Ferrugem
Lembre-se:é preferível morrer de uso a morrer de ferrugem. Saia e se gaste. No final, de qualquer maneira, é isso que vai acontecer.
O tempo passa, corrói a ferrugem, rói a traça
porém há belezas ocultas, mesmo que nada se faça
nem tudo na vida perde a graça.
Cada revolução nada mais é do que a retirada de ferrugem dos grilhões que através dos séculos prendem a humanidade.
Frustração, tristeza e anseios, dentro de mim corrói como ferrugem,sem saber onde vou tentando esquecer o inesquecível!
O tempo é ferrugem
No metal da vida
A água foi sob a ponte
Um pássaro que eu nunca vi
Cantando perto da janela
Outras flores que surgem
A vida passa
Seja ela
cheia ou vazia
A lenha queima na fogueira
Ofusca a estrela lá no Céu
Um dia
de todas as estrelas que se vê no Céu
Restarão somente cinzas
Outras estrelas surgirão
Outro chão
Outros Céus
Outras vidas
Devagar e lentamente
Mas a gente nunca dispõe
de tanto tempo assim
Pra prestar atenção que nosso tempo
Diante do tempo
é nada.
Edson Ricardo Paiva.
FERRUGEM
...E (pouco
tempo
depois)
a ferrugem
do tempo
já
corroeu
quase
um
feixe
de lembranças
de nós
dois.
Balanço sem criança
Rede sem preguiça
Bandeirolas de roupas
Ferrugem na decomposição
Tapete verde em desuso
Camada de girassóis ao chão
São ipês amarelos da remissão
Um click que pára o tempo
Pára o espaço
Esboça a forma
A pintura que não borra
A doce magia da criação
Moldura nítida da memória
Em traços finos da emoção
Não importa as portas que se fecham, eu sempre irei bater naquela em que a ferrugem não a deixou ser aberta
É um novo tempo e a mais nova maquiagem da engrenagem que a ferrugem não come; a bondade sendo real ou miragem é o mal travestido em nós (bicho homem).
O orgulho excessivo de uma pessoa é como a ferrugem é para o ferro, o deprecia e enfraquece.
Já a humildade é algo que rejuvenesce e embeleza a pessoa.
Os olhos da maldade são como ferrugem no ferro,corroe aos poucos e continuo.
Devemos cuidar de nosso espirito e vigiar nossa estrutura! Não deixar que a ferrugem envolva e consuma nossos ossos.
No final tudo perece, cada qual com seus vermes, seu cupim, sua ferrugem, seu vapor, para em qualquer coisa se transformar, inclusive o nada da indiferença de quem olha.