;
pois não sabe, afinal, distinguir,
como alguém, que com fome
cresceu,
nos anúncios das lojas
que gritam e proclamam
que ele também é criança
e esse dia é o seu.

O coração que está em paz vê uma festa em todas as aldeias.

Sonhar só não dá em nada, é uma festa na prisão...