Ferrugem
Tracionada a ferrugem dos ferrolhos
reage ao sol
e rescende o cheiro dos carvalhos
no escorrer das ocras:
o ferro a menstruar no tempo.
Transversa
a luz revela o desenho das teias:
colcha prateada de neurônios
– esses nervos da vida.
Firmes ali sem mais estar
mãos invisíveis no ensaio do tear.
Ninguém
Ninguém pode destruir o ferro , a não ser sua própria ferrugem , da mesma forma , ninguém pode destruir uma pessoa , a não ser a sua própria mentalidade .
Ninguém pode destruir do que é, você pode até se esconder de alguém, mais nunca de você mesmo. Ninguém pode destruir o ar a não ser ele próprio se incendiar em combustão de atômica, sendo assim ele o ar precisa entender que as suas partes negativas não podem serem maior do que as positivas, se isso acontecer resultará em um desequilíbrio ambiental. Também ninguém pode destruir a água propriamente dita, mais as temperatura climáticas e as poluição podem mudar o seu estado, mais o tempo que a tudo renova faz que a água volte a ser e ter a sua antiga composição, por que ela é remédio para os viventes. Dito isso será que ainda deixará a ferrugem do passado te corroer ou deixará que as partículas do ar mudem confirmem as estações ou por causa de um dezinquilibrio atômico de sua consciência emocional ou será que você percebeu que as suas moléculas percepitivas entenderá que a poluição não podem de maneira nenhuma mudar o seu h2O que poderíamos renomear dessa forma: H de homem ; 2 : sendo dois é melhor do que um e: O ; ponto de equilíbrio quem um ninguém vive sozinho. Por isso voltem ao cerne que tens abandonado e sejam felizes, revivão um novo amanhecer, isso lhe darão prazer na vida.
H.s
Que a ferrugem do tempo não endureça o meu olhar e que eu nunca perca a sensibilidade, a delicadeza, a capacidade de enxergar beleza nas miudezas da vida.
O tempo é como a traça e a ferrugem. Que corroem a sabedoria, a amizade e o amor; Quando o ser é covarde.
Tudo no mundo tem seu começo, meio e fim.
Para a madeira o cupim
Para o ferro o ferrugem
Para as pirâmides o tempo
Para vida a morte!
Daniel d'Paula
Ferrugem
A porta fechou,
Eu admirei as estrelas.
Em minha casa,
Que não tinha teto,
Os vagalumes iluminavam
A noite habitante dos cômodos.
Eu andei
Há dois passos de mim,
Meu corpo adormeceu.
Em minha casa,
Que não tinha teto,
A relva do sereno conserva
O orvalho das janelas,
Declinantes a crepúsculo.
O vento trouxe resquícios
Do tempo que vivido foi.
A matéria escura
Que em meus olhos viste,
O meu corpo dominava.
Há dois passos de mim,
Perece a'orta
Onde flores mortas
O sangue amargo regara.
Retorno à casa,
Que pintura falta,
Retorno à carne,
Onde acalento precisa,
Volto a vida que estéril corre
Nas mãos do relógio.
Volto a mim,
Em manutenção.
O Tesouro aprisionado
O ímpeto racional.
A coragem e tal.
Despir se da ferrugem.
Do trago tolo.
Comer do bolo.
Fugir do banal.
Quero dizer.
É a vez do grito.
Liberdade da mente.
Tesouro aprisionado.
Precisa ser rebelado.
Juventude minha gente.
A cortina do infinito.
Precisa ser aberta.
A imensidão precisa ser fecunda.
Da maneira mais profunda.
É a direção mais certa.
Fica o alerta.
Senão o barco afunda.
Da política.
Do romance.
Da profissão, da família.
A cultura mais bela.
No reflexo da liberdade.
Na pintura da tela.
No caráter da verdade.
Na música e poesia.
Na profundidade dos livros.
Da história e natureza.
Vencer a paixão violenta.
Enfim, vencer o coração alado.
Liberdade da mente.
Tesouro aprisionado.
Giovane Silva Santos
Qual a relação entre ferrugem e pensamento? A Reposta está na capacidade de destruição de algo mais forte que eles. Em relação à ferrugem, o ferro; aos pensamentos, a pessoa. O que interessa aqui são os pensamentos.
Se não cultivarmos bons pensamentos ou enfrentarmos os maus, estaremos deixando que as "ferrugens" corroam o nosso ser a ponto de nos tirar a alegria e o sabor de viver uma vida feliz.
O que você pensa sobre si, sobre suas capacidades é importante. Os planos que você deixa para trás, porque diz a si mesmo que eles são impossíveis são importantes. O fato de você permitir que te magoem, que tirem tua paz não pode mais ser aceito. O fato de você superestimar quem não te dá atenção também não pode mais ser aceito.
Valorize-se e cuide daquilo que te faz seguir ou desistir: seus pensamentos. (Givas Demore)
Tal como a ferrugem originada do ferro devora ela mesma o ferro, assim também as próprias ações conduzem a um destino ruim.
O inteligente consegue retirar de algum lugar um parafuso emperrado pela ferrugem; já o sábio impede que a ferrugem se forme ali.
O caráter é como a lâmina de uma faca que pede reação ao primeiro sinal de ferrugem: quando aparece pode ser removida com um leve passar da esponja, mas logo se integra para fazer com ela uma coisa única que não permite mais separar-se uma da outra.
E não sendo logo retirada do faqueiro a corrosão se estende a todas as que lhe estão próximas, não restando uma que não se transforme em prolongamento da que deixou de ser aço para ser ferrugem.
Ansiedade
No âmago da minha alma,
Como a ferrugem destrói o ferro
Os meus sentimentos me corroem,
Corroído, o meu eu se vai
Em um pensamento que me trai
Com cenários ilusórios, de um futuro quase imoral
Pensando que somos porcos vivendo em meio de castelos
Construídos por príncipes que não possuem dores e frustrações
Eles se enganam e eu me deixo enganar
Sentimento asqueroso, sinto nojo só de lembrar
Paralisa o meu viver, mas assim não vai ficar
Mesmo que dentro da minha alma
Com essa ferrugem eu vou acabar
ferrugem;
mãos manchadas
de cobre
e pó.
gosto metálico
no céu da boca
metais nobres
que corroem
a bile.
engulo ferro,
mastigo pregos.
água alcalina
que insisto
em beber.
antes mel,
mas só sobra
ácido
no estômago
para digerir
os metais
que tinem
ao cair
no meu
umbral
interno.
que o tempo
e o vento
descasque
as crostas
de óxido
marrom—
vermelho
de minha
carcaça,
deixando apenas
ossos
e poeira
e restos.
sem peso,
sem culpa,
sem
nome.
gasto dentes
de ranger
à noite,
gravados
como lapidação
em rocha
dura.
sorrio
enquanto as palavras
oxidam
no céu
da boca,
solução férrica
desgasta a mandíbula,
tornando o terno
suave
em gosto metálico
que vira
silêncio em
minha
língua.
o sol reflete
em sangue seco,
_ouro falso,_
peça de teatro
em fábrica
abandonada.
atribuí papéis
que não me cabiam:
palhaços de cobre
dançam
nas máquinas,
sorrindo em
baritas,
mãos erguidas
em aplausos
mudos,
zombam de mim
com risadas que
nunca se
desgastam
como
aço
velho
aço corta.
aço
zuni.
lingotes
vermelhos
derretem
seringas
de vidro,
escaldando
palmas,
como da
última
vez
que tentei
segurar
aquilo que
nunca
pertenceu
a
mim.
_foligem verde_
assola
lares,
flores,
bares,
bocas,
peitos,
sombras
e o que
por ela
passa
encontra
desgosto
fosco,
que nunca
saberá como
é viver
cromado
no prata,
no preto,
na sombra,
na luz.
tudo vira
lama,
barro,
vira ferrugem,
vira
nada.
apático silêncio
engulo
pois
é mais
doce
que a culpa
escarlate
que corrói
meu sangue
e o deixa
laranja.
sorrio dentro,
sem fingir
pra mim,
enquanto o rancor
me crava
como um prego
na carne
queimada.
asas cortadas
por serra cega,
rasgando
as costas,
me soldando
ao chão,
preso em ciclos,
até eu juntar
as pratas
penas,
lâminas
retorcidas
e parafusá-las
nos ossos
que não me deixam
voar.
ódio ferve
nas veias,
evapora
ácido
nos poros,
nos deixando
um cheiro
de solda,
enxofre,
na derme,
parafusos soltos
transpirando
raiva.
cuspo porcas,
bebo lava,
mastigo
rebite,
prendo
pregos
e tudo
recomeça,
_zinabre doce._
até não sobrar
nada.
e,
quando o último
metal
se desfizer,
quando a última
lâmina
se esvair,
restará apenas
o eco
de um tilintar
distante—
do som
de mim,
ferrugem
eterna.
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